Daniel/Dahruj vencem no encerramento da temporada
Foto: Luca Bassani
Apesar das nuvens cercando o Autódromo de Interlagos e da chuva que caiu na madrugada deste domingo (29) na zona Sul de São Paulo, a 16ª e última etapa da temporada 2009 do Itaipava GT3 Brasil aconteceu com pista seca, oferecendo ao público presente nas arquibancadas disputas ousadas entre os pilotos e suas supermáquinas. A vitória ficou com uma dupla estreante, Rafael Daniel/Cláudio Dahruj, que largou da pole position com o novíssimo Lamborghini LP 560, modelo que fez sua estréia mundial em categorias GT3 neste final de semana na capital paulista.
“O carro é novo e, por isso, enfrentamos alguns problemas no decorrer do final de semana. De qualquer forma, foi muito bom estrear com vitória. O Cláudio guiou muito bem hoje, mantendo um bom ritmo e fazendo um ótimo trabalho. Nossa idéia é começar a próxima temporada como terminamos esta: vencendo”, afirmou Rafael Daniel. “Eu só tive o trabalho de administrar o ritmo. O Daniel é um piloto muito rápido e tudo que tive que fazer foi não permitir que nossa diferença para o segundo colocado fosse anulada. Por isso a equipe me avisava o tempo todo, e corri de olho no cronômetro”, afirmou Dahruj, que vem do Itaipava Trofeo Maserati.
Em segundo lugar ficou a dupla vencedora de ontem, Valdeno Brito/Miguel Paludo, com o Porsche 997, garantindo para a WB Motorsport o título entre as equipes do Itaipava GT3 Brasil. “A corrida foi dura do início ao fim. Tive que segurar o Viper do (David) Muffato o tempo todo, e ele também estava muito rápido no miolo do circuito. Nossos companheiros de equipe (Hoover Orsi/Julio Campos) tiveram problemas com o carro e coube a nós a responsabilidade de fazer uma boa corrida e garantir o campeonato de equipes. O objetivo, felizmente, foi cumprido”, disse Brito. “Uma vitória e um segundo lugar no final de semana não é nada mal. Estou muito feliz com a temporada que fizemos”, afirmou Paludo.
Na bandeirada, o paraibano e o gaúcho cruzaram a linha de chegada na terceira posição, logo atrás do Ferrari F430 de Marcelo Hahn e Allam Khodair. Entretanto, minutos após a corrida, a direção de prova puniu a dupla da Blausiegel com a perda de 20 segundos no tempo total de prova por ultrapassar a linha branca que delimita a saída dos boxes para a pista, no início da Reta Oposta; a punição também foi aplicada à dupla vencedora, mas sem prejuízos em termos de posição. Já Khodair/Hahn caíram para o quarto lugar.
Prova movimentada
Na relargada, Cláudio Ricci (parceiro de Rafael Derani) tentava subir de posição quando seu Ferrari F430 bateu lateralmente com o Porsche na primeira perna do S do Senna. O gaúcho levou a pior: obrigado a passar pela grama, Ricci voltou à pista à frente de dois outros Ferrari, e para evitar a batida, Nelson Merlo (parceiro de Lico Kaesemodel) e João Sant’Anna (companheiro de Fernando Poeta) rodaram para evitar a batida. O prejuízo maior ficou com Ricci, que abandonou a prova.
Depois disso, as atenções se voltaram à disputa pelo quarto lugar, com Valdeno suportando a intensa pressão de David Muffato (parceiro de Amilcar Collares) no potente Dodge Viper. Os dois carros chegaram a se tocar na freada do S do Senna, logo após a abertura da nona volta. No 12º giro, o outro Viper, de Leonardo Vital/Pedro Queirolo, ultrapassou o Ferrari Scuderia de Betinho Gresse/Chico Longo pela sexta colocação.
Quando foi aberta a janela obrigatória para troca de pilotos, Rafael Daniel fez sua parada quando tinha 25s3 de vantagem para Chico Serra. A disputa entre Brito e Muffato teve continuidade com seus companheiros: Collares conseguiu sair na frente de Paludo, mas o gaúcho recuperou a posição na freada para a Curva do Lago, na 21ª volta.
Dahruj voltou à pista alimentando uma diferença de 24s8 para Bruno Garfinkel. A chance de dobradinha inédita para a Scuderia 111 – que prepara os Lamborghini no Itaipava GT3 Brasil – acabou na 26ª volta, quando Garfinkel rodou na saída do Bico de Pato, voltando na quarta posição, e permanecendo nela até a bandeirada (com a punição a Hahn/Khodair, a dupla herdou o terceiro lugar).
Na parte final, Miguel Paludo começou a tirar a diferença para Marcelo Hahn, que até então era o segundo colocado. “O carro estava muito bom quando assumi a direção, com pouco desgaste. Passei o (Amilcar) Collares e estava andando rápido, olhando mesmo para o cronômetro para alcançar o Hahn”, afirmou o gaúcho na entrevista coletiva após a cerimônia de pódio, antes de ser tornada oficial a punição à dupla do Ferrari número 16.
Sobre o Itaipava GT3 Brasil
Site: www.gt3.com.br
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