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Em 2012, Peru deve fazer parte do percurso do Dakar

Organização do principal rali do planeta fará anúncio nesta quarta-feira em coletiva de imprensa na França
Texto e Imagem: Assessoria de Imprensa
A edição 2011 do Dakar foi a terceira de sua história no continente sulamericano, com seu trajeto contemplando apenas a Argentina e Chile no percurso Buenos Aires-Arica(Chile)-Buenos Aires. Em 2012, no entanto, deverá haver mudanças. O diretor do evento, Etienne Lavigne, deverá confirmar nesta quarta-feira (23), na França, que o Peru fará parte da próxima edição do maior rali do planeta – a quarta na América do Sul.
“Ainda falta a confirmação oficial, mas se isso acontecer, pela primeira vez o trajeto não será no formato de um circuito (com largada e chegada na cidade portenha). Ao que tudo indica a prova começará na Argentina, atravessará a Cordilheira dos Andes para chegar ao Chile, e depois seguindo para o norte, cruzando a fronteira com o Peru e terminando na capital, Lima”, explicou Klever Kolberg, que tem 23 participações no rali mais perigoso do mundo.
Segundo o piloto do Valtra Dakar Eco Team, pioneiro na utilização de etanol na competição, a presença do Brasil no trajeto da edição 2012 parece completamente descartada.
Outro país, no entanto, poderá entrar na rota do Dakar, mas apenas em 2013. “Foi divulgado na Europa que Etienne Lavigne teve um encontro com o presidente da Bolívia, Evo Morales, para conversar sobre a possível inclusão do país em 2013. Lavigne teria dito que a viabilidade depende de medidas de segurança e de alternativas para contornar os problemas que a altitude pode gerar, especialmente para o voo de helicópteros que dão cobertura médica aos competidores”, ressaltou Kolberg.
Para Klever, campeão do Rally dos Sertões de 2010 na categoria Etanol, a inclusão do Peru é um novo desafio. “Já competi duas vezes no Peru, no extinto Rally dos Incas, numa época em que os conflitos civis atrapalhavam a competição. Hoje o momento é de estabilidade e o terreno é perfeito para a prova”, analisou o piloto.
“Mas a organização também deve pensar numa atualização do regulamento para os carros a fim de diminuir os custos, dar mais segurança e permitir reabastecimentos, tornando os combustíveis verdes e renováveis mais atrativos. O regulamento de motos e caminhões sofreu várias mudanças, algumas radicais, mas que ajudaram a manter o sucesso da prova. Chegou a hora dos carros e da sustentabilidade”, disse Klever.
Atual campeão do Dakar e do Rally dos Sertões na categoria motos, o espanhol Marc Coma também se mostra empolgado, como Klever, com a decisão da organização do principal rali do mundo em incluir o Peru no trajeto da competição, apesar de ser um território desconhecido para o catalão. “Continuar mudando e descobrir novos territórios sempre é interessante para o Dakar. Para nós o Peru é um território desconhecido, pelo menos para mim, isso é uma nova motivação, um novo desafio. Já estamos tentando estudar as características deste país, tentando identificar o tipo de terreno que temos pela frente”, declarou à agencia de notícias Reuters o Coma.