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Ford emprega robô com percepção para aprimoramento da qualidade
A arte e a ciência são usadas pela Ford para refinar seus veículos e obter maior funcionalidade e conforto para o usuário. É o caso da utilização de uma máquina robotizada dotada de características que se aproximam ao máximo da sensibilidade humana. Criada pela Engenharia da Ford, essa máquina é identificada na empresa pela sigla “RUTH” (Robotized Unit for Tactility and Haptics, ou Unidade Robotizada para Tatilidade e Háptica).
A máquina “RUTH” combina a precisão de um computador com a percepção humana de qualidade através do toque e sensibilidade. Os engenheiros do Centro Europeu de Pesquisa da Ford em Aachen, na Alemanha, a utilizam para aprimorar vários aspectos do interior dos veículos, desde os botões de comando até a textura e consistência dos materiais de acabamento.
Um dos projetos recentes desenvolvidos com ajuda da “RUTH” teve como foco a otimização da qualidade do volante. As medições feitas pela robô foram comparadas com uma pesquisa minuciosa feita com consumidores, abrangendo aspectos como a maciez do couro e combinações de espuma.
A habilidade da máquina “RUTH” em medir temperatura e superfícies ajudou os especialistas a desenvolver os controles de direção do novo Focus para oferecer a mesma sensação de alta qualidade dos modelos de luxo. Os engenheiros “ensinam” à robô as qualidades que são agradáveis para as mãos humanas e associam essa percepção às suas medições. Com esses dados, a “RUTH” pode prever se os novos componentes serão atraentes para os consumidores.
“Fizemos uma clínica com consumidores sobre volantes e comparamos seus resultados com as leituras da robô ‘RUTH’. Normalmente, uma correlação de 80% já é considerada estatisticamente relevante, mas as leituras da robô sobre os tipos preferidos pelos consumidores tiveram um acerto de 92%, o que é realmente surpreendente”, diz Mark Spingler, especialista em tecnologias de interior de veículos da Ford.
Pele e dedo robóticos
Apesar da sensibilidade, as formas da “RUTH” em nada se assemelham a um ser humano. O braço robótico é equipado com juntas flexíveis que permitem o acoplamento de várias ferramentas. O seu trabalho principal, até agora, tem sido a avaliação de botões de comando, medindo aspectos como fricção, balanço, elasticidade, dureza, firmeza, rugosidade e temperatura da superfície.
“A percepção de qualidade pode se basear nos materiais utilizados e no cuidado do acabamento que o cliente sente no produto”, completa Spingler. “Só podemos aprimorar aquilo que conseguimos medir de maneira consistente e confiável. A ‘RUTH’ nos permite fazer o que anteriormente era impossível, medir com precisão as sensações humanas.”
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