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Alpha Esportes: Volvo Ocean Race passa por ponto mais remoto do planeta

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Ponto Nemo é o tipo de lugar onde qualquer pequeno problema pode ser grave

Texto e Foto: Assessoria de Imprensa

Depois de um jornada sofrida nas últimas horas, com direito à manobras radicais e perigosas nos mares do Sul, a flotilha da Volvo Ocean Race achou o Nemo.

Não se trata do desenho animado, mas do ponto de terra mais remoto do planeta, que ficou famoso pela obra Vinte Mil Léguas Submarinas, de Júlio Verne, do ano de 1870.

Também conhecido como Polo da Inacessibilidade do Pacífico, o ponto mais distante do planeta só pode ser acessado de barco. O Ponto Nemo é o tipo de lugar, como dizem os velejadores, onde qualquer pequeno problema pode ser grave.

O primeiro a passar por essa marca foi o MAPFRE, que surpreendentemente assumiu a liderança da quinta etapa da Volta ao Mundo, perna entre a Nova Zelândia e o Brasil. O brasileiro André ‘Bochecha’ Fonseca, que integra o barco espanhol, disse, nesta quarta-feira (25), que a tripulação sofre bastante com o frio, mas que todos estão acelerando para segurar a ponta. “Faz muito frio aqui e a gente ainda está no meio do caminho até o Cabo Horn. Ainda falta muita regata, mas estamos felizes por liderar a etapa. Enfrentamos a perna mais difícil, pois pegamos ondas e ventos fortes”.

Sobre as manobras arriscadas da véspera, chamadas de jibe chinês, o atleta olímpico contou que a tripulação passou bem pela situação. O barco, que pegava muito vento, ficou bem adernado, com as velas quase coladas na água. “Pegamos uma situação fora do controle. É como se um carro capotasse. Conseguimos nos recuperar, consertar as coisas e voltar com força”.

Os barcos devem chegar no Cabo Horn até o início da próxima semana e depois começar a subida pelo Atlântico para Itajaí. Na última atualização da tarde desta quarta-feira, o MAPFRE é seguido de perto por quatro barcos: Team Brunel, Team Alvimedica, Abu Dhabi e Dongfeng. Apenas o feminino Team SCA está milhas mais distante.