A Nissan Motor Co., Ltd. divulgou nesta semana o plano global Re\:Nissan, que marca o início de uma ampla reestruturação operacional com metas definidas para reduzir custos, consolidar estruturas e fortalecer a presença da marca em mercados estratégicos. A iniciativa prevê cortes de 20 mil postos de trabalho no mundo até o ano fiscal de 2027, além da reorganização de processos internos e da rede de fornecedores.

Re\:Nissan prevê redução de custos de R\$ 16,8 bilhões, realocação de recursos e revisão de estratégias globais

A decisão foi anunciada por Ivan Espinosa, presidente e CEO da empresa, após uma análise crítica das iniciativas recentes diante dos desafios enfrentados no ano fiscal de 2024. “Diante dos desafios de performance do ano fiscal de 2024 e do aumento nos custos variáveis, combinados a um ambiente externo de incertezas, devemos priorizar melhorias internas com mais urgência e rapidez, com a meta de atingir uma lucratividade que dependa menos dos volumes”, afirmou o executivo.

O plano prevê economia de 500 bilhões de ienes (aproximadamente R\$ 16,8 bilhões) em custos fixos e variáveis. Do total, 250 bilhões de ienes (cerca de R\$ 8,4 bilhões) virão da redução de custos variáveis, com ações como revisão da cadeia de suprimentos, reorganização de engenharia e implementação de um modelo mais rigoroso de governança. A Nissan mobilizou uma equipe multidisciplinar de 300 especialistas com autoridade para decidir sobre gastos estratégicos.

Outros 250 bilhões de ienes (R\$ 8,4 bilhões) serão economizados com cortes em custos fixos. Para isso, a Nissan consolidará fábricas, reduzirá investimentos em capital e pausará projetos considerados não prioritários. A companhia planeja reduzir o número de fábricas de veículos de 17 para 10 até 2027, além de cancelar a construção da fábrica de baterias de fosfato de ferro-lítio na região de Kyushu, no Japão.

A reformulação inclui ainda a diminuição da complexidade de componentes e plataformas, além da aceleração do desenvolvimento de novos veículos. A média de tempo para lançar modelos será reduzida para 37 meses, com foco em veículos icônicos e estratégias específicas para mercados como EUA, Japão, China, Europa, Oriente Médio e México.

Nissan anuncia cortes e mudanças profundas para garantir futuro da empresa

A empresa reforçou também sua intenção de atuar em conjunto com parceiros como Renault, Mitsubishi e Honda para projetos de eletrificação e inteligência veicular. Segundo Espinosa, “todos os colaboradores estão comprometidos em trabalhar juntos como equipe para implementar este plano, com a meta de voltar à lucratividade até o ano fiscal de 2026”.