Expedição Aircross convive com jacarés no Pantanal
Texto e Foto: Imprensa Citroën
Décimo terceiro dia
A passagem dos aventureiros pelo Pantanal começou em 22 de novembro e foi uma das experiências mais marcantes para a Expedição AIRCROSS, já que a maior parte da turma nunca havia colocado os pés nas regiões alagadas que ocupam boa parte do Mato Grosso do Sul.
Matheus Croco, porém, já conhecia a região e aproveitou para relembrar a época em que o local abriu campo para o início de todo seu trabalho como ativista. O participante não conteve as lágrimas ao entrar na BR 262 e lembrar como tudo havia começado, quase por brincadeira. De acordo com o biólogo, no primeiro ano de faculdade, em uma viagem que fizeram ao Pantanal, nasceu o conceito do Pata de Capivara, projeto de educação ambiental que hoje é o grande objetivo de vida desse aventureiro.
Décimo quarto e décimo quinto diaJacarés, tucanos, araras, cotias, tuiuiús, capivaras. Esses foram alguns dos animais que a Expedição teve contato muito próximo durante os dias 23 e 24 em todas as atividades realizadas no Pantanal Mato-grossense. E por falar nisso, quem foi que disse que andar a cavalo não é um esporte de aventura? Pois no Pantanal, tendo que atravessar rios habitados por jacarés e sendo acompanhado por todo tipo de ave, a cavalgada torna-se um esporte cheio de adrenalina, principalmente para aqueles montadores de primeira viagem, como a Carol Emboava. “Quando entramos com os cavalos na água e eu vi um jacaré ali do meu ladinho, confesso que paralisei de medo. Mas, ao mesmo tempo, senti uma felicidade enorme por ter a oportunidade de estar ali”, disse a garota.
Para Maíra Cajal e a antropóloga Valéria, o destino reservou uma bela surpresa: um encontro com uma boiada com mais de 700 cabeças de gado que está sendo conduzida por seis vaqueiros há 30 dias. Depois de quase 400 quilômetros percorridos, eles estavam passando pela Estrada Parque, próximo ao hotel onde os expedicionários ficaram hospedados. Além de se encantarem com a beleza da boiada muito bem conduzida pelo berrante de seu Agenor, a turma pode conhecer um pouco mais sobre a cultura de um típico trabalhador pantaneiro.
Em um dos últimos momentos no Pantanal, mais emoção. Todos os expedicionários foram convidados a remar em um corixo (espécie de braço de um rio que se separa dele na seca e se conecta novamente na cheia) em meio a muitos aguapés e (por que não?) jacarés. No início, houve certo receio entre a galera, mas poucos minutos depois já estavam sentindo íntimos dos répteis. Na volta para a pousada, já naquele horário que o sol está indo embora e que os bichos saem de suas tocas, a sensação era de estar num gigantesco jardim zoológico sem grades de proteção. Foi possível ver muitas araras azuis, queixadas (porco-do-mato), capivaras, tuiuiús e até uma cena inusitada – um jacaré, aparentemente, perdido, caminhando no pasto, em meio a dezenas e vacas.
Décimo sexto dia
A maior parte dos expedicionários preferiu tirar o dia seguinte (25) para descansar, já que o próximo trecho da aventura era um dos mais pesados, com 750 quilômetros até Chapadão do Céu, em Goiás. Ficaram na pousada aproveitando a piscina, a quadra de tênis e, principalmente, a cama confortável e o ar condicionado dos quartos.
Enquanto isso, Lika cruzava de bike a Estrada Parque, da Curva do Leque até Corumbá. Foram quase 100 quilômetros de estrada de terra cascalhada, embaixo de muito sol e calor, que a triatleta conseguiu vencer em quatro horas. Maíra e Rafa também não quiseram moleza, pegaram as bikes, acompanhados de carro por Cajal, e pedalaram por uns 30 quilômetros na Estrada Parque.