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Fiat Group divulga resultados do primeiro trimestre de 2010
O Fiat Group fechou o primeiro trimestre de 2010 com receitas de € 12,9 bilhões, 14,7% acima do fraco primeiro trimestre de 2009.
O lucro da gestão ordinária (trading profit) atingiu € 352 milhões, com a contribuição positiva de todos os setores de negócios.
Estes são os principais destaques das demonstrações financeiras, divulgadas na sede do Grupo, em Turim, Itália:
• As receitas de € 12,9 bilhões ficaram 14,7% acima do mesmo período do ano anterior, sendo que Fiat Group Automobiles obteve um crescimento de 22,1% nas receitas, na comparação do mesmo período.
• O lucro da gestão ordinária (trading profit) foi de € 352 milhões, versus uma perda de € 48 milhões no primeiro trimestre de 2009, sendo mais da metade dos resultados deste ano devido ao negócio automobilístico.
• A margem de contribuição foi mais uma vez positiva, em 2,7% (como tem sido a cada trimestre desde 2004, com exceção do primeiro trimestre de 2009), com volumes crescentes e contínua atenção aos ganhos de custos, contribuições positivas que vieram de todos os setores de negócio.
• O resultado líquido ficou próximo do equilíbrio (perdas de € 21 milhões, diante de um prejuízo de € 411 milhões no primeiro trimestre de 2009.
• O endividamento industrial líquido de € 4,7 bilhões ficou ligeiramente superior à posição de € 4,4 bilhões no fim de 2009, devido ao aumento sazonal do capital de giro.
• A liquidez manteve-se forte, em € 11,2 bilhões (€ 12,4 bilhões no fim de 2009), não obstante o pagamento de títulos no valor de € 1 bilhão no primeiro trimestre.
. O Fiat Group confirma as metas para 2010, com um lucro da gestão ordinária acima de € 1,1 bilhão e endividamento industrial líquido abaixo de € 5 bilhões.
Receitas por setores
O Fiat Group teve crescimento de 14,7% nas receitas, atingindo €12,9 bilhões, como resultado principal do crescimento dos volumes de vendas em todos os setores de negócios:
• Fiat Group Automobiles (FGA) atingiu receitas de € 6,8 bilhões (crescimento de 22,1%), com um total de 532.400 automóveis e veículos comerciais leves entregues (aumento de 14,6% sobre o primeiro trimestre de 2009), com a demanda positivamente impactada pelos efeitos residuais dos eco-incentivos em diversos mercados da Europa Ocidental. A participação de mercado foi de 31,4% na Itália (-0,8 pontos percentuais) e de 8,6% para a Europa (-0,3 pontos percentuais), em mercados altamente competitivos. No Brasil, a Fiat aumentou as vendas em 7,9% e manteve a sua liderança no mercado.
• As receitas da CNH, no setor de Máquinas de Agricultura e de Construção, atingiram € 2,6 bilhões, em linha com 2009 (+5,2% em dólares). As vendas de equipamentos de construção melhoraram globalmente e CNH alcançou ganhos de participação nos segmentos de máquinas pesadas na Europa Ocidental e na América Latina. As receitas vindas das máquinas de agricultura foram menores: as vendas fortes e os ganhos de participação de colheitadeiras no mercado global foram mais que compensados por um mix de vendas mais fraco de tratores na América do Norte e a baixa demanda para ambos os segmentos na Europa.
• A Iveco (caminhões e veículos comerciais) foi responsável por um crescimento de 11,2%, para € 1,7 bilhões, refletindo os primeiros sinais de uma recuperação na demanda, embora diante de níveis muito fracos de mercado em 2009. As vendas totais foram de 25,3%, atingindo 26.919 veículos, com um significativo aumento no segmento de caminhões leves (+41%) e uma melhora mais moderada no segmento de pesados (+ 9,5%). Os volumes de vendas, entretanto, permanecem cerca de 50% abaixo dos níveis de 2007/2008.
Resultados por setores
O resultado da gestão ordinária do Fiat Group foi significativamente mais forte na comparação com o mesmo período do ano, atingindo € 352 milhões, refletindo predominantemente os volumes maiores de venda em todos os setores.
• Fiat Group Automobiles atingiu um lucro da gestão ordinária de € 153 milhões (diante de um prejuízo de € 30 milhões no primeiro trimestre de 2009), como resultado de volumes substancialmente mais altos e de um melhor mix de vendas, com maior contribuição dos veículos comerciais leves.
• CNH alcançou um lucro da gestão ordinária de € 127 milhões (€ 49 milhões no primeiro trimestre de 2009). A contenção de custos e a melhora na absorção dos custos fixos nos segmentos de Máquinas de Construção mais que compensaram o volume negativo e o mix resultante das reduzidas vendas de equipamentos agrícolas na América do Norte e na Europa.
• Iveco teve um lucro da gestão ordinária de € 3 milhões (em comparação com perdas de € 12 milhões no primeiro trimestre de 2009), refletindo principalmente os incrementos nos volumes e eficiências industriais, parcialmente compensadas por menores preços em conseqüência das pressões competitivas.
O endividamento industrial líquido ficou em € 4,7 bilhões (frente a € 4,4 bilhões no encerramento de 2009), devido à maior exigência de capital de giro, dentro da sazonalidade normal, e também contido diante do rigoroso alinhamento dos níveis de produção e estoque frente à demanda.
A liquidez mantém-se fortalecida, em € 11,2 bilhões (€ 12,4 bilhões em 31 de dezembro de 2009). A variação em relação ao período anterior é atribuída principalmente ao pagamento de € 1 bilhão em títulos.
Perspectivas para 2010
O ano de 2010 configura-se como um período de transição e estabilização. O Grupo espera que todos os seus setores melhorem o desempenho em relação ao ano anterior, com exceção da divisão de Automóveis, cujo desempenho será impactado nos próximos trimestres pela redução e/ou eliminação de programas de incentivos para renovação de frota por automóveis mais modernos e limpos, que vinham sustentando a demanda na Europa Ocidental.
O Grupo continuará a implementar as medidas de rigorosa contenção de custos iniciadas no final de 2008. Prevê-se um aumento dos desembolsos em programas de investimentos em relação aos níveis excepcionalmente baixos verificados ao longo de 2009, com a retomada dos níveis normais dos programas de investimento em todos os setores, elevando os desembolsos entre 30 e 35% em todos os setores.
Estão confirmadas as seguintes metas para o ano:
• Receitas superiores a € 50 bilhões.
• Lucro da gestão ordinária de € 1,1 a € 1,2 bilhão.
• Lucro líquido próximo ao ponto de equilíbrio.
• Endividamento industrial líquido abaixo de € 5 bilhões.
A Fiat, em qualquer eventualidade, terá recursos mais do que suficientes para a transição até um ambiente de negócios normalizado, que se espera alcançar em 2011 e nos anos seguintes.
Ao trabalhar na realização dos seus objetivos, o Grupo Fiat vai continuar a implementar a sua estratégia de alianças específicas a fim de otimizar compromissos de capital e reduzir os riscos.