Imprensa Ford
Inúmeros “pony cars”, como foram chamados alguns automóveis da indústria automobilística, fizeram parte da história do cenário automotivo mundial nas últimas quatro décadas e meia. Mas, nenhum recebeu o mesmo sucesso e despertou a mesma paixão como o Ford Mustang, o único “muscle car” que continua em produção até hoje. No dia 17 de abril, este ícone comemora o 45º aniversário de existência, com um evento de quatro dias em Birmingham, Alabama, nos Estados Unidos.
A celebração fará um tributo às cinco gerações históricas do Mustang. O modelo original, chamado de versão 1964 ½, pois foi lançado no meio do ano, foi um sucesso instantâneo e superou todas as expectativas. A Ford contava com um volume anual de 100.000 unidades, mas já no primeiro dia as reservas chegaram a 22.000 e, doze meses depois, havia 417.000 Mustang nas ruas. Em dois anos, as vendas chegaram a 1 milhão.
O nome do carro foi emprestado do P-51 Mustang, famoso avião da Segunda Guerra, mas o emblema do cavalinho com o tempo ganhou vida própria. A combinação de design esportivo – destacado pelo capô comprido e traseira curta –, preço baixo e várias opções de modelos e equipamentos conquistou o público. As sucessivas atualizações feitas no modelo conservaram esses atributos. O mito do carro cresceu com a coleção de vitórias nas pistas, tanto nos Estados Unidos como em competições internacionais. No cinema ele também teve participações marcantes, como em “Goldfinger”, com James Bond, e “Bullit”, ao lado de Steve McQueen.
Bancos individuais e alavanca de câmbio montada no assoalho foram outras inovações do Mustang logo copiadas por outros fabricantes. A linha nasceu com seis versões de motores, desde o seis cilindros, de 101 cv, até o potente V8 de 271 cv, com preço a partir de 2.368 dólares, uma pechincha mesmo em 1964.
Seis meses após o lançamento das versões conversível e cupê, de duas portas, chegou o modelo fastback. O estilo do carro aguçava o desejo de performance e assim surgiu o Shelby GT-350, de 306 cv, primeiro modelo produzido em parceria com o lendário preparador Carroll Shelby, que deu à Ford o título de construtores no ano inaugural da Trans-Am.
Evolução
O aumento do preço do petróleo e as restrições ambientais provocaram o lançamento da segunda geração do Mustang, em 1974, como a introdução do motor 2.3 L, de 4 cilindros, ao lado dos V6 2.8 L e V8 5.0 L. Para os amantes da potência, foram criadas as versões Cobra II (1976) e King Cobra (1978). A terceira geração, de 1979 a 1983, incluiu a opção do motor 2.3 L turbo, de 132 cv.
A quarta geração do Mustang trouxe, em 1994, a maior transformação de design da linha em 15 anos, retomando as raízes clássicas do modelo nas carrocerias cupê e conversível. Ela foi equipada com os motores V6 3.8 L e GT V8 5.0 L, este último substituído pelo GT V8 4.6 L em 1996. Nesse período, foram lançadas sete versões SVT Cobra, a última delas no ano 2000, com motor V8 5.4 L, de 32 válvulas e 385 cv, além do Bullit GT (2001) e do Mach 1 (2003 e 2004).
Nova geração
Em 2005 surgiu a geração atual, com design inspirado no Mustang do final dos anos 60, movimento classificado como “retro-futurismo”. Além dos motores V6 4.0 L de 210 cv e GT V8 4.6 de 300 cv, ela inclui a versão especial Shelby GT500, com motor V8 5.4 L de 456 cv. Com a introdução do motor Supercharger, em 2008, este último passou a oferecer 500 cv. O Shelby GT500 “King of the Road” elevou a potência para 548 cv e tornou-se o Mustang mais potente já fabricado pela Ford, renovando a mística do cavalinho que o tempo só faz aumentar.
