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Brasil é vice-campeão na Baja SAE Wisconsin, nos EUA

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Segunda melhor colocação foi conquista pela equipe da FEI, que disputou a competição em Burlington, junto com estudantes da UFSC e da Poli-USP

Imprensa FEI

A equipe FEI Baja 2, do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana) se sagrou vice-campeã na Baja SAE Wisconsin, realizada 11 a 14 de junho, em Burlington, Estados Unidos. Com 937,19 pontos, a equipe de São Bernardo do Campo representou o Brasil na competição junto com as equipes Tupy Uiraçu, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); e EcoPoli, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).

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A equipe de Santa Catarina conquistou a 8ª colocação, com 857,64 pontos; e a EcoPoli ficou em 26º lugar, com 751,48 pontos. Disputaram a tradicional competição da SAE International 100 carros SAE Baja, que são veículos off-road, projetados e construídos por universitários de nove países das Américas, África, Ásia e Europa. A primeira colocada em Burlington foi a equipe Beaver Racing Orange, do Oregon State University, dos Estados Unidos, com 942,92 pontos, de um total de 100 equipes presentes.

O resultado foi considerado excelente pela SAE BRASIL em virtude do altíssimo nível técnico dos carros, que tiveram, mais uma vez, de se superar em robustez e eficiência para conseguir bom desempenho nas provas, cheias de obstáculos e surpresas. Domingo, o enduro de quatro horas não poupou veículos e pilotos da agressividade na pista, mas que rendeu a 2ª melhor colocação para a equipe FEI Baja 2. Na prova Aceleração, as três equipes brasileiras ficaram juntas e com boa pontuação no ranking: 2º, 3º, e 4º lugares respectivamente para a FEI Baja, EcoPoli e Tupy Uiraçu.

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Outro bom desempenho brasileiro foi registrado em Manobrabilidade, com as equipes FEI Baja 2 e Tupy Uiraçu, respectivamente, em 5º e 6º lugares. Nas provas estáticas, o Brasil também foi destaque: a equipe FEI Baja 2 fez a melhor Apresentação de Projeto e a Tupy Uiraçu ficou em 5º lugar. Em Relatório de Custos, a equipe de São Bernardo foi a 3ª na classificação geral. “Apesar do sufoco, sol, calor e muita tensão, as equipes brasileiras representaram muito bem o talento e o nível da engenharia acadêmica brasileira”, comentou Ronaldo Bianchini, gerente de Associação, Programas Estudantis e Seções Regionais da SAE BRASIL, que acompanhou as equipes.

Além de robustez, a inovação tecnológica contribuiu para o desempenho das equipes brasileiras na Baja SAE Wisconsin. O carro da equipe FEI Baja 2 apresentou placas que aproveitam a energia solar no carregamento das baterias e dispensam o uso de energia do motor. As placas são recarregadas por cinco horas a cada 12 horas de uso. O carro também possui tecnologia GPS, sistema de telemetria e faróis de lâmpadas LED, alimentados por energia solar. Com isso, o motor é usado somente para movimentar o veículo, o que resulta em economia de combustível.

Na Poli, a equipe levou um veículo que utiliza materiais alternativos de baixo impacto ambiental, além de um sistema de eletrônica embarcada, alimentado por painel solar fotovoltaico, que capta energia solar e carrega a bateria da luz de freio e do painel do veículo. Com tecnologia GPS e sistema de telemetria, o carro possui, ainda, geometria de suspensão que favorece a travessia de obstáculos e os saltos durante o enduro, além de volante com regulagem de ângulo e distância para facilitar a dirigibilidade.

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Primeiro colocado no enduro de resistência, em Piracicaba, o carro de Santa Catarina ganhou reforço como quinta fixação do cinto, sensor de freio por pressão e colocação de pára-choque dianteiro. O carro pesa 170 kg, utiliza suspensão do tipo eixo rígido na traseira e duplo-A na dianteira, com sistema de transmissão por CVT.

As três equipes ganharam o direito de representar o Brasil na competição americana após alcançarem as melhores pontuações durante a 15ª Competição Baja SAE BRASIL PETROBRAS, realizada em março deste ano, em Piracicaba, São Paulo.

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Tetracampeão

Nos EUA, o Brasil venceu pela primeira vez em 1998, com a equipe Car-Kará, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, e depois em 2004, 2007 e 2008, com os Baja SAE, desenvolvidos na FEI.

Os Baja SAE são protótipos de estrutura tubular em aço, monopostos, para uso fora-de-estrada, com quatro ou mais rodas e devem ser capazes de transportar pessoas com até 1,90m de altura, pesando até 113,4 kg e motor padrão de 10 HP. Os sistemas de suspensão, transmissão, freios e o próprio chassi são desenvolvidos pelas equipes, que têm, ainda, a tarefa de buscar patrocínio para viabilizar o projeto.

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Robson Galvão, diretor de Simpósios e Programas Estudantis da SAE BRASIL, destaca que o Projeto Baja SAE impõe um importante desafio aos estudantes de engenharia, que devem cumprir todas as etapas de viabilização de um veículo, do planejamento ao teste do protótipo funcional. “Os estudantes trabalham em equipe não somente para projetar o veículo, mas para trabalhar na construção e para colocar à prova em condições bem severas”, afirma Galvão. De acordo com o diretor da SAE BRASIL, ao participar de todas as etapas do projeto o futuro engenheiro estará muito bem preparado para o mercado de trabalho.