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Automobilismo de base vê luz no fim do túnel

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Fiat e Família Massa lançam Racing Festival

Edmur Hashitani

Foi anunciada, na semana passada, a criação de um novo evento de automobilismo no país, o Racing Festival, que terá duas categorias de automóveis em 2010, a Fórmula Future Fiat (monopostos) e o Trofeo Linea (turismo). Está prevista ainda a criação de uma categoria de motos.

Por algumas vezes, citamos aqui neste espaço a falta de estrutura que há no automobilismo de base brasileiro. Desde 2006, último ano de disputa da Fórmula Renault no país, não há uma categoria de acesso bem estruturada para os pilotos que saem do kart e sonham em chegar à Europa.

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Assim, etapas de aprendizado eram puladas, prejudicando muito o desenvolvimento dos pilotos, que eram obrigados a entrar direto na F-3 Sudam, que deveria ser o último nível de monoposto no país e passou a ser a primeira (e única) opção.

Talvez seja difícil entender esta diferença, afinal, visualmente os carros são parecidos. Mas, guardadas as proporções, a situação é a mesma de que se pegar uma criança recém saída do primário, que hoje corresponde à quarta série, e pular direto para o colegial. O desenvolvimento dos carros vai evoluindo gradualmente, até que se chegue a um Fórmula 3. E cada passo aprendido, ou pulado, é importante lá na frente, quando se alcança uma F1, por exemplo.

Por isso é louvável e bem vida a atitude da Fiat e dos Massa em trazer uma nova categoria para o país. Mais que isso, um evento que além desta categoria, trará também corridas de turismo, botando os carros Linea da montadora na pista e, possivelmente, corridas de motos.

Com esta diversidade de veículos, o Festival deve servir também como atrativo para o público brasileiro, que costuma deixar comparecer só em grandes eventos como Stock, Truck e F1.

Claro que a comparação é injusta, mas vejamos categorias de base da Europa e dos Estados Unidos, em termos de público. Geralmente são eventos que contam com diversas categorias correndo no mesmo dia e arquibancadas lotadas. Por aqui, a F-São Paulo e F-3 Sudam sofrem com falta de público. Mesmo nos grandes eventos nacionais, como Truck e Stock, o público geralmente é garantido por arquibancadas patrocinadas.

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Por fim. A criação do Racing Festival não é a salvação do automobilismo brasileiro. Ainda há muito a ser feito. Mas que sirva como incentivo para outras montadoras voltarem a investir no esporte a motor do país e exemplo para que as autoridades competentes voltem suas atenções para a formação de pilotos.

Caso Cingapura

Nesta semana o caso Cingapura, que foi trazido ao mundo por Reginaldo Leme, durante a prova da Bélgica, ganhou um novo capítulo. Nelsinho Piquet, um dos principais envolvidos, confessou à FIA que bateu de propósito para que seu companheiro de equipe, Fernando Alonso, vencesse a prova.

Em sua confissão, o piloto brasileiro afirma que os diretores da equipe, Flavio Briatore e Pat Symonds, o chamaram antes da corrida para fazer a proposta. Symonds teria, inclusive, mostrado um mapa para indicar qual o ponto exato em que a batida deveria acontecer, e a volta.

Nesta sexta-feira a Renault se pronunciou, por meio de uma nota, dizendo que processará a família Piquet por difamação.

Apesar da confissão, ainda é cedo para quaisquer conclusões. No próximo dia 21, a equipe francesa deverá prestar depoimento à FIA, quando as coisas podem começar a se resolver. Até lá, muita especulação ainda deve rolar por baixo dessa ponte.

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