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Inmetro anuncia adesões e aperfeiçoamentono Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular
Mais duas montadoras aderiram ao Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, cujo objetivo é permitir que o consumidor compare a eficiência energética de veículos de uma mesma categoria, auxiliando-o a tomar uma decisão de compra consciente. Concluída em dezembro pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) em parceria com o Conpet (Programa Nacional da Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural), programa vinculado ao Ministério de Minas e Energia e desenvolvido pela Petrobras, a tabela 2010 contempla a participação de seis montadoras – Fiat, Honda, Kia, Volkswagen, Renault e Toyota, as duas últimas recém-inscritas – e 67 modelos, que correspondem a 50% do volume de vendas no mercado nacional. Até 2009, eram 31 modelos. As categorias avaliadas são subcompactos, compactos, médios, grandes, carga derivado, comercial e fora-de-estrada.
A Etiqueta Veicular classifica os veículos de acordo com a eficiência energética por categoria, ou seja, quanto eles despendem de energia para se locomover. A classificação vai de ‘A’ (mais eficiente) até ‘E’ (menos eficiente). São considerados mais eficientes os automóveis que, nas mesmas condições, gastam menos energia em relação a seus pares e, portanto, consomem menos combustível. Para comparar veículos que usam combustíveis diferentes, os valores de consumo verificados em álcool e gasolina são convertidos em joule, unidade que mede a energia.
Outra informação apresentada pela Etiqueta Veicular são os valores de referência da quilometragem por litro, na cidade e na estrada, com diferentes combustíveis. De acordo com a observação impressa nas etiquetas da primeira fase, esses valores são obtidos a partir de medições de consumo efetuadas em laboratório, conforme norma NBR 7024, que determina que os testes sejam feitos com o uso de combustíveis padrão brasileiros e adoção de ciclos de condução pré-estabelecidos. Na prática, os automóveis que obtêm melhor resultado em laboratório, em iguais condições, apresentam melhor desempenho nas ruas e estradas.
Aperfeiçoamento do método
Para que o consumidor tenha uma informação mais próxima do consumo de combustível em condições reais de uso do automóvel, mantendo a comparação relativa entre os veículos, o Inmetro decidiu adotar um fator de ajuste na tabela de 2010, a exemplo da evolução deste tema nos EUA, por meio da Agência de Proteção Ambiental norte-americana (EPA). O mesmo fator de ajuste também foi aplicado, neste mês, na tabela 2009. Testes indicam que 80% dos motoristas obtêm resultados semelhantes, em condições reais de utilização dos veículos.
Os valores medidos nos ensaios de laboratório em condições padronizadas pela NBR 7024 continuarão a ser utilizados para comparação e classificação da eficiência energética dos veículos em cada categoria, rigorosamente de acordo com os padrões internacionais de condução para medição de consumo. Finalmente, é importante reforçar que a falta de manutenção, pneus descalibrados, direção agressiva com acelerações e frenagens bruscas, trânsito muito congestionado, velocidade elevada, combustível inapropriado, condições climáticas ou condições adversas da via, excesso de peso e outras variáveis podem causar expressivo aumento do consumo de combustível – em torno de 20%.
Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular
O PBE Veicular conta com o apoio do MDIC e tem também a participação do Ministério de Minas e Energia (MME); da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental de São Paulo (Cetesb); do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes); e da indústria automobilística, representada pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e da Associação Brasileira de Empresas Importadoras de Veículos
Automotivos (Abeiva).
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