Blindagem para todos

Texto: Imprensa Auto Life

Blindar o carro deixou de ser um sonho para boa parte da população e passou a ser sinônimo de necessidade em função dos altos índices de assaltos no País. A redução do custo do serviço ao longo dos anos fez toda a diferença para o aumento da demanda: em 1995, período em que empresas brasileiras começaram a blindar carros, o custo médio era de 60 mil dólares. Hoje, o valor médio é de R$ 48.750, segundo dados da Abrablin – Associação Brasileira de Blindagem.

Para se ter uma ideia, o Corolla, o Astra e o Civic estão entre os modelos mais blindados atualmente. De acordo com o diretor da AutoLife Blindagens, Ricardo Mendonça de Barros, o tempo de serviço e o preço variam de acordo com a necessidade de cada cliente: “A blindagem de picapes como a Strada e de outros carros médios está cada vez mais comum e leva cerca de 20 dias para ficar pronta”, conta.

Entre os itens recomendados para a blindagem completa estão motor, teto solar, maçanetas, retrovisores, portas, colunas e vidros. Os opcionais incluem capô, bateria, assoalho, tanque de combustível, radiador e Run Flat para pneus.

O nível de blindagem também é bem variado. No Brasil há seis níveis disponíveis, conforme as normas americanas e europeias. Em carros de passeio é mais comum a categoria III-A, que suporta até projéteis de Magnum 44 e submetralhadora Uzi.

Para oferecer mais segurança, a AutoLife não blinda parcialmente veículos. “Esse serviço vai contra a norma de blindagem feita pelo Exército brasileiro, que é o órgão que regulamenta e fiscaliza as blindadoras.

Também vai contra os princípios da AutoLife, que preza pela vida de seus clientes”, diz Mendonça. De acordo com ele, a empresa que faz esse tipo de blindagem (semiblindagem) não se preocupa com a vida de seus clientes. “Com o carro parcialmente blindado, o cliente já pode ficar um pouco mais corajoso, já que a blindagem dá um senso de proteção maior, e isso pode levá-lo a correr riscos desnecessários, como o de enfrentar um bandido sem estar totalmente protegido para isso”, explica.

Além disso, é importante ressaltar que na AutoLife a diretoria acompanha de perto todo o processo de blindagem dos veículos.

Mulheres aderem ao serviço

Segundo a Associação Brasileira de Blindagem, as mulheres já respondem por 40% das vendas de blindados no País e esse crescimento começou há dois anos. “Elas são os alvos preferidos dos assaltantes”, diz o presidente da entidade, Christian Conde. Ele ainda observou que este aumento se deve à ascensão profissional das mulheres e ao fato de elas andarem mais com crianças no carro.