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Fiat Group volta ao lucro no segundo trimestre de 2010

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Texto: Imprensa Fiat

O Fiat Group registrou um forte desempenho tanto em receitas quanto em resultado no segundo trimestre de 2010, com faturamento líquido de 14,8 bilhões de euros (+ 12,5% frente ao mesmo período de 2009). O lucro da gestão ordinária (trading profit), de 651 milhões de euros, mais que dobrou, e o lucro líquido atingiu 113 milhões de euros, com o retorno do Grupo à lucratividade, frente a um resultado final negativo de 179 milhões de euros no segundo trimestre do ano passado. A geração de caixa, próxima de 1 bilhão de euros, também foi significativa. O endividamento industrial líquido foi reduzido no mesmo montante, para 3,7 bilhões de euros e a liquidez elevou-se para 13,5 bilhões de euros.

No acumulado do semestre, a receita do Fiat Group totalizou 27,8 bilhões de euros, com crescimento de 13,5% sobre o primeiro semestre do ano anterior. O lucro da gestão ordinária foi de 1,003 bilhão de euros (margem de 3,6%), frente ao resultado de 262 milhões de euros na primeira metade de 2009. A melhora no desempenho foi resultado principalmente dos maiores volumes de venda e da contínua ênfase nas ações de contenção de custos. O lucro líquido no semestre atingiu 92 milhões de euros, comparado com um prejuízo de 590 milhões de euros no mesmo período de 2009. No relatório divulgado hoje (21/07) na sede do Fiat Group, em Turim (Itália), o Conselho de Administração informa que os objetivos do Grupo para o ano de 2010 estão mantidos, mas serão provavelmente revistos para cima com base nos resultados do terceiro trimestre do ano.

Receitas por setores no segundo trimestre

As receitas do Grupo tiveram crescimento de 12,5%, para 14,8 bilhões de euros no segundo trimestre do ano, refletindo as melhores condições de mercado, embora diante dos fracos níveis de 2009, em particular para CNH e Iveco.

• Fiat Group Automobiles (FGA) registrou receitas de 7,4 bilhões de euros (acréscimo de 6,4%), com vendas de 554.300 automóveis e veículos comerciais leves (queda de 6,2% frente ao segundo trimestre de2009). A recuperação na demanda no segmento de veículos comerciais leves e a variação cambial favorável mais que compensaram a redução nos volumes de carros de passageiros, em consequência ao término dos eco-incentivos nos principais mercados europeus. FGA alcançou uma participação de 30,3% no mercado da Itália (-4,4 pontos percentuais) e de 7,5% em toda a Europa (-1,5 ponto percentual), refletindo a queda na demanda de carros menores. No Brasil, a Fiat manteve a liderança, com participação de 23,3% no trimestre. O relatório ressalta que o Novo Fiat Uno, que teve ótima acolhida pelo mercado, alcançou volumes de vendas de cerca de 20 mil carros apenas nas primeiras semanas, contribuindo para a manutenção da liderança da Fiat no mercado brasileiro.

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• As receitas do setor de Máquinas Agrícolas e de Equipamentos de Construção (CNH) cresceram 16,0%, atingindo 3,3 bilhões de euros, com desempenhos positivos nas Américas e nos demais mercados do mundo, mais que compensando a fragilidade do mercado para máquinas agrícolas na Europa, nos países da Comunidade dos Estados Independentes (CEI) e na Austrália.

• O setor de caminhões e veículos comerciais (Iveco) obteve um crescimento de 18,3% nas receitas, para 2,1 bilhões de euros. A demanda cresceu em todos os mercados e segmentos, mas ainda permanece significativamente abaixo da média dos níveis de 2007/2008. O total de entregas subiu 32,4%, para 34.318 veículos.

• O negócio de Componentes e Sistemas de Produção (FPT Powertrain Technologies, Magneti Marelli, Teksid e Comau) cresceu substancialmente (+ 35,2% diante do segundo trimestre de 2009), graças ao crescimento da atividade produtiva no setor automotivo global.

Lucro da gestão ordinária por setores no segundo trimestre

O resultado da gestão ordinária (trading profit) no segundo trimestre foi de 651 milhões de euros, com uma alta de 341 milhões de euros e significativa melhora na margem de contribuição (de 2,4% para 4,4%), na comparação com o mesmo período anterior, atribuída aos maiores volumes, melhora no mix de vendas, e aos benefícios advindos das medidas de contenção de custos.

• FGA alcançou um lucro da gestão ordinária de 185 milhões de euros (+19,4% versus o segundo trimestre de 2009). O melhor mix de vendas, devido principalmente à demanda no setor de veículos comerciais leves, e ganhos de eficiência nas compras deram a maior contribuição para o crescimento das margens (de 2,2% para 2,5% na comparação entre os segundos trimestres de 2009 e 2010).

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• CNH registrou um lucro da gestão ordinária de 263 milhões de euros (123 milhões de euros no segundo trimestre de 2009), com margem de 7,9% (4,3% no mesmo trimestre anterior). Tanto o setor de máquinas agrícolas quanto o de equipamentos de construção tiveram desempenho mais forte no período. A significativa melhora foi resultado de maiores volumes, melhores preços e menores custos industriais.

• Iveco atingiu 50 milhões de euros em lucro da gestão ordinária no trimestre (18 milhões de euros no segundo trimestre de 2009), com crescimento nos volumes de vendas e maior eficiência produtiva.

• O negócio de Componentes e Sistemas Produtivos recuperou-se do desempenho operacional negativo registrado no segundo trimestre de 2009 e registrou um lucro da gestão ordinária de 86 milhões de euros.

Perspectivas do ano em curso

Confirmando projeções anteriores, 2010 consolida-se como um ano de transição e estabilização.

O Grupo Fiat prevê para seus setores de negócios um desempenho no segundo semestre significativamente melhor do que no ano anterior, com exceção do setor de automóveis, devido aos reflexos, na Europa Ocidental, da redução e/ou eliminação dos programas de incentivo à renovação de frota envolvendo veículos mais ecoeficientes. Em conseqüência, o Grupo Fiat continuará a conter disciplinadamente os custos, como vem fazendo deste o final de 2008. No tocante aos investimentos, prevê-se acentuado crescimento em todos os segmentos.

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O Grupo prevê os seguintes resultados para o ano em curso:

• Faturamento superior a 50 bilhões de euros.
• Lucro da gestão ordinária(trading profit) entre 1,1 e 1,2 bilhão de euros.
• Resultado líquido próximo ao break-even.
• Endividamento líquido industrial superior a 5 bilhões de euros.

Considerando os resultados alcançados até o momento, o Grupo esperar poder rever para cima os objetivos para 2010, conforme documento assinado por John Elkann e Sergio Marchionne, respectivamente presidente do Conselho de Administração e CEO do Grupo Fiat.

Conselho aprova cisão

O Conselho de Administração do Fiat Group aprovou a cisão (split) dos negócios de veículos industriais, máquinas agrícolas e de construção e motores e transmissões veiculares

A Fiat S.p.A., holding mundial do Grupo Fiat, anunciou, em 21 de abril, a intenção de realizar a cisão (split) dos negócios de veículos industriais, máquinas agrícolas e de construção e motores e transmissões veiculares. Reunido hoje na sede do Grupo, em Turim, na Itália, o Conselho de Administração da Fiat aprovou a cisão parcial proporcional dos negócios, como passo para a transferência a uma nova empresa, a Fiat Industrial S.p.A., de ativos, principalmente de participações relativas aos negócios de veículos industriais, motores industriais e marítimos, máquinas agrícolas, máquinas agrícolas e de construção, bem como obrigações financeiras.

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O comunicado do Grupo informa que, com a cisão, estas atividades serão separadas dos negócios automobilísticos e de peças e componentes, que incluem Fiat Group Automobiles, Ferrari, Maserati, Magneti Marelli, Teksid, Comau e FPT – Powertrain Technologies (em suas atividades relativas a motores e transmissões para automóveis e comerciais leves).

A partir da data de vigência da nova estrutura, proposta para 1º de janeiro de 2011, as ações da Fiat Industrial serão designadas aos acionistas do Grupo com base na relação um por um. Posteriormente, Fiat e Fiat Industrial passarão a ser cotadas separadamente na Bolsa de Milão, Itália, e passarão a operar como sociedades independentes, cada qual com estrutura gerencial e Conselho de Administração próprios.

Segundo o comunicado, a cisão dará clareza estratégica e financeira a ambos os negócios e permitirá que se desenvolvam de modo independente. Os acionistas receberão, cada qual, um número de ações da nova empresa igual ao que detém na Fiat, de modo que ambas as empresas terão exatamente os mesmos acionistas. Em conseqüência desta operação, o patrimônio líquido da Fiat será reduzido em 3,75 bilhões de euros e o ajuste do valor de mercado será feito a partir da redução proporcional do valor da ação. Complementando a operação, o capital social da Fiat Industrial será aumentado em 1,91 bilhão de euros.

A operação depende de aprovação pelos acionistas e pelas autoridades italianas do mercado de capitais – Consob e Borsa Italiana. Para tanto, serão convocadas assembléias ordinária e extraordinária de acionistas, a fim de analisarem a cisão e revisão dos estatutos societários.

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