A Pirelli iniciou o seu primeiro teste de desenvolvimento de pneus para a Fórmula 1 com o alemão Nick Heidfeld, o piloto de testes oficial da empresa, que se prepara para o retorno à Fórmula 1 pela primeira vez em 20 anos.
Heidfeld usará o modelo do ano passado da fabricante Toyota, o TF109, para testar os novos pneus que todas as equipes usarão a partir de 2011.
O piloto de competições de 33 anos, que correu na Fórmula 1 até o final do ano passado, participou de 10 temporadas da categoria, na qual disputou mais de 150 corridas. Durante a sua carreira, ele conquistou 219 pontos, 12 pódios e é, atualmente, o presidente da Grand Prix Drivers’ Association.
O Toyota TF109 foi o último carro de Fórmula 1 fabricado pela montadora antes de se retirar da competição, no final de 2009, após conquistar cinco pódios na sua última temporada. Dessa forma, a Toyota oferece tecnologia de ponta e performance para testar ao máximo os novos pneus PZero Fórmula 1 da Pirelli, sem favorecer nenhuma equipe atual.
A partir de agosto, Heidfeld fará uma série de sessões de testes, pilotando o veículo em diferentes circuitos. O trabalho de desenvolvimento dos pneus se concentrará em encontrar o delicado equilíbrio entre desempenho, durabilidade e espetáculo para a próxima temporada.
Os testes de desenvolvimento da Pirelli começaram há menos de dois meses, a partir do momento em que a empresa fechou o contrato de três anos com a FIA – entidade que rege o automobilismo mundial – como fornecedora exclusiva de pneus para o Campeonato Mundial de Fórmula 1. A fabricante também fornecerá para as categorias GP2 e GP3.
Na sequência do trabalho de pista de Heidfeld com a Toyota, todas as equipes atuais da Fórmula 1 terão a chance de testar os novos pneus, após o Grande Prêmio em Abu Dhabi, em novembro, a última corrida do ano.
Os novos pneus Pirelli serão cuidadosamente projetados para atender não apenas às necessidades das equipes, garantindo um produto estável e consistente, mas também às expectativas dos fãs para assistir provas emocionantes e disputadas.
Consequentemente, o papel de Heidfeld será vital para que a Pirelli aperfeiçoe as especificações dos quatro compostos, dois dos quais serão usados em cada corrida do próximo ano, conforme as normas vigentes. A consistência de Heidfeld será crucial nesta tarefa: o alemão detém o recorde do maior número de classificações consecutivas em corridas (41) e também conseguiu terminar todas as provas durante a temporada de 2008.
O diretor de Competições da Pirelli, Paul Hembery, comentou: “Estamos felizes em receber Nick na família Pirelli e confiantes de que ele fará um grande trabalho. O papel de um piloto de testes é crucial, por isso, estávamos procurando alguém que tivesse experiência recente na Fórmula 1, velocidade para levar ao limite os nossos novos pneus, além de consistência para fazer simulações confiáveis e habilidade analítica para passar informações precisas aos nossos engenheiros. Nick se encaixa em todos os quesitos, por isso, estamos muito satisfeitos por ter assegurado os seus serviços e, obviamente, grato a Mercedes GP Petronas por concordar em liberá-lo do seu contrato. Quanto ao carro, nós temos uma política de total imparcialidade, para não favorecer nenhuma equipe. A Toyota foi a solução perfeita, já que é uma máquina de corrida contemporânea com velocidade e confiabilidade comprovadas e sem ligações com qualquer fabricante que esteja atualmente competindo na Fórmula 1. Estou confiante de que temos um conjunto excelente, que nos dará todas as oportunidades para maximizar o potencial dos nossos pneus antes do início da próxima temporada.”
O piloto Heidfeld completou: “Para mim é um grande privilégio fazer parte da equipe Pirelli e contribuir neste trabalho vital. Também estou muito grato à Mercedes GP Petronas por concordar em me liberar. Por conta da experiência que acumulei ao longo desses anos, estou confiante que serei capaz de dar importantes feedbacks para a Pirelli com relação ao desenvolvimento dos pneus. Juntos, tenho certeza que poderemos criar uma variedade de pneus dinâmicos que farão da Fórmula 1 um esporte ainda mais emocionante no futuro”.