“MERCADO BRASILEIRO É MUITO PROMISSOR”, DIZ ABEIVA

“MERCADO BRASILEIRO É MUITO PROMISSOR”, DIZ ABEIVA


Texto: Press Express

Um em cada cinco brasileiros tem um carro importado na garagem. O presidente da Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores – ABEIVA, José Luiz Gandini, é só otimismo em relação ao segmento em que atua.

No ano em que o Salão Internacional do Automóvel completa 50 anos, qual a avaliação que o senhor faz do evento e da sua repercussão?

José Luiz Gandini – A 26ª edição do Salão do Automóvel acontece em um momento efervescente do setor automotivo brasileiro, depois do susto, em 2008, quando a crise financeira internacional chegou a ameaçar também o Brasil. Depois de um excepcional ano de 2009, o setor automotivo brasileiro mantém sua boa performance em 2010. É nesse cenário que vai acontecer o Salão Internacional do Automóvel. E certamente o evento será um sucesso.

Qual a expectativa da entidade em relação à edição comemorativa do evento?

Gandini – A expectativa é das melhores. Embora representem 15% da área total de exposição do Anhembi, as associadas à ABEIVA mais uma vez serão a atração do Salão do Automóvel. E, exatamente por ser uma edição comemorativa, nossa expectativa é atender os visitantes com grandes novidades.

Há duas décadas se acentua a presença de automóveis importados circulando pelas ruas do País, muitos pertencentes às 22 marcas representadas pela ABEIVA. Há espaço para tantas marcas no mercado interno?

Gandini – Quando o mercado brasileiro foi aberto, há 20 anos, o principal objetivo do governo era o de promover a competitividade, a atualização tecnológica, ampliar a oferta e também desenvolver o próprio setor automotivo brasileiro. A partir de agora, o setor de importação deve passar por um processo seletivo, já que temos muitos ofertantes e a demanda tende a se equilibrar.

Também constituída há quase 20 anos, a entidade tem, inserida em sua missão, a tarefa de atuar como ferramenta para regular o mercado. Como isso se dá, na prática?

Gandini – O papel regulador do setor de importação pode ser resumido na tecnologia embarcada, design e também em preços.

Qual a visão do conjunto dos importadores, reunidos em torno da ABEIVA, sobre o potencial de consumo do País?

Gandini – Há dez anos, no Brasil, a relação era de 1 automóvel para cada grupo de 8 brasileiros; nos Estados Unidos 1:2. Hoje, essa relação no Brasil é de 1:5,5 e a relação nos Estados Unidos se mantém igual. Por essa analogia, podemos considerar que o País ainda tem potencial de consumo.

O que distingue o brasileiro do comprador e/ou simples apreciador de automóvel em outras partes do mundo?

Gandini – Como diz um jargão publicitário, o brasileiro é um apaixonado por carros. Aliado a esta constatação, aliás, inegável, no Brasil não temos infraestrutura de transportes coletivos capaz de satisfazer a população. Por essa razão, por muito tempo o automóvel será o objeto de desejo do brasileiro.

Do carro alemão ao asiático, passando por tantas outras nacionalidades de fabricação, o que faz a diferença – pelo menos três principais atributos – para a decisão de compra de um carro importado no Brasil?

Gandini – Até o final da década de 80, o Brasil contava apenas com quatro montadoras e não mais do que 100 modelos e versões à disposição do consumidor brasileiro. Hoje temos mais de 800 modelos e versões, por meio de cerca de 45 montadoras e importadoras. Na realidade, os atributos passam por carros sofisticados e esportivos, os de excelente relação custo/ benefício e os de nichos de mercado ou veículos de entrada com preços acessíveis.

Quando uma montadora estrangeira planeja ingressar em solo verde-amarelo, quais as principais questões que ela leva em conta?

Gandini – Potencial do mercado brasileiro e, na sequência, a possibilidade de vir a ser uma montadora local.

O Brasil vive um momento particular de sua economia, com maior geração de riqueza para a população, o que interfere na estrutura de classes de consumo. Em que medida essa realidade é considerada pelos importadores associados da ABEIVA?

Gandini – Essa nova realidade da sociedade brasileira é fundamental ao setor de importação de veículos automotores. Mostra um cenário muito promissor ao nosso segmento.

Num exercício futurista, o que esperar dos próximos 10 ou 20 anos do segmento de automóveis no País? Qual o cenário que o senhor prevê?

Gandini – Um futuro promissor. Sem dúvida, o Brasil será um importante pólo produtivo e de consumo. Nesse contexto, o setor de importação – ao contrário do que imaginam os xenófobos – tem papel preponderante, na medida em que pode e deve contribuir com o engrandecimento do setor automotivo brasileiro.

O SALÃO INTERNACIONAL DO AUTOMÓVEL – o mais importante evento do setor na América Latina – realiza a sua 26ª. Edição – de 27 de outubro a 7 de novembro de 2010, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo – quando comemora seu cinqüentenário. Organizado e promovido pela Reed Exhibitons Alcantara Machado, o evento espera receber 600 mil visitantes, que terão a oportunidade de ver de perto 42 diferentes marcas, entre nacionais e importadas. Ao todo, estarão expostos no evento 450 modelos de veículos. O SALÃO estará aberto ao visitante durante 12 dias, transformando os 85 mil metros quadrados de área num grande acontecimento.

Marco no calendário do setor a cada dois anos, o evento conta com o patrocínio da ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), co-patrocínio da ABEIVA (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores) e o apoio do SINDIPEÇAS (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores).

Mais informações:

26º SALÃO INTERNACIONAL DO AUTOMÓVEL

Data: 27 de Outubro a 7 de Novembro de 2010

Horário: 27/10 – das 14h às 22h (entrada até às 21h)

28/10 a 06/11 – das 13h às 22h (entrada até às 21h)

07/11 – das 11h às 19h (entrada até às 17h)

Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi – Av. Olavo Fontoura, 1.209 – Santana – São Paulo – SP

www.salaodoautomovel.com.br

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