Levantamento da Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), referente a setembro de 2010, confirma a evolução do CDC (Crédito Direto ao Consumidor) como opção de pagamento mais utilizada no escoamento das vendas a prazo de automóveis e comerciais leves. Até setembro a modalidade atingiu 46% do total de veículos comercializados, enquanto no primeiro trimestre correspondia a 40% e, no segundo trimestre por 43%.
Ainda no segmento de veículos e comerciais leves, o Leasing corresponde a 11% das vendas a prazo, o Consórcio por 6% e as vendas à vista representam 37%. No segmento de motocicletas, o CDC responde por 52% das operações, as negociações por Consórcio ficaram em 28%, o Leasing 1% e os pagamentos à vista foram de 19%.
Já no setor de veículos comerciais (caminhões e ônibus), as negociações por Finame lideram com 71%; o CDC corresponde a 12%; o Leasing (incluso Finame Leasing) por 5%; as operações por consórcio representam 2% e as vendas à vista foram de 10%.
Carteiras de CDC e Leasing
Em relação aos juros, a taxa média praticada pelas afiliadas da Anef foi de 1,44% ao mês (18,72% a.a.) em setembro de 2010, contra 1,45% ao mês (18,86% a.a.) no mesmo período de 2009. Em comparação ao mês de agosto de 2010, a taxa se manteve estável.
“A expansão do crédito para financiamento de veículos é um dos grandes responsáveis pelo bom momento da indústria automotiva do País. Diante disso, estamos projetando encerrar o ano com o saldo das carteiras de CDC e Leasing próximo a R$ 185 bilhões. Isto porque apostamos na continuidade do crescimento da economia doméstica, que está sustentando o financiamento de veículos. Além disso, não acreditamos em mudanças neste quadro. O desemprego segue em queda e a renda per capita vem aumentando. Esses fatores alimentam a confiança do consumidor, que vem utilizando cada vez mais o financiamento para a aquisição de seu veículo”, analisa Décio Carbonari de Almeida, presidente da Anef.
A inadimplência acima de 90 dias para os financiamentos de veículos por meio de CDC continuam em queda. O índice fechou setembro deste ano em 3,1% ante 4,9% no mesmo mês do ano passado. Em comparação ao mês de agosto de 2010 houve também um leve recuo, pois a inadimplência estava em 3,2%. “´É importante lembrar que em setembro de 2008, período pré-crise financeira internacional, a inadimplência era de 3,8%”, complementa Almeida.
Os planos médios para financiamento de veículos foram de 42 meses em setembro de 2010, mantendo o mesmo registrado em setembro de 2009.