Encantada com Jimenez, equipe tenta viabilizar sua participação na próxima etapa
Texto e Fotos: Imprensa Sérgio Jimenez
Depois de liderar os treinos livres, ter feito o segundo melhor tempo na primeira fase da sessão classificatória, e de ultrapassar nada menos que dez carros em seu turno de pilotagem neste domingo (28), Sérgio Jimenez (GFS Software) convenceu a equipe Mad Croc Racing de seu potencial. Agora, o time pretende levá-lo para a próxima etapa do Campeonato Mundial de GT1, que acontece nos dias 4 e 5 de dezembro em San Luis, na Argentina.
Largando da última posição, Jimenez teve paciência para esperar o melhor momento do desempenho de seu Corvette Z06 para iniciar o ataque aos adversários. “A maioria dos pilotos largou de pneus novos, inclusive eu, então o começo da corrida foi bem equilibrado e era difícil de passar”, explicou o paulista, que dividiu o cockpit do bólido com Cláudio Dahruj.
“A partir da décima volta o carro começou a render melhor, e passei dez carros na pista. Com pneus mais gastos eu comecei a melhorar. Meus tempos de volta eram iguais aos dos líderes da corrida, então pude manter um ritmo bem forte e permanecer por mais tempo na pista enquanto todo mundo ia para os boxes”, comentou.
Quando Jimenez fez a parada de boxes, no 34º minuto de corrida – o penúltimo antes do fechamento da janela obrigatória de pit stops -, ele era o terceiro colocado. Dahruj não pôde manter o ritmo, e por causa do intenso calor, o americanense se viu forçado a abandonar a prova faltando seis voltas para o final. A vitória ficou com a dupla brasileira formada por Enrique Bernoldi e Xandinho Negrão, a bordo do Maserati MC12.
“É compreensível. O Claudio é um empresário que tem no automobilismo um hobby, e o carro de GT1 é bem diferente do GT3 com o qual ele está acostumado”, disse Jimenez.
Depois de sua performance demonstrada no final de semana de Interlagos, a Mad Croc Racing quer mantê-lo no time. “Nós não o conhecíamos e ficamos muito impressionados. Ele é muito rápido e muito limpo, tanto que passou dez carros e não bateu portas com ninguém. Na GT1 temos pilotos muito rápidos, mas nas ultrapassagens alguns colocam tudo a perder. Não é o caso do Sérgio. Ele calcula muito bem e nos mostrou a todo momento saber o que está fazendo”, elogiou Kendy Janclaes, chefe da equipe.
“Em sua primeira experiência com o carro, ele nos passou boas informações a respeito do acerto, trabalhou conosco na estratégia e não cometeu um erro sequer. Definitivamente o queremos conosco na Argentina, e vamos trabalhar muito para viabilizar sua participação”, afirmou.
Jimenez também encerrou o fim de semana com a sensação de missão cumprida. “Foi excelente. Eu nunca havia andado nesse carro, fiz um bom trabalho nos treinos. Tínhamos chance de vitória se a dupla fosse mais constante, mas o Claudio não conseguiu acompanhar muito o ritmo, o que é normal e – repito – ele corre porque ama o automobilismo e o faz por hobby. Mas acho que neste final de semana eu pude mostrar para a categoria o que eu posso fazer em um carro da GT1”, concluiu.