Affinia automotiva e Nino Faróis dão dicas de segurança para proteger o veículo durante uma enchente
Texto: Imprensa Affinia automotiva e Nino Faróis
Em temporada de chuvas, vários estados brasileiros vivem um verdadeiro caos. E as enchentes que assolam as cidades não causam problemas apenas no trânsito e na estrutura de ruas e avenidas. Enchentes e alagamentos afetam também veículos e, com isso, geram grande despesa para os motoristas desavisados que cruzam regiões atingidas.
Para evitar maiores prejuízos com o carro, o primeiro passo é fazer o seguro do veículo. A Susep (Superintendência de Seguros Privados), desde 2004, determinou que todas as seguradoras incluam no pacote básico de cobertura – roubo, colisão e incêndio – a responsabilidade por danos causados por enchentes. Outro ponto importante é evitar sair com o carro nas regiões que costumam alagar quando a previsão for de chuvas fortes.
Além disso, em dias chuvosos, a atenção deve ser dobrada. Com o excesso de água os faróis não só podem ter sua luminosidade diminuída, por conta da água em seu interior, como também podem apresentar algum defeito e, com isso, causar sérios prejuízos ao dono do automóvel.
Mas o motorista não precisa pensar que um temporal pode colocar à prova os faróis do seu carro, que são fabricados para resistir à pressão de jatos d’água. Porém, pelo fato de não serem totalmente vedados, uma enchente deve, sim, causar prejuízos. De acordo com Lázaro Moraes, coordenador de desenvolvimento da Nino Faróis, empresa fabricante de produtos para iluminação automotiva, os chamados “dispositivos de respiros”, encontrados na estrutura de um farol, permitem com que o interior do conjunto troque temperatura com o ambiente, o que é necessário para o bom funcionamento do sistema. “O farol, se submerso em água, coisa comum nas enchentes, possui caminhos que levam água até seu interior”, explica o especialista. “E caso as gotículas não escoem, como esperado, pode ser então que haja um problema de infiltração, o que muitas vezes não se resolve numa oficina”.
O risco para o motorista que se depara com o farol cheio de água é, basicamente, o de perder toda a metalização, que é a parte espelhada, e ter de trocar toda a peça. Além disso, uma pane elétrica em todo o carro pode pegar o motorista de surpresa. Com relação às enchentes, Moraes afirma que “se a água cobrir todo o farol, a situação não é segura”, mas, na maioria das vezes, as pessoas tendem a se esquecer disso, pois “geralmente são casos de emergência ou impaciência, que fogem do controle momentâneo”. Sabendo disso, optar por bons faróis e evitar lugares alagados irá ajudar quem não quer ver seu carro se afogando no trânsito.
Mas se chover e for necessário enfrentar a enchente, alguns procedimentos básicos devem ser tomados. Se o carro estava parado e ficou submerso, nunca ligue o motor, o ideal é chamar o guincho e levar o veículo para uma oficina mecânica, onde será avaliado. “Dar a partida no carro pode infiltrar água na câmara de combustão, onde o ar e combustível se juntam para fazer o carro andar, o que causaria uma pane geral no motor”, explica Jair Silva, Supervisor de Assistência Técnica e Serviços da Affinia Automotiva.
Segundo Silva, os motoristas que preferirem se arriscar deverão verificar a altura da água. “Se a água estiver até a metade das rodas é menos perigoso. Com o carro já ligado, o motorista deve manter a aceleração constante, em primeira ou segunda e atravessar o trecho sem fazer nenhuma troca de marcha. Isso irá evitar que a água entre no motor”, destaca.
As peças do motor que forem danificadas pela água não permitem reparo, sendo necessária a troca. Dependendo do estado do carro, o proprietário pode ter um gasto aproximado de R$ 10 mil ou mesmo a perda total do veículo.