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Com bom trabalho de equipe, Jimenez faz grande prova de recuperação no Brasileiro de Marcas
A estreia de Sérgio Jimenez (GFS Software) no novo Campeonato Brasileiro de Marcas foi marcada por um misto de emoções completamente opostas no rápido circuito de Tarumã, em Viamão (RS). Após os problemas de rendimento no motor enfrentados nos treinos de sábado, que o relegaram à 13ª posição no grid de largada, o domingo foi movimentado para o piloto do Toyota Corolla número 73 da Bassani Racing. As vitórias na primeira e segunda provas neste evento de estreia do Brasileiro de Marcas ficaram com Valdeno Brito e Thiago Camilo, respectivamente – ambos com o modelo Astra, da Chevrolet.
“Foi um fim de semana de muito trabalho. Mas muito trabalho mesmo, bem acima da média”, comparou o piloto, que quase não participa da segunda corrida em virtude de um acidente ocorrido no segundo giro da prova da manhã deste domingo (18). Jimenez já havia feito três ultrapassagens, quando uma peça da roda dianteira do carro quebrou e deixou o Corolla sem controle. O carro escapou da pista, sem direção, e acabou tocando no do seu companheiro de equipe, Denis Navarro. Os dois foram parar na proteção de pneus, com maiores prejuízos ao carro de Navarro.
Embora bastante danificado, o Corolla de Jimenez pôde ser reparado a tempo para a segunda prova. Mas o piloto teve de largar dos boxes, na 18ª posição. “Cumprimos uma missão impossível hoje. A batida não foi culpa do Sergio, e foi uma pena pelo Denis, porque ele também vinha fazendo um bom trabalho para a equipe. Tivemos que tirar a frente do carro do Dennis, que não sofreu nenhum impacto na batida, e a montamos no carro do Sergio”, lembrou Eduardo Bassani, chefe e principal engenheiro da equipe, explicando o trabalho de duas horas na substituição de assoalho, suspensão dianteira, radiador, capô e sistemas eletrônicos na frente do bólido número 73.
Recuperação
“Foi uma pena que nesta corrida não teve nenhuma entrada do Safety Car. Para minhas pretensões, isso seria essencial, já que vários carros se separaram em grupos, com muita distância entre um e outro. Na primeira prova tivemos o carro de segurança duas vezes”, observou o piloto. “Fico triste pelo acidente na primeira corrida e pelo trabalho que tivemos no sábado para regular o motor do carro e descobrir porque não tínhamos rendimento. No domingo tudo estava resolvido, o carro estava ótimo, mas aí houve essa quebra que gerou o acidente”, explicou.
“Mesmo assim, a equipe fez um trabalho fantástico. Eu só tenho a agradecer a estes caras, que reconstruíram a frente do meu carro e o deixaram pronto a três minutos da largada”, elogiou. “A corrida foi muito boa, fiquei contente com o meu desempenho, mas eu sinceramente esperava pelo menos uma entrada do Safety Car para que eu pudesse me juntar ao ‘bolo’ e tentar ganhar mais posições”, disse.
Dia 17 de julho acontece a segunda rodada dupla do Brasileiro (Copa Petrobras de Marcas), no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Tanto Jimenez como a Bassani Racing – combinação que rendeu o primeiro título da Fórmula Renault Brasileira, em 2002 – trabalham para viabilizar sua participação na prova. “Queremos tê-lo conosco, mas tivemos um final de semana difícil. Temos grandes reparos para fazer nos carros, e vamos precisar de mais verba para a próxima etapa”, apontou Bassani.
“Gostei muito da categoria. O clima na equipe é fantástico, é como uma família. Espero estar com eles na próxima prova”, elogiou Jimenez, piloto que vive um grande momento na carreira, sendo solicitado por equipes de ponta para disputar, além do Brasileiro de Marcas, também o GT Brasil e a Stock Car.
