As novidades da Ford no Salão Internacional do Automóvel de Buenos Aires são uma mostra dos múltiplos caminhos que a empresa está percorrendo para enfrentar o grande desafio global da mudança climática. Essa questão deve ser encarada por todos os setores da sociedade e, no que se refere à indústria automotiva, envolve os fabricantes de automóveis, a indústria de combustíveis, os governos e os clientes para encontrar soluções novas, eficientes e acessíveis de redução do consumo de combustível e emissões.
A Ford utiliza sofisticadas ferramentas de planejamento tanto para traçar suas metas de sustentabilidade como para a redução das emissões de dióxido de carbono (CO2). Essas ferramentas estão ajudando a companhia a determinar as soluções tecnológicas mais viáveis a partir do balanço entre o que os clientes querem e os custos e necessidades ambientais. Essa análise serve como guia para o plano de economia de combustível que a Ford desenvolve para o horizonte de 2020.
A estratégia de sustentabilidade da Ford inclui a introdução, em âmbito global, de uma gama de tecnologias ambientais para fornecer veículos com consumo mais eficiente de combustível e menos emissões, sem comprometer as expectativas que os clientes têm em relação à segurança, espaço interno e desempenho. Desde o começo da sua implementação em 2007, a Ford acelerou os aspectos chaves da sua estratégia de sustentabilidade, incluindo um minucioso plano de eletrificação e outros avanços em seus veículos.
“A Ford tem um compromisso com os clientes de oferecer veículos que eles realmente desejam, com tecnologias amigáveis ao meio ambiente e acessíveis”, comenta Alan Mulally, CEO e presidente da Ford mundial. “Estamos focados em soluções tecnológicas sustentáveis que possam ser utilizadas não em centenas ou milhares, mas em milhões de automóveis, porque é dessa forma que a Ford pode realmente fazer a diferença”.
A estratégia de sustentabilidade da Ford segue um plano ordenado de migração tecnológica. O primeiro ciclo desse plano foi focado em ações de curto prazo. Sua pedra fundamental foi a introdução e aumento de participação da nova geração de motores EcoBoost, que oferece uma economia importante no consumo de combustível. O segundo ciclo, iniciado agora e com duração projetada até o ano 2020, é a aceleração da estratégia de eletrificação da Ford. O terceiro ciclo prevê o crescimento das tecnologias híbridas, somando fontes de energia alternativas. As etapas principais desse plano são as seguintes.
Curto Prazo: 2007-2011. Início da migração para tecnologias avançadas
• Aumentar o número de veículos com motores EcoBoost;
• Migração global para o uso de direção com assistência elétrica;
• Incorporar transmissões de dupla embreagem e seis marchas;
• Incorporação de aplicações híbridas;
• Migração global para sistemas de gerenciamento de bateria;
• Incorporar melhorias aerodinâmicas;
• Introdução de sistemas Stop-Start; e
• Disponibilidade de motores preparados para GNV/GLP em determinados mercados.
Médio Prazo: 2011-2020. Implementação completa das tecnologias conhecidas
• Contar com a disponibilidade de motores EcoBoost em quase todos os veículos;
• Atingir alto volume de veículos com direção com assistência elétrica;
• Atingir alto volume de veículos com transmissões de 6 marchas;
• Redução no peso dos veículos na faixa de 100 a 350 kg;
• Incorporar melhorias aerodinâmicas adicionais;
• Aumentar o uso de tecnologias híbridas;
• Introduzir veículos híbridos elétricos “plug-in” (PHEV) e totalmente elétricos (BEV);
• Dispor de veículos aptos a utilizar os combustíveis renováveis disponíveis;
• Utilização de diesel nos mercados que o requeiram;
• Aumentar a aplicação do Stop-Start.
Longo Prazo: 2020-2030. Tecnologias híbridas e fontes de energias alternativas
• A porcentagem de veículos de combustão interna dependerá dos combustíveis renováveis;
• Forte crescimento do volume de tecnologias híbridas;
• Prosseguir com o apoio aos veículos híbridos e elétricos;
• Introdução de veículos com células de combustível;
• Combustíveis limpos a hidrogênio/elétricos; e
• Prosseguir na redução do peso com a incorporação de materiais avançados.
Alguns desenvolvimentos para impulsionar a economia de combustível especificada na estratégia de sustentabilidade já estão em andamento, enquanto a Ford continua a inovar com olhos no futuro. A Ford está eliminando o desperdício energético em seus veículos, com a adoção de direção elétrica e novos sistemas elétricos e de resfriamento. Também reduz a resistência aerodinâmica com inovações no design e otimiza o rendimento dos motores com novas transmissões de seis velocidades. Todas essas inovações representam benefícios reais para os clientes, especialmente no que se refere à economia de combustíveis.
O plano da Ford
A pedra angular do plano de curto prazo da Ford é a nova geração de motores a gasolina com turbocompressor e tecnologia avançada de injeção direta, que geram uma economia de 10% a 20% em comparação com os motores aspirados de maior tamanho. A nova família de motores EcoBoost é uma das novidades da Ford Argentina no Salão de Buenos Aires.
O combustível é injetado diretamente na câmara de combustão em quantidades pequenas e precisas. Quando esse mecanismo é combinado com o turbocompressor, traz uma significativa melhoria no desempenho e reduz o consumo. O EcoBoost é projetado para render a potência e torque de um motor V8, por exemplo, com o consumo de combustível de um V6.
O novo Ford Mondeo EcoBoost é uma das novidades do estande da Ford que já está disponível nos distribuidores da marca na Argentina. Equipado com motor EcoBoost I-4 2.0 totalmente de alumínio, ele incorpora as novas transmissões Powershift e estilo renovado que mostra a evolução do design Kinetic.
Além dos motores EcoBoost, também fazem parte dos planos de curto e médio prazo da Ford uma série de tecnologias para economia de combustível e redução de emissões, já em prática. É o caso das transmissões PowerShift de dupla embreagem e seis marchas, da direção com assistência elétrica (EPAS), disponível no recém-lançado New Fiesta, da aerodinâmica otimizada em túnel de vento e da redução de peso com plataformas mais eficientes, usando alumínio, magnésio e aços de alta resistência.
No médio prazo – 2011 a 2020 -, a economia de combustível aumentará com o crescimento do número de motores EcoBoost e o aprofundamento da estratégia de eletrificação. A redução do peso dos veículos também será alvo de atenção especial no plano da Ford. Em determinados modelos, a diminuição estará na faixa de 100 a 300 kg, dependendo do segmento, sem comprometer a segurança.
Estratégia de eletrificação
A Ford acelerou a sua estratégia agressiva de eletrificação para trazer ao mercado veículos totalmente elétricos (BEV), como a Transit Connect, já apresentada nos Estados Unidos, e o Focus elétrico, exibido no último Salão de Detroit e com estreia este ano nos Estados Unidos.
As outras opções são o hibrido elétrico “plug-in” C-Max Energi, também presente no Salão de Buenos Aires, e a nova geração de híbridos elétricos, representada pelo C-Max híbrido elétrico. Os dois últimos estarão disponíveis nos Estados Unidos a partir de 2012, e na Europa em 2013.
Desse modo, a Ford aprofunda a sua estratégia de oferecer opções de veículos elétricos nos vários segmentos do mercado, para atender às diferentes necessidades dos consumidores. Na área de bicombustíveis, a Ford continuará produzindo veículos capazes de funcionar com combustíveis renováveis, como biodiesel e etanol.





