Pesquisa da Unifesp mostra um aumento do consumo nocivo de álcool entre as mulheres jovens
Texto e Foto: Assessoria de Imprensa
Todos nós sabemos que as mulheres são cuidadosas e atentas. Mas até pouco tempo atrás, determinadas características comportamentais influenciavam quando as mulheres fechavam uma apólice de seguro para o seu carro que, na maioria das vezes, acabava saindo por um valor mais barato, quando comparado com o preço pago pelos homens.
Características com relação ao perfil de comportamento influenciam, e muito, quando o assunto é buscar preços para as coberturas de seguro de automóveis. Dados divulgados essa semana por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), apontaram que os brasileiros estão bebendo mais, principalmente as mulheres jovens, sendo este um dos agravantes que contribui para o aumento do valor do seguro. Isso tem levado as seguradoras a revisar suas estatísticas buscando equilibrar sua rentabilidade, pois as mulheres estão gerando sinistros numa frequência maior que a estimada até então.
O consumo abusivo de álcool cresceu 31,1% na população nos últimos seis anos. Os dados estão no 2º Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad) e apontam um crescimento do beber em excesso entre as mulheres. Foram entrevistadas 4.607 pessoas com 14 anos ou mais em 149 municípios brasileiros.
O aumento do consumo de álcool pelas mulheres foi de 36% no ano passado, enquanto que entre os homens o número subiu 29,4%. Uma das hipóteses levantadas nos leva a supor que pelo fato do público feminino ter aumentado sua participação no mercado de trabalho e, junto com o crescimento da economia no País, também viu aumentar sua renda e, com isso, o consumo de bebidas e a compra de veículos. Cada vez mais expostas ao trabalho, seu respectivo stress, emancipadas e totalmente inseridas no ambiente profissional, as mulheres estão adotando o comportamento de beber e dirigir tanto quanto os homens. Isto tem refletido também nos valores de seguro auto e, atualmente, as mulheres, principalmente as mais jovens, pagam o mesmo valor que os homens em uma apólice.
Para Marcelo Blay, sócio-diretor da minutoseguros.com.br – corretora líder em vendas de seguros on-line –, um mercado tão concorrido como o de seguros, obriga que as empresas estejam sempre atentas às mudanças de comportamento social. “Analisar os novos perfis é primordial para que seguradoras e corretoras ofereçam produtos, coberturas e serviços que realmente atendam as necessidades de cada pessoa. Para nós é importante achar a melhor relação custo-benefício para cada cliente de acordo com o risco a que ele está exposto. Assim, temos como oferecer a melhor proteção possível a um preço justo”, explica.
A pesquisa mostra ainda que, apesar da metade da população brasileira não consumir álcool (52%), houve um aumento geral de 20% da frequência do uso das bebidas. Sem dúvida, isto tem influenciado no momento em que as seguradoras fazem a avaliação dos perfis de seus clientes, que levam em conta, comportamento – sejam eles de maior ou menor risco – idade, cidade, sexo, entre diversos outros fatores.
