Alpha Notícias: Frota circulante cresce e gera demanda futura para a reposição
Aumento é o fator propulsor que garante o movimento de toda a cadeia
Texto e Foto: Assessoria de Imprensa
Frota circulante de veículos, inspeção de emissões e técnica veicular, renovação de frota foram os principais temas debatidos em encontro de entidades que representam o setor de reposição automotiva (indústria, distribuição, varejo e oficinas), na 4ª edição da Automec Pesados & Comerciais, feira realizada de 1º a 5 de abril, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo/SP. A frota circulante de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus ultrapassou 41 milhões de unidades em 2013, alta de 5,7% em relação ao ano anterior, segundo levantamento do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). Já a idade média total não mudou muito, passando de 8 anos e 7 meses em 2012 para 8 anos e 5 meses. A concentração da frota está no Sudeste e Sul do País, o que significa que 72 % do total de veículos rodam nos Estados de São Paulo (37%), Minas Gerais (10%), Rio de Janeiro (8%), Paraná (8%) e Rio Grande do Sul (8%).
Frota de comerciais leves e veículos pesados representa 25% do total
O número de comerciais leves e veículos pesados representa 25% do total da frota. São 1,7 milhão de caminhões, 6 milhões de comerciais leves e 386 mil ônibus. “Os dados mostram que a frota cresceu 5,7% em 2013 e que 56% do total têm até cinco anos”, afirmou Elias Mufarej, conselheiro do Sindipeças para o mercado de reposição e coordenador do GMA – Grupo de Manutenção Automotiva. Ele comentou também que 4% da frota possui mais de 20 anos, o que motiva a implantação de um programa de renovação de frota, especialmente, de caminhões e ônibus, para trazer resultados positivos em relação à segurança no trânsito, acrescentado que as entidades estão trabalhando no projeto sobre o assunto, faltando apenas definir a contribuição da iniciativa privada e do governo. Segundo Mufarej, o Brasil não precisa ser um dos países líderes de acidentes de trânsito, muitas vezes, provocados por falhas mecânicas.
Varejo mais formalizado
No discurso de Francisco de La Tôrre, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo (Sincopeças-SP), falou que a renovação da frota e o amento do número de veículos em circulação são fatores que impactam o varejo de autopeças. “O programa de renovação e o crescimento da frota irão gerar negócios para o setor de autopeças”, comentou La Tôrre, lembrando um estudo da Roland Berger, que cita que a frota irá crescer 5% ao ano até 2020.
A formalização do negócio por meio de novas tecnologias da receita federal também provoca mudanças no setor, como melhoria na qualidade de atendimento e gestão, mais treinamento aos colaboradores e aprofundamento do relacionamento com clientes. “Apesar das ameaças econômicas, estou otimista com o cenário”, afirmou. Na opinião de La Tôrre, o fato da formalização do varejo ser algo inevitável tem gerado interesse de investidores e grupos internacionais. Por todas estas mudanças e entrada do e-commerce, a entidade quer mostrar aos empresários como esse canal pode ser interessante e ajudar a encontrar meios de tornar o ponto de venda uma experiência agradável de consumo. “Esse é o desafio do varejo”, aponta o presidente do Sincopeças-SP.
Inspeção em prol da segurança
Antonio Fiola, presidente do Sindicato da Indústria da Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo e Sindirepa Nacional, destacou a Oficina Modelo que possibilita mostrar ao frotista o ambiente de reparação na feira. Para Fiola, as novas tecnologias trazem desafios para o setor. Também destacou a importância da inspeção de emissões e técnica veicular. “Além da categoria econômica, defendemos a vida e o ar que respiramos”, ressaltou Fiola.
Distribuição tem expertise em logística
Rodrigo Carneiro, vice-presidente da Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças (ANDAP), falou sobre algumas características do setor de distribuição brasileiro de autopeças. “O segmento de reparação independente e o aftermarket detém 80% da manutenção de veículos leves e pesados e contamos com 3 mil pontos de distribuição, que garante ampla cobertura em todo o território nacional e representa 70% da redes de concessionárias todas as marcas do Brasil. Além disso, temos competência em logística”, afirmou Carneiro. Segundo o vice-presidente da entidade, o distribuidor, frequentemente, tem de fazer entregas três a quatro vezes ao dia. “Somos benchmarking para o mundo”.
Pesquisa apontará perfil do visitante da Automec
Antonio Carlos Bento, conselheiro do Sindipeças, responsável pela área de feiras e eventos, falou sobre as novidades que está implantando na entidade. Quer divulgar informações relevantes para as os fabricantes e distribuidores que participam das feiras e fazer uma pesquisa para identificar melhor o objetivo do visitante na exposição, o Sindipeças, em parceria com outras entidades e empresas, está fazendo uma pesquisa. “Também está intensificando ações do Projeto Comprador, em parceria com a Apex-Brasil, para promover reuniões de negócios. Nesta edição, estão previstas 420 encontros com compradores de diversos países”, revelou. Rodrigo Rumi, diretor da Reed Alcantara Exhibitions também falou sobre o empenho da organização em qualificar cada vez mais o público visitante, como um das principais metas da empresa.
O projeto Loja Legal, criado pelo GMA, Grupo de Manutenção Automotiva, que visa combater a pirataria e falsificação de autopeças também está em andamento.
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