Para a ABESCO a falta de incentivos fiscais e infraestrutura são os principais entraves
Texto: Assessoria de Imprensa
A emissão de gases de efeito estufa (GEE) é uma das principais causas para as mudanças climáticas e tem sido objeto de debate no mundo inteiro. Muito se tem discutido sobre a implementação de ações para a redução da queima de combustíveis fósseis, por ser uma das principais fontes de emissão desses gases. No Brasil, a queima dos combustíveis fósseis gera 15,1% do total de gás jogado na atmosfera, segundo o Inventário Nacional de emissão de GEE elaborado pelo governo. Por esse motivo, no Dia da Ciência e Tecnologia (16), a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ABESCO) lamenta a falta de incentivo para os carros elétricos no País.
“O desenvolvimento de veículos movido a energia elétrica é um grande avanço tecnológico que deveria ser comemorado e incentivado. A alteração climática é uma realidade e é substancialmente influenciada pelo homem com o mau uso dos recursos naturais. Pelo planeta ter a necessidade de diminuir a queima de combustíveis fósseis a curto prazo, nem mesmo a sobrecarga na matriz energética seria motivo para a falta de incentivo e infraestrutura para os carros elétricos no País”, explica o presidente da ABESCO, Rodrigo Aguiar.
Estudo realizado pela Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL Energia) concluiu que o aumento do consumo de energia elétrica ficaria entre 0,6% a 1,7% quando a frota alcançasse entre 5 e 13,3 milhões de veículos totalmente elétricos. Além do custo, a falta de postos de recarga em locais públicos também é um entrave para a expansão da frota nacional. Hoje, há registros apenas de pequenas iniciativas para ampliar a oferta, em São Paulo (no Shopping Villa Lobos), no Rio de Janeiro e em Recife.