Alpha Notícias: Fabricantes tradicionais continuarão liderando o mercado automotivo nos próximos dez anos
Apesar da tecnologia, estudo da KPMG aponta esta tendência
Texto: Assessoria de Imprensa
Apesar de diversas empresas do segmento de tecnologia estarem em busca de uma fatia do competitivo setor automotivo em virtude do amadurecimento de temas como mobilidade, as montadoras tradicionais continuarão a dominar o cenário ao longo dos próximos dez anos. Essa é a visão da maioria dos 200 executivos dessa indústria que participaram da mais recente Pesquisa Global do Setor Automotivo que é realizada, anualmente, pela KPMG.
De acordo com a pesquisa, 34% por cento dos entrevistados afirmaram que montadoras do mercado premium têm uma grande chance de estar no topo até 2025. Já um número inferior (32%) relatou que as fabricantes de mercado de massa têm uma grande chance de prevalecer. Já em terceiro lugar aparecem as marcas e as submarcas de carros elétricos com 13%.
“O setor automotivo está sentindo a pressão de ambas as direções: de um lado, normas regulatórias cada vez mais restritas no mundo inteiro exigem um grande foco na otimização de tecnologias tradicionais do conjunto propulsor (powertrain) e altos investimentos em conjuntos motrizes (drive trains) alternativos. Do outro lado, consumidores cada vez mais familiarizados com a tecnologia fomentam uma cultura completamente nova na qual eles não somente esperam, mas exigem serviços inovadores, afirma o sócio da KPMG e líder para o setor automotivo, Charles Krieck.
“Os players tradicionais do mercado podem começar a lidar com novos concorrentes, uma vez que empresas de tecnologia e comunicação agora são consideradas de igual importância no quesito mobilidade. Esse realmente será o próximo grande passo que eles deverão dar para ter certeza de que possuem um modelo de negócio atualizado, que seja capaz de enxergar a vida de seus consumidores de uma forma mais abrangente, encarando-os não apenas como motoristas, mas promovendo um relacionamento mais aprofundado com eles visando a ampliar o nível de fidelidade”, completa o diretor de Relacionamento da KPMG para a indústria, Ricardo Bacellar.
Apesar disso, mais da metade de todos os executivos entrevistados acredita que é improvável uma ruptura radical nos modelos de negócios existentes nos próximos cinco anos. Esse cenário conservador inclui expectativas de domínio de mercado, com 75% dos participantes prevendo que as montadoras tradicionais continuarão a dominar no quesito relacionamento com o cliente até 2020.
Estratégias de crescimento
Dois terços dos respondentes veem o crescimento orgânico como a principal estratégia de crescimento. Em segundo lugar, a expansão da cadeia de valor e a diversificação aparecem com 54%. Curiosamente, a cooperação com os players de setores convergentes teve melhor colocação ficando à frente das parcerias com outras montadoras (49% contra 45%, respectivamente), refletindo a crescente importância da tecnologia no futuro da indústria.
O estudo apontou também que, para sobreviverem, as montadoras globalmente estabelecidas seguirão seu caminho por conta própria, em vez de estabelecer parcerias com outras. Já nos mercados emergentes, por outro lado, as fabricantes são mais propensas a optar por alianças mais fortes, com o objetivo de atingir o volume necessário para competir de forma efetiva com os grandes players.
“O crescimento orgânico por si só não atenderá às necessidades da cultura de mobilidade do futuro, e as montadoras precisarão encurtar os ciclos de inovação para oferecer novos produtos”, analisa Krieck.
Empresas que devem prosperar
Quando questionados sobre quais empresas estão mais propensas a ganhar participação de mercado até 2020, 78% dos respondentes da pesquisa elegeram a Hyundai/Kia, seguida pelo Grupo Volkswagen com 75%.
Para obter mais informações, ler o relatório da pesquisa na íntegra ou utilizar a ferramenta regional interativa, acesse http://www.kpmg.com/GAES2015.