Alpha Serviços: Entenda os impactos nos veículos e consumidores com a mudança da gasolina

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Conheça os três fatores básicos que indicam a melhora na especificação do combustível 


A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) definiu novos padrões para a gasolina que estão em vigor desde o início de agosto, de acordo com a Resolução nº 807/2020. 

Anunciada como mais eficiente e econômica, ainda gera mais dúvidas que certezas junto aos motoristas brasileiros.

Vamos entender o que muda e quais são os pontos principais da nova gasolina

Densidade – A nova especificação limitou o processo de destilação no refino numa faixa, que deixará o combustível mais denso (densidade mínima de 715 kg/m³). Isso significa que irá gerar mais energia com a mesma quantidade de gasolina no tanque. Ou seja, essa massa maior deve gerar melhor desempenho por litro e, consequentemente, menor consumo.

Octanagem – Primeiro, vamos entender o que é octanagem. É a capacidade do combustível, em mistura com o ar, de resistir a altas temperaturas e pressões sem sofrer combustão espontânea. No Brasil, a octanagem é medida pelo IAD (Índice Antidetonante), que é a média entre o MON (resistência da gasolina à detonação quando o motor está em alta rotação, ou seja, em ciclos nas rodovias) e RON (motor em baixa rotação, em ciclos urbanos).

O IAD está mantido em 87 no Brasil. O que muda é o valor do RON, que passa para 92. Porém, como o MON permanece com o mínimo de 82, o IAD pode continuar em 87, ou seja, sem alterações significativas.

A vantagem, nesse caso, aparece nos carros mais novos, que possuem sistemas de injeção mais modernos, como injeção direta. Como os veículos estão calibrados para o uso do combustível antigo, a elevação do RON permitirá uma ‘leitura’ de que o combustível no tanque é melhor. Com isso, mandará menor quantidade para a câmara de combustão, gerando economia. Nos modelos que saírem de fábrica preparados para a nova gasolina, esse ganho pode ser maior.

Torre de destilação – A ANP definiu uma nova curva de destilação, índice que regula a temperatura na qual as frações mais leves de combustível evaporam. Essa curva ficou mais estreita, com menor amplitude, o que evita que a composição da gasolina varie, trazendo ganhos quanto a densidade.

Padrão Internacional

Na prática, a nova gasolina tem alterações físico-químicas que a aproximam do padrão do combustível comercializado no exterior, pincipalmente na Europa e nos Estados Unidos. E isso vai afetar diretamente as importações, evitando que gasolinas de baixa de qualidade sejam colocadas no mercado brasileiro. 

Em relação à economia, o governo tem anunciado que a nova formulação deve trazer redução de 4% a 6% do consumo do combustível nos motores. Porém, não existem estudos de mercado que comprovem essa tese e os especialistas não são tão otimistas, prevendo que esse benefício fique na casa de 1%.

Usar aditivo faz diferença

Agora que você já entendeu o básico sobre a nova gasolina, a pergunta é: o uso de aditivos ainda é necessário? A resposta é: sim! E a explicação é simples.

Como a gasolina continua sendo um hidrocarboneto – hidrogênio e carbono – e toda vez que queima, produz resíduos, estes podem aderir em superfícies como a cabeça pistão, bico injetor, válvula e câmara de combustão. 

Com isso, o aditivo continua tendo efetividade para proteger o motor e contribuir no desempenho do veículo. Ao limpar os componentes, o aditivo restaura a potência e permite o melhor aproveitamento da octanagem do combustível.

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