Com mais de 60% da carga nacional circulando por rodovias, os gargalos logísticos e a ausência de investimentos impactam diretamente o setor de transporte rodoviário. O acidente ocorrido na BR-101 reforça a necessidade de medidas estruturais e proteção ao transportador.

Como políticas públicas e seguros podem mitigar os prejuízos do setor

O transporte de cargas no Brasil enfrenta desafios estruturais, agravados pela infraestrutura precária, altos custos operacionais e insegurança nas estradas. Dados do Tribunal de Contas da União (TCU) indicam que o país investe menos da metade do valor destinado por nações com economia similar à infraestrutura de transporte. Em 2022, as despesas logísticas representaram 13% do Produto Interno Bruto (PIB), totalizando R$ 1,3 trilhão.

No dia 6 de abril, um caminhão carregado se envolveu em uma colisão no trecho do Morro dos Cavalos, em Palhoça (SC), resultando na explosão do veículo e no incêndio de outros automóveis. A rodovia permaneceu interditada por mais de 15 horas, causando prejuízos ao setor.

O Grupo Fetra, que atua na defesa do setor, destaca a importância do Seguro de Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga (RCTR-C), que cobre danos materiais e corporais a terceiros. “Sem esse tipo de cobertura, os prejuízos de um acidente envolvendo cargas perigosas podem ser imensuráveis, recaindo diretamente sobre a transportadora”, afirma um especialista da entidade. “Nosso papel é orientar e apoiar a construção de um ambiente mais seguro e estruturado para o transporte de cargas.”

Além do impacto sobre transportadores, motoristas cujos veículos foram atingidos podem recorrer ao seguro auto compreensivo para minimizar danos materiais e despesas médicas inesperadas.

O transporte que move o Brasil enfrenta desafios críticos

A solução para os desafios do transporte rodoviário envolve investimentos em infraestrutura, valorização dos transportadores e aprimoramento das políticas públicas. Com atuação ativa junto ao poder público e empresas, o Grupo Fetra busca alinhar as necessidades do setor com ações estratégicas. Enquanto melhorias estruturais avançam lentamente, medidas como gestão de riscos e cultura da prevenção são essenciais para garantir a continuidade das operações e proteção do ecossistema logístico.