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Consórcio movimenta mais de R$ 222 bi com 2,5 mi de adesões
Novos recordes de vendas de cotas, negócios e participantes ativos são batidos no fechamento semestral

No encerramento do primeiro semestre, o Sistema de Consórcios registrou novos recordes em negócios realizados, no acumulado histórico de adesões e no inédito total de consorciados ativos, de acordo com levantamento estimativo feito pela assessoria econômica da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios.
De janeiro a junho, ao somar R$ 222,39 bilhões, os negócios dos consórcios cresceram 30,5% sobre os R$ 170,43 bilhões contabilizados no mesmo período do ano passado, atingindo a maior totalização dos últimos 20 anos. As vendas, também foram superiores no período, acumulando 2,46 milhões de cotas, 17,1% acima das 2,10 milhões do mesmo semestre de 2024.
Paralelamente, com os resultados positivos, o número de participantes ativos aumentou em junho e alcançou 11,86 milhões, 10,8% acima dos 10,70 milhões registrados no sexto mês do ano passado.
Na sequência mensal, iniciada há mais de três anos, em janeiro de 2022, o número de consorciados anotava 8,21 milhões. Em junho, passados quarenta e dois meses, o volume ultrapassou consecutivamente todas as marcas anteriores e bateu um novo recorde ao completar 11,86 milhões. O progresso foi de 44,5% com apenas uma retração em abril de 2023.
O tíquete médio do último mês do semestre chegou a R$ 92,58 mil, 14,0% maior que os R$ 81,18 mil, assinalados no mesmo mês de 2024. Trata-se de valor médio considerado ponderadamente os setores de veículos leves, motocicletas, veículos pesados, imóveis, serviços, e eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis.
O acumulado de consorciados contemplados nos seis meses somou 867,44 mil, estável em relação aos 865,22 mil do mesmo período de 2024. Os créditos concedidos nas contemplações chegaram a R$ 57,28 bilhões, 15,8% superior aos R$ 49,48 bilhões do ano passado.
Detalhes dos indicadores
Adesões
Na divisão setorial, entre as 2,46 milhões de cotas comercializadas e acumuladas no primeiro semestre, 955,43 mil foram em veículos leves; 699,59 mil em motocicletas; 590,58 mil em imóveis; 99,62 mil em veículos pesados, 83,29 mil em eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 29,63 mil em serviços.
Nos seis meses, dos seis setores onde o consórcio está presente, cinco assinalaram avanços nas comercializações de cotas: eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis, com 98,2%; imóveis, com 40,8%; serviços, com 13,1%; veículos leves, com 12,5%; e motocicletas, com 8,2%. Apenas um retraiu: veículos pesados, com -15,0%, que gradativamente vem buscando recobrar sua normalidade, apesar da queda em junho.
Contemplações
De janeiro a junho, as 867,44 mil contemplações estiveram assim distribuídas: 372,32 mil de veículos leves; 332,38 mil de motocicletas; 67,96 mil de imóveis; 47,73 mil de veículos pesados; 28,69 mil de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 18,37 mil de serviços.
Participantes ativos
O volume de participantes ativos em cada setor ficou assim distribuído: 42,7% nos veículos leves; 26,2% nas motocicletas; 20,2% nos imóveis; 7,6% nos veículos pesados; 2,3% nos eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 1,0% nos serviços.
Nos 11,86 milhões de consorciados ativos, cada setor alcançou os seguintes totais: 5,07 milhões em veículos leves; 3,11 milhões em motocicletas; 2,39 milhões em imóveis; 898,50 mil em veículos pesados; 274,53 mil em eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 122,70 mil em serviços.
Tíquete médio de 2021 a 2025
Ao levantar o comportamento dos tíquetes médios dos meses de junho nos intervalos dos últimos cinco anos, observou-se um aumento nominal de 39,9%. Ao descontar a inflação (IPCA) de 26,74 anotada no período, na relação da diferença de R$ 66,16 mil, em junho de 2021, para R$ 92,58 mil, no mesmo mês de 2025, houve valorização real de 10,4%.
“Ao findar o primeiro semestre deste ano, os indicadores do Sistema de Consórcios sinalizaram a confiança do consumidor evidenciada pelos recordes conquistados, decorrentes do planejamento das finanças, considerando o consórcio como melhor alternativa para aquisição de bens ou contratação de serviços”, afirma Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC. Por entender que o brasileiro vem ampliando seus conhecimentos sobre educação financeira, Rossi complementou destacando que “certamente os resultados positivos retratam a importância da modalidade na vida financeira, pessoal, familiar, profissional ou empresarial, visando o futuro.”
A potencial presença dos consórcios na cadeia produtiva
Nos anos 60, quando a indústria automobilística se instalava no Brasil e vivenciava a ausência de linhas de crédito para compra dos primeiros automóveis, a criação do consórcio supriu a necessidade e se desenvolveu como sistema inteligente de autofinanciamento. A alternativa, genuinamente brasileira, abriu um caminho mais simples para o consumidor alcançar os objetivos de aquisição ou troca de automóvel. Nos seis primeiros meses de 2025, a potencial presença no setor automotivo esteve em um a cada três veículos leves vendidos no país.
A modalidade tem participado, também fortemente, no segmento de duas rodas. Nos seis meses, as contemplações revelaram a potencial aquisição de uma moto a cada três comercializadas no mercado interno.
Em situação semelhante, a presença pode ser constatada nos veículos pesados. Neste setor, o consórcio assinalou uma a cada duas comercializações de caminhões negociados para ampliação ou renovação de frotas para o setor de transportes, com destaque especial para utilização no agronegócio.
Um resumo do consórcio em alguns elos da cadeia produtiva brasileira, durante os seis meses, pode ser aferido pelos volumes financeiros disponibilizados ao mercado, através das contemplações. O Sistema atingiu 32,9% de potencial presença no setor de automóveis, utilitários e camionetas. No de motocicletas, houve 32,3% de possível participação, e no de veículos pesados, a relação para caminhões foi de 37,3% no mês.
No segmento imobiliário, durante os cinco primeiros meses deste ano, as contemplações representaram potenciais 23,8% de participação no total de 233,69 mil imóveis financiados, incluindo recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e dos consórcios, potencialmente um imóvel a cada quatro comercializados.