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Coluna “Fernando Calmon”: Menos imposto ao Carro Sustentável traz estímulos ao mercado de imediato

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Os critérios demoraram mais que o esperado para serem anunciados, contudo bem recebidos. Ideia central é impacto neutro na arrecadação de imposto sobre automóveis e comerciais leves. Veículos movidos exclusivamente a etanol (hoje, não existem), híbridos flex e elétricos pagarão menos IPI, enquanto os movidos a gasolina e diesel (mesmo híbridos) pagarão mais. Consumo de combustível, potência, itens de segurança ativa e passiva e até reciclabilidade entram na conta final e sempre os menos eficientes pagando mais imposto do que os eficientes. O veículo também deve se enquadrar como compacto.

Menos imposto ao Carro Sustentável traz estímulos ao mercado de imediato

Um acerto foi deixar claro que produção tem que ser nacional e incluir todas as etapas como prensagem, soldagem, pintura, fabricação do motor e montagem final. Nada de “produção experimental” e sim efetiva.

Mais importante a registrar foi quase uma “guerra de preços” com os fabricantes de carros compactos e picapes leves lançando promoções com descontos de até 20%, bem acima da diminuição de IPI. Fiat, Hyundai, Renault e VW saíram na frente, todavia é certo que nenhuma marca deixará de se movimentar. Cada uma com sua estratégia.

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Paulo Cardamone, da Bright Consulting, considerou acertado que os motores de menor potência (aspirados) paguem menos imposto do que os turbos, a partir de 3 de novembro. Entretanto, eficiência energética sempre será o critério mais justo, além da valorização dos motores flex. O programa Carro Sustentável termina em 31 de dezembro de 2026.

Por sua vez, o IPI Verde tem viés mais protecionista. Contudo, incentiva a produção no Brasil e penaliza gasolina e diesel. Marcas chinesas com fábricas plenas aqui deverão partir para motores flex, cuja tecnologia é dominada por fabricantes e fornecedores nacionais desde 2003.

É possível que previsões de venda para este ano sejam revistas para cima. A última projeção da Fenabrave diminuiu o crescimento esperado de 5% para 4,4% em 2025 sobre 2024. Movimento nas concessionárias já aumentou. Um bom sinal.

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SUV médio Boreal muda estratégia Renault

Aposta firme da marca francesa para mercados da América Latina, Turquia, Oriente Médio e Norte da África, o novo SUV Boreal começa a ser fabricado em São José dos Pinhais (PR) e estreia prevista para o último trimestre. Três versões com preços estimados de R$ 180.000 a R$ 240.000. Alvos principais: Corolla Cross, Compass e Taos. Estilo da dianteira avançado tem várias divisórias, faróis LED, rodas de 19 pol. de desenho ousado, teto solar e pintura do teto em preto. Já a parte traseira, propositalmente discreta, é seu melhor ângulo.

Dimensões generosas: 4.556 mm de comprimento, 2.702 mm de entre-eixos, 1.841 mm de largura e 1.640 mm de altura. Porta-malas surpreende pelos 522 L e chega a 1.279 L, ao rebater o banco traseiro. A arquitetura do Boreal prevê versão flex semi-híbrida de 48 V. Todavia, estreia com o conhecido motor 1,3 L turbo flex, injeção direta, 163 cv (E) e 156 cv (G); 27,5 kgf·m (E) e 25,5 kgf·m (G). Rivais diretos da Toyota e Jeep entregam potência maior (175 cv e 176 cv com etanol, respectivamente). Porém, o Compass tem massa 166 kg maior que o novo SUV da Renault, capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 9,8 s contra 10,3 s do rival. No Boreal, câmbio robotizado automático de duas embreagens em banho de óleo.

O novo SUV é o primeiro Renault fora da Europa com o Google Automotive Service e integração total com Google Maps e Play. Há duas telas integradas de 10 pol. para instrumentos e multimídia; sistema de som Harman Kardon Premium. Outro destaque: permite configurar o comportamento dinâmico em cinco modos de condução: Eco, Comfort, Sport, Perso e o novo Smart. Este último adapta automaticamente motor, direção, acelerador ao estilo de direção e tipo de trajeto para uma experiência mais intuitiva.

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Destaque especial para 24 sistemas de assistência ao condutor (ADAS). Além de frenagem autônoma de emergência, há alerta de abertura segura das portas e controle de cruzeiro adaptativo com função para-e-anda. Em todas as versões, faróis são de facho adaptativo e comutação automática alto e baixo.

Audi A5 e BMW M235: quase ao mesmo tempo

Embora não sejam concorrentes diretos, há acúmulo de lançamentos de produtos nacionais e importados como nunca. O A5 substitui o A4, tem nova arquitetura e cresce nesta geração: comprimento, 4.829 mm; entre-eixos, 2.892; largura, 1.860 mm, altura, 1.410 mm e bom porta-malas de 417 L. O estilo agrada por ser ousado, em especial a nova grade hexagonal, a integração luminosa de um lado ao outro na traseira, além de maçanetas embutidas e novas rodas de 20 pol.

Oferece mais espaço interno, mesmo para quem viaja no banco traseiro, enquanto os bancos dianteiros garantem boa sustentação lateral. Desenho do volante foge dos padrões da marca: rebuscado demais. O quadro de instrumentos de 11,9 pol. integra-se bem à tela multimídia de 14,5 pol. A tela exclusiva para o passageiro da frente não estará disponível na versão para o Brasil por razão de preço, embora permitida por lei. O teto solar panorâmico fixo tem seis níveis de escurecimento.

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Motor é o 2-L, turbo, 272 cv e 40,8 kgf·m com câmbio automático de sete marchas e tração nas quatro rodas sob demanda. Aceleração de 0 a 100 km/h em 5,9 s. Preço será definido no lançamento, em setembro.

Na ordem alfabética, vêm os BMW da série 2 com carroceria sedã-cupê de quatro portas (batizada de Gran Coupé pela marca alemã) já à venda: o 220 M Sport, por R$ 320.950 e o M235 xDrive, por R$ 479.950. Ambos oferecem um motor turbo 2-L, quatro cilindros em linha, com especificações diferentes. No primeiro caso, 204 cv e 30,6 kgf·m para aceleração de 0 a 100 km/h em 7,3 s. Na versão de topo, potência sobe para 317 cv e torque para 40,8 kgf·m, com 0 a 100 km/h em 4,9 s.

O câmbio de ambos é robotizado automático de duas embreagens e sete marchas. Tração integral sob demanda reservada para versão mais cara; tração dianteira para a M Sport. Diferença grande (50%) de preço entre as duas versões: R$ 159.000. Em boa hora, o fabricante eliminou a incômoda obrigação de aproximar o telefone celular da maçaneta para abrir a porta do motorista. Os novos bancos dianteiros trazem mais conforto em viagens longas. E o seletor de marchas foi redesenhado.

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BMW ainda conta com o M2, motor 3-litros Twin Turbo, 480 cv, 61,2 kgf·m, câmbio manual (6-marchas) ou automático (8-marchas) com preço de R$ 673.950.

HR-V 2026 recebe discreta reestilização

A dianteira traz um novo para-choque nas versões Advance e Touring com uma linha estilizada que conecta os faróis de neblina. Grade segue em preto brilhante, mas muda o padrão conforme a motorização. Na traseira, lanternas de LED com indicadores de direção sequenciais são exclusivos da versão de topo Touring. Rodas de 18 pol. agora estão restritas às versões mais caras, com desenho diferenciado e acabamento escurecido. Versões EX e EXL mantêm rodas de 17 pol.

No interior, a principal novidade está na central multimídia de 8 pol. (ainda pequena) e em todas as versões. Sem novidades mecânicas: 1,5 L flex, aspiração natural, 126 cv e 15,8 kgf·m (pouco para a massa do SUV) e 1,5 L, turbo flex 177 cv e 24,5 kgf·m, este muito bom. Um dos pontos fortes do HR-V é o pacote de segurança, padronizado em todas as versões: seis airbags, assistente de partida em rampas, controle de descida e alerta de ponto cego com câmera (lado direito), entre outros.

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Em avaliação entre São Paulo e São Roque (SP) com trechos urbanos de tráfego intenso e rodovias de média velocidade, o HR-V entregou equilíbrio refinado, conforto e dirigibilidade. Versão turbo confirmou sua vocação de oferecer boa estabilidade, respostas imediatas do acelerador e condução tranquila em diferentes condições de tráfego. Mesmo sem desempenho de esportivo, entrega o que se espera de um SUV familiar com pegada racional.

Preços: R$ 163.200 a 209.900 (altos frente aos concorrentes).

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