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Bugatti conclui produção do Bolide com 40 unidades

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O último exemplar do Bugatti Bolide marca o encerramento de um ciclo para a fabricante francesa. Produzido no Atelier de Molsheim, o modelo simboliza a conclusão de um projeto iniciado em 2021 e que se tornou referência em engenharia voltada para pistas. A entrega ao colecionador que encomendou a unidade final representa não apenas a realização de um conceito, mas também a continuidade de uma tradição que remonta a 1909.

Último exemplar do Bolide conecta herança do Type 35 à engenharia contemporânea

“Meu primeiro contato com o projeto foi em agosto de 2021, então realmente voltamos mais de quatro anos – e naquela época – era um conceito totalmente novo, ainda nos estágios iniciais de design. Foi um período empolgante porque tínhamos muitos elementos para reunir”, afirmou Emilio Scervo, Chief Technology Officer da Bugatti.

O Bolide nasceu do desafio de transformar o conceito “What If”, apresentado em 2021, em realidade de produção. A missão exigiu atenção a cada detalhe, desde a engenharia central até os aspectos de acabamento. Entre 2021 e 2022, a equipe concentrou esforços para assegurar que o modelo atendesse aos padrões técnicos da marca.

Segundo Scervo, “estávamos desenvolvendo o Bolide como um projeto que exigia um nível muito alto de desempenho. A ideia de ser um carro perfeito para pista, tanto para gentlemen drivers quanto para profissionais, não é simples de traduzir em atributos de condução, mas é essencial para o que faz dele um Bugatti.” Em 2022, o design foi finalizado e, no início de 2023, a engenharia concluída. Prototipagem e testes em condições reais permitiram ajustes necessários. O ápice ocorreu em Le Mans, durante o centenário da prova, quando Andy Wallace atingiu 350 km/h na reta principal.

Entre o verão de 2023 e o início de 2024, o Bolide passou por uma fase intensiva de desenvolvimento em pista. A rotina envolvia jornadas diárias com preparação noturna e debriefings detalhados. Cada minuto de pista era aproveitado para validar atributos de desempenho e confiabilidade. O projeto seguiu princípios que vão além da performance. A Bugatti buscou unir eficiência técnica à tradição estética e ao padrão de qualidade exigido por seus clientes.

Bugatti conclui produção do Bolide com 40 unidades

Christophe Piochon, presidente da Bugatti Automobiles, destacou: “Nos propusemos a criar um carro que pudesse atuar no autódromo e, ao mesmo tempo, pertencer às melhores coleções do mundo. Por isso dedicamos atenção extraordinária a cada detalhe de execução, da pintura ao interior, para que possuir um Bolide refletisse o mesmo nível de artesanato de qualquer outro Bugatti em sua coleção.” A produção em Molsheim reforçou a filosofia de que cada veículo deve manter excelência ao longo de sua vida útil. O Bolide foi concebido para unir atributos de pista com a durabilidade esperada de um Bugatti.

O encerramento da produção foi marcado pela entrega de uma unidade com especificação exclusiva. Inspirado no Type 35 do próprio colecionador, o modelo recebeu pintura “Black Blue” e “Special Blue Lyonnais”, além de interior em Alcantara “Lake Blue”. O conjunto inclui detalhes como a bandeira francesa na lateral e costuras internas em “Light Blue Sport”.

A cerimônia de entrega em Molsheim simbolizou a relação de confiança entre marca e cliente. O Bolide final integra uma trilogia que inclui também o último Veyron Grand Sport do mesmo colecionador. Limitado a 40 exemplares, o Bolide encerra um capítulo que conecta a herança de Ettore Bugatti ao presente. O modelo representa a união entre legado e inovação, reafirmando o compromisso da marca com padrões técnicos e históricos.

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