As vendas de veículos importados no Brasil registraram um aumento significativo em dezembro de 2024, impulsionando o desempenho das dez marcas filiadas à Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa). Com 12.479 unidades licenciadas no último mês do ano, as associadas anotaram um crescimento de 21,6% em relação a novembro, quando foram comercializadas 10.262 unidades. Comparado a dezembro de 2023, o aumento foi ainda mais expressivo, de 49,4%, passando de 8.352 para 12.479 veículos.

Abeifa registra crescimento expressivo nas vendas de veículos eletrificados e importados

No acumulado de 2024, as vendas de veículos importados, somadas às unidades produzidas localmente, totalizaram 104.729 unidades, um crescimento de 141,1% em relação ao ano anterior, quando foram emplacadas 43.431 unidades. Esse desempenho foi impulsionado, em grande parte, pelo mercado de veículos eletrificados, que representou 53,2% das vendas totais de 178.430 unidades emplacadas no período de janeiro a dezembro de 2024.

Em dezembro, a participação das associadas à Abeifa no mercado total de automóveis e comerciais leves foi de 5,1%, com 12.479 unidades licenciadas. No acumulado do ano, as 104.729 unidades emplacadas representaram uma fatia de 4,2% do mercado interno brasileiro de automóveis e comerciais leves, que totalizou 2.484.721 unidades em 2024.

A elevação das alíquotas de imposto de importação em janeiro e julho de 2024 impactou o mercado de veículos eletrificados. As tarifas para veículos elétricos passaram de 10% para 18%, para os plug-in de 12% para 20% e para os híbridos de 15% para 25%. Apesar dessas mudanças, as associadas à Abeifa conseguiram um bom desempenho, com seis das dez marcas filiadas registrando crescimento nas vendas.

Vendas de veículos importados disparam no Brasil

Marcelo Godoy, presidente da Abeifa, destacou que, mesmo diante das adversidades, as associadas à entidade comercializaram 103.091 unidades importadas, alcançando um marketshare de 4,2%. Somadas as 1.638 unidades de produção local, o total chegou a 104.729 unidades. Godoy argumentou que a presença de veículos importados, com suas tecnologias avançadas, beneficia os consumidores e incentiva os fabricantes locais a atualizar seus produtos.

O futuro do setor de importação veicular, segundo Godoy, ainda é incerto, mas ele prevê um crescimento de 5% em 2025, impulsionado pelo aumento de novos produtos com tecnologias inovadoras. Godoy expressou insatisfação com as medidas alfandegárias e a suspensão de incentivos fiscais para veículos importados eletrificados, destacando a importância desses veículos no processo de descarbonização do setor automotivo brasileiro.