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Novos bajas da FEI utilizam energia solar para competir em Piracicaba

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Competição SAE BRASIL-PETROBRAS acontecerá de 19 a 22 de março, no Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo (ECPA), e reunirá mais de 70 equipes, em São Paulo

Fonte Imprensa FEI

Após conquistarem o tricampeonato mundial em 2008, os estudantes do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana) correm, agora, em busca de mais um título nacional e fazem os últimos acertos nos carros que vão disputar a 15ª Competição Baja SAE BRASIL-PETROBRAS, que será realizada de 19 a 22 de março, no Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo (ECPA), em Piracicaba, SP. Nesta edição, a FEI levará dois novos carros, projetados e construídos pelos próprios alunos, que tiveram a preocupação em utilizar tecnologias que contribuem para o meio ambiente. A competição reunirá 73 equipes, que representarão 57 instituições de ensino do Brasil e Estados Unidos.

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Com três títulos mundiais (2004, 2007 e 2008) e quatro nacionais na categoria (2001, 2002, 2005 e 2007), as equipes da FEI reúnem 19 alunos dos cursos de Engenharia Elétrica e Engenharia Mecânica. A principal inovação dos veículos está na utilização de placas para o aproveitamento de energia solar para carregar as baterias, dispensando a utilização da energia do motor. As placas levam cerca de cinco horas para serem recarregadas e precisam de uma nova recarga após 12 horas de uso. Outra novidade são os faróis de lâmpadas LED, que foram instalados nos carros e serão alimentados pela energia solar.

As duas equipes apostam em veículos mais leves, sendo que cada um pesa 220 kg carregado (com o piloto). “Com a redução do peso, os veículos ficam mais ágeis, o que garante melhor rendimento e manobrabilidade”, destaca o capitão da equipe FEI Baja 1, Pedro Luiz de Souza Pinto Filho, que tem 23 anos e cursa Engenharia Mecânica Automobilística.

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Além de tecnologia GPS, desenvolvida pelos alunos em parceria com o IPEI (Institutos de Pesquisa e Estudos Industriais) da FEI, os veículos possuem sistema de telemetria, que gerencia e transfere ao box, em tempo real, informações como velocidade, rotação do motor, níveis da bateria e do tanque de combustível.

Durante a competição, os bajas são submetidos a testes de tração, aceleração, velocidade máxima e um enduro de quatro horas, em pista de terra cheia de obstáculos, na qual carros e pilotos são desafiados no aspecto resistência. Antes disso, as equipes deverão apresentar o projeto para uma banca de juízes, especialistas da indústria. No final da competição, as duas equipes que conquistarem as melhores pontuações, na soma geral das provas, ganham o direito de representar o Brasil na competição internacional, que será realizada de 11 a 14 de junho, nos Estados Unidos. Atualmente, o Brasil possui quatro títulos no mundial da SAE International, o primeiro com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em 1998, e os demais com a FEI.

Equipe FEI baja 1 – Quando iniciaram o projeto, em setembro de 2008, a equipe buscou, ainda, um veículo confortável. Para isso, desenvolveu um sistema de ajuste de conforto em que as molas têm variação de rigidez e se ajustam conforme o peso do condutor. A suspensão traseira possui braço semiarrastado e a dianteira é do tipo duplo braço triangular. A transmissão automática CVT (Continuosly Variable Transmission). O Dipton, como é denominado o carro, alcança 60 km/h, tem freio a disco, com atuação hidráulica, e a direção é tipo pinhão cremalheira. O chassi é tubular, com alta rigidez torcional.

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Equipe FEI baja 2 – O carro da equipe tem suspensão dianteira tipo duplo braço triangular e a traseira ganhou nova geometria, a McPherson. A transmissão é CVT (Continuosly Variable Transmission). O veículo atinge 55 km/h. “Com a nova suspensão traseira, se o carro for fabricado em massa, o custo de produção é mais baixo e a manutenção é fácil de ser realizada”, destaca o capitão da equipe FEI baja 2, Eric Noguchi, 22 anos. Os dois carros ganharam 1hp de potência com novo posicionamento do motor, que possui 10 hp. “Após muitos testes e estudos, colocamos ele mais inclinado, e isso ajudou na velocidade final do carro, que era de 49 km/h e passou para 55 km/h”, explica Eric.