Microbiologista dinamarquês vem ao Brasil discutir fontes de energia limpa
Imprensa UNICA
O presidente mundial da maior fabricante de enzimas industriais do mundo, a Novozymes, que tem unidade em Araucária (PR), estará em São Paulo no mês que vem para participar da Ethanol Summit 2009, promovida pela Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar).
Trata-se do microbiologista Steen Riisgaard (foto), que vem da Dinamarca para falar sobre as perspectivas globais para os biocombustíveis e o etanol de segunda geração, feito do bagaço da cana. Um projeto que tramita na Câmara Federal, em regime de urgência, propõe um acordo de cooperação entre o Brasil e a Dinamarca para impulsionar avanços na área de energia renovável e ainda vai ser analisado pelo plenário. Mas a unidade brasileira da multinacional já está trabalhando no desenvolvimento de soluções para o novo processo de fabricação do etanol.
Até 2010 a empresa pretende disponibilizar globalmente enzimas comerciais que irão viabilizar a a sua produção. Enquanto o projeto se desenvolve no Brasil, Riisgaard já comemora avanços nos Estados Unidos, onde o presidente Barack Obama empreende um plano para os biocombustíveis.
“Obama estabelece um caminho claro e imediato na direção da comercialização de biocombustíveis avançados, capazes de fornecer segurança energética e a criação de 200 mil novos empregos verdes, além de uma redução de CO2 de 92%, em relação ao uso da gasolina”, comentou o dinamarquês. Realizada a cada dois anos, a Ethanol Summit é um dos principais eventos voltados ao biocombustível no mundo.
Raio-x:
Steen Riisgaard é presidente da Novozymes e está no cargo desde quando a companhia foi desmembrada da Novo Nordisk, em 2000. Riisgaard entrou para a Novo em 1979, como microbiologista para pesquisa e desenvolvimento de enzimas. Antes de entrar na Novo Nordisk, Riisgaard foi pesquisador do Serum Institute, da Dinamarca, de 1976 a 77, e microbiologista da Foss Electric. Riisgaard graduou-se em biologia pela Universidade de Copenhagen. Também integra os conselhos do WWF (World Wildlife Fund) da Dinamarca e da Egmont International Holding, além de ser presidente do conselho da EuropaBio (Associação das Biodindústrias da Europa).
