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Água no umbigo, sinal de perigo!
Tal como o ditado popular, quando a água chega aos faróis, deve-se estar alerta
Texto: Imprensa Nino
Num ano em que os índices pluviométricos do país atingiram picos inéditos, como foi no Nordeste durante o primeiro semestre e recentemente no sul do país, qualquer sinal de chuva forte é motivo de preocupação. Na cidade de São Paulo, por exemplo, o Inmet (Instituto Nacional de Metereologia) nunca registrou um volume tão grande de chuva no mês de setembro desde 1943: a média de precipitação esperada era de 74mm; só no dia 8 de setembro, choveu cerca de 70mm.
Em dias chuvosos, a atenção com o carro é dobrada. Os pneus, se carecas, precisam urgentemente ser trocados. O limpador de pára-brisa, se não está funcionando bem, deve ser concertado, caso contrário a visibilidade do motorista será afetada. Os cuidados também devem ser com os faróis que, se apresentarem algum defeito, não só podem ter sua luminosidade diminuída, por conta da água em seu interior, como também causar sérios prejuízos ao dono do automóvel.
O motorista, porém, não precisa chegar ao extremo de pensar que um temporal pode colocar à prova seu farol, que é fabricado para resistir à pressão de jatos d’água. Mas pelo fato de não serem totalmente vedados, uma enchente deve, sim, acabar com esta resistência. De acordo com Lázaro Moraes, coordenador de desenvolvimento da Nino Faróis, empresa fabricante de produtos para iluminação automotiva, os chamados “dispositivos de respiros”, encontrados na estrutura de um farol, permitem com que o interior do conjunto troque temperatura com o ambiente, o que é necessário para o bom funcionamento do sistema. “O farol, se submerso em água, coisa comum nas enchentes, possui caminhos que levam água até seu interior”, explica o especialista. Entretanto, caso as gotículas não escoem, como esperado, pode ser então que haja um problema de infiltração, o que muitas vezes não se resolve numa oficina.
O risco para o motorista que se depara com o farol cheio de água é, basicamente, o de perder toda a metalização, que é a parte espelhada, e ter que ser trocado. Além disso, uma pane elétrica em todo o carro pode pegar o motorista de surpresa. Com relação às enchentes, Moraes afirma que “se a água cobrir todo o farol, a situação não é segura”; mas, na maioria das vezes, as pessoas tendem a se esquecer disso, pois “geralmente são casos de emergência ou impaciência, que fogem do controle momentâneo”. Sabendo disso, optar por bons faróis torna-se regra para quem não quer se afogar no trânsito.
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