Aquecimento da economia e medidas antidumping recentemente determinadas pela Câmara de Comércio Exterior sinalizam o resgate dos 20% de espaço perdidos pela indústria brasileira nos últimos cinco anos
Texto: Imprensa ANIP
2010 deverá ser um ano promissor para a indústria brasileira de pneus. A curva descendente que ocupou as planilhas dos executivos do setor, nos últimos anos, deverá ser finalmente revertida, tomando um caminho ascendente.
A expectativa favorável é baseada não apenas na conjuntura macroeconômica, que sinaliza recuperação no ritmo de desenvolvimento econômico, como também nas recentes conquistas representadas pelas medidas antidumping contra os pneus chineses importados da China, tanto comerciais como de passeio.
“Nos últimos anos, perdemos mais de 20% do mercado doméstico devido aos preços baixos do custo dos pneus chineses importados”, explica Eugênio Deliberato, presidente da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP). Além disso, ele lembra a queda de quase 30% das vendas externas, motivadas pela retração da economia mundial.
A verificação de dumping e o direito de aplicar medidas de proteção contra as vendas de importados chineses abaixo do custo foi requerida pela ANIP junto à Câmara de Comércio Exterior (Camex) no início de 2008. Em junho desse ano, depois de uma ampla pesquisa de mercado, o organismo resolveu pela aplicação do direito antidumping definitivo e por um prazo de até cinco anos, para pneus comerciais, de carga e de passageiros, aros 20”, 22” e 22,5”. O valor fixado pela Camex para a taxa antidumping varia de US$ 1,12 a US$ 2,59 por quilo do produto, conforme o fabricante. Em dezembro de 2008, a Camex já havia aplicado direito antidumping provisório por seis meses, fixando uma taxa de US$ 1,33 por quilo.