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Veículos leves: a BorgWarner está pronta para a liberação dos motores diesel no Brasil
A declaração do ministro Edison Lobão – Minas e Energia -, sobre o fato do governo brasileiro estar estudando a adoção do diesel como combustível para automóveis (veículos leves), suscitou inúmeros artigos na imprensa de todo o País, com grande repercussão neste segmento.
Como fabricante de turbocompressores, componentes essenciais para o controle de emissões de motores movidos por vários combustíveis, a BorgWarner está pronta para atender a indústria automobilística nacional. Ela poderá equipar, no caso da liberação, motores diesel de 4 cilindros entre 1.4 e 2 litros.
Segundo o brasileiro Sergio Veinert, diretor mundial de Aftermarket da Divisão Turbo & Emissions Systems do grupo, “se o governo permitir, a BorgWarner está preparada para fornecer, no Brasil, turbos para qualquer motor diesel de veículo leve adotado pelas nossas montadoras”.
“Na Europa – continua Veinert -, o nível de desenvolvimento dos motores chegou num estágio onde é difícil perceber se o motor é diesel ou gasolina. E a aceitação do consumidor europeu foi tão grande que, hoje, aproximadamente 50% dos carros de passeio e dos SUVs são movidos a diesel, tendência que só agora vem se acentuando nos Estados Unidos”.
O diretor da BorgWarner ainda enfatiza as vantagens do motor diesel sobre os movidos à gasolina, como o desempenho de até 36% a mais de quilometragem por litro de combustível, menor emissão de CO2, maior torque e maior durabilidade, além de baixa manutenção. Acrescente a isso uma menor complexidade de manutenção em relação aos híbridos gasolina/eletricidade.
A comercialização de carros a diesel no País, antigo sonho dos taxistas, não ameaça o mercado de carros flex, mesmo porque a tecnologia diesel é mais cara. Na realidade será uma nova opção para o consumidor, que poderá ter à sua disposição veículos flex, gasolina, diesel, elétrico ou híbrido.
Mas, neste momento, a preocupação maior é com a qualidade do diesel nacional, que tem alto teor de enxofre. Apesar de existir diesel com 50 ppm (partículas de enxofre por milhão) em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, a maior parte do Brasil convive com diesel de até 1.800 ppm.
Providencialmente, a partir de 1º de janeiro de 2013 a Petrobras precisará atender a resolução do Conama – Conselho Nacional de Meio Ambiente, que exige a produção do diesel S-10, ou seja: nível de enxofre com 10 ppm – padrão Euro 5.