Certificação de peças, rastreabilidade dos produtos no varejo e disque denúncia fazem parte do plano de ações no combate à pirataria e falsificação
O setor de autopeças vem sofrendo com a comercialização de produtos de origem duvidosa e que não atendem às mínimas especificações exigidas pelos fabricantes. A grande maioria desses produtos é oriunda de países asiáticos e que chegam ao Brasil para competir de forma desleal no mercado de reposição de autopeças. As estimativas apontam que o comércio de peças piratas e falsificadas represente 5% desse mercado que cresce no País e movimentou 57,2 bilhões em 2009.
Tema de grande importância para o GMA – Grupo de Manutenção Automotiva, que reúne as entidades que formam o setor da reposição automotiva (Sindipeças, Andap, Sincopeças-SP e Sindirepa-SP), vem sendo amplamente debatido no Fórum Nacional de Combate à Pirataria e Falsificação com intuito de criar plano de ações para combater esse crime.
Por meio do Sindipeças que é membro do FNCP – Fórum Nacional Contra a Pirataria e Ilegalidade, desde 2008, o setor de autopeças estuda criar uma série de ações coordenadas que envolvem todos os elos da cadeia produtiva (fabricantes, distribuidores, varejo e oficinas).
Além da certificação compulsória acreditada pelo INMETRO para vários produtos (bronzina, pistão, rodas e aros para caminhões e ônibus, rodas para automóveis e comerciais leves, molas, amortecedores, pastilhas, lonas, líquido de freio, espelhos retrovisores, rolamentos, faróis, lanternas, lâmpadas, cabos, bomba de combustível, líquido de aditivo do radiador do motor, correias, tubos e mangueiras) que já está em andamento é um importante avanço e o setor pretende implantar um sistema de rastreabilidade das peças no varejo, ponto mais vulnerável da cadeia por ser o elo de ligação com o consumidor. “A implantação de um sistema que permite identificar as peças no varejo garante mais segurança ao consumidor que poderá saber a procedência do produto que está comprando”, revela o advogado e consultor jurídico do Sincopeças-SP que coordena o grupo de estudos do GMA, Paulo Ribeiro.
Além disso, o GMA juntamente com o FNCP, estuda a implantação de um disque denúncia que poderá receber reclamações do consumidor. “Hoje, não há um canal de atendimento para receber denúncias, o que ajudará na investigação e a desmantelar as quadrilhas que operam no comércio criminoso”, acredita.
Muitas vezes, ao levar o veículo para fazer manutenção, o consumidor não se preocupa com esse detalhe que pode fazer toda a diferença.
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