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Alpha Notícias: Setor de peças e componentes para veículos de duas rodas sofre com a concorrência dos importados

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Texto: Assessoria de Imprensa
O mercado de peças e partes para bicicletas está encerrando o ano de 2012 com queda de 12%. As vendas para o mercado original ficarão 9% abaixo das registradas em 2011 e a comercialização ao segmento de reposição sofrerá perda de 13%.
“O quadro apresentado no balanço do ano passado, quando dissemos que estávamos assistindo a segunda fase da desindustrialização brasileira no segmento não se alterou. As empresas que importavam continuam importando e reduzindo seus quadros de funcionários porque estão deixando de fabricar para importar já que os produtos de fora competem fortemente com os nossos. A Pirelli, por exemplo, dona de 30 a 40% do mercado de pneus e câmaras não fabrica mais esses produtos porque é mais rentável trazer de outro país”, desabafa Auro Levorin, vice-presidente do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (SIMEFRE). Dessa forma restou apenas um único e último fabricante de pneus e câmaras, a empresa Levorin.
As importações aumentaram 6% em volume e 15% em valores no período. Com isso, a indústria nacional perdeu para os importados volume mais do que o proporcional a queda de mercado. Como consequência houve aumento da concorrência e redução da margem de lucro. “Continuamos observando a prática desleal dos produtos chineses no nosso mercado. Desde a prática de dumping até a não conformidade das normas brasileiras. Por conta disso, a China chega a deter cerca de 90% das importações”, calcula Levorin.
Por outro lado, por conta do aumento dos preços dos produtos, da desvalorização do Real e das medidas de proteção da indústria nacional obtidas pelo SIMEFRE, observamos uma redução dessa pressão nos últimos meses, porém não foi o suficiente para reverter o balanço negativo da indústria nacional.
Segundo ele, o SIMEFRE tem feito um trabalho muito forte em defesa do setor e com isso conseguiu algumas conquistas, entre as quais colocar alguns produtos na lista de exceção, revisão e ações antidumping, desoneração da folha de pagamento e alguns itens passaram a ser monitorados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
Motociclos
De acordo com Levorin, o mercado de peças para motos em 2012 deve cair cerca de 8%, sendo que o segmento original deverá registrar retração de 14% e as vendas de produtos para abastecer a reposição cairá cerca de 6%. “Os problemas vividos pelos fabricantes de peças de motos são semelhantes aos do segmento de peças para bicicletas, porém em proporções menores”, explica Levorin.