Alpha Notícias: Clássicos Brasil reunirá as relíquias do antigomobilismo nacional
Evento conta com exposição, espaço kids, espaço mulher, venda de carros, mercado das pulgas e comidinhas dos food trucks
Texto e Foto: Assessoria de Imprensa
São Paulo foi escolhida para sediar o 1º Clássicos Brasil, que já chega como o maior evento de carros clássicos nacionais do Brasil e que tem tudo para entrar no calendário dos maiores eventos da cidade.
Além dos carros, o evento terá espaço kids, espaço mulher, venda de carros, simulador de corrida, mercado das pulgas e comidinhas dos food trucks. O ingresso custa R$ 25,00 e pode ser adquirido pelo http://www.ticketfacil. com.br/classicos-brasil ou na bilheteria do clube nos dias do evento.
A expectativa é conseguir reunir uma quantidade recorde de veículos: 500 carros de fabricação nacional, sendo obrigatoriamente 80% original. O que esperar de um evento como este? Grandes histórias, grandes ícones, grandes carros. “Será um passeio para apreciar os automóveis e também interagir com os donos que tem muita paixão pelo carro e muita história para contar. Uma verdadeira volta ao passado, com certeza, com boas recordações para todos”, afirma José Ricardo de Oliveira, da ZR Soluções Automobilísticas, organizador e realizador do evento.
Entre os carros expostos, ícones que marcaram época como Romi Isetta (1959), Puma GT DKW (1968), Karmann Ghia Conversível (1969), Maverick GT (1976), Charger RT, Fusca ‘Pé de Boi’, Galaxie Ambulância, Gordini ‘Teimoso’, Opala SS e Simca Chambord. O evento é um tributo a Fábio Steinbruch, entusiasta e apaixonado por carros antigos nacionais; da coleção dele, estarão expostos os modelos Brasinca Uirapuru, Dodge SE, Gordino 1093, JK, Simca Presidence e SP2.
Carros antigos sempre chamam muita atenção, seja pela conservação ou por despertarem lembranças e ‘causos’ sobre o passado. Muitos deles carregam histórias particulares, mas acima de tudo fazem parte da história do Brasil. Um desses casos é o famoso Itamarati Presidencial 1967 número 0001, que estará exposto no evento.
Diversão
Quem quiser testar as habilidades no volante, haverá um simulador de corrida – com níveis para amadores ou profissionais – da parceira Velocidade Mania. Com o simulador é possível reproduzir a sensação de um piloto profissional a bordo dos cockpits mais famosos do mundo, em disputas emocionantes, em que pode-se utilizar o controle real de freios, câmbio (formato borboleta), desgastes geral do carro e variação do clima. Os equipamentos são de alto desempenho e os softwares/games mais recentes.
Para completar o contexto de objetos antigos e com muita história, os visitantes poderão adquirir peças antigas, no chamado ‘mercado das pulgas’, no qual cerca de 30 expositores farão parte. Conta-se que o primeiro do gênero é o ‘Marché aux puces’, do subúrbio do norte de Paris; um grande bazar ao ar livre que recebeu esse nome devido à venda de vestuário, muitas vezes infestado por pulgas.
Como a paixão por carros geralmente passa de pai para filho, o 1º Clássicos Brasil terá atrações para garantir a diversão de toda família. O Espaço Kids contará com brinquedos para as crianças e o Espaço Mulher, atividades voltadas para este público.
A paradinha para o lanche pode ser feita em um dos Food Trucks, comidas de rua que ganharam nova roupagem e viraram febre na gastronomia de São Paulo, depois de fazerem sucesso no exterior. O conceito é oferecer comida de qualidade a preços acessíveis. E nesse calor não poderia deixar de ter lugar para tomar uma ‘gelada’, que ficará por conta do Bar Brahma e o Bar do Léo.
Premiação
Os automóveis expostos serão avaliados e premiados os mais originais de cada época. A avaliação será de acordo com a orientação da Federação Brasileira de Veículos Antigos (FBVA), em que serão consideradas, principalmente, originalidade e importância histórica. “Queremos que este prêmio tenha reconhecimento e carregue com ele a qualidade e importância do nosso evento e que seja o reconhecimento ao expositor”, diz Oliveira.
Os carros serão classificados dentro de uma das cinco categorias, divididas por períodos: categoria JK (veículos fabricados até 1960), Tropicalismo (entre 1961 e 1966), Milagre Brasileiro (entre 1967 e 1973), Geração Disco (entre 1974 e 1982) e Nova República (entre 1983 e 1992).
A categoria JK retrata a infância da indústria automobilística brasileira, com os primeiros modelos fabricados por aqui, ainda com algumas (ou muitas) peças importadas e similares aos modelos de origem das matrizes das fábricas.
Com o desenvolvimento da indústria brasileira entre 1961 e 1966, os veículos passaram a ter alto índice de nacionalização (mais de 90%) e isso incrementou a indústria de autopeças nacional. Projetos, alterações e modelos brasileiros, exclusivos surgiram, consolidando o parque industrial do Brasil. Neste contexto serão julgados os automóveis inscritos na categoria Tropicalismo.
Entre 1967 e 1973 – que refere-se a categoria Milagre Brasileiro – aconteceu um grande desenvolvimento, devido a diversos investimentos das fábricas, fortalecendo ainda mais nossa indústria. Isso durou até a crise mundial do petróleo, no ano de 1973.
A categoria Geração Disco, dois fatores importantes marcaram esta época: o lançamento de uma nova geração de carros médios, menores e mais econômicos – uma forma encontrada para sobreviverem a crise do petróleo – e o fechamento do mercado para importações de automóveis a partir de 1975. Isso mudou todo o cenário de produtos e do mercado Brasileiro nessa década.
A última categoria, Nova República, engloba os veículos fabricados entre 1983 e 1992. Nesta época as grandes fábricas se globalizaram e surge o conceito do “Carro Mundial”, fabricado em diversos países e com componentes vindos de diversas fábricas, fornecedores e filiais de vários países. Isso até a abertura das importações pelo governo no inicio da década de 1990. Vale ressaltar que para efeito de premiação são considerados veículos com mais de 30 anos de fabricação.
Como tudo começou
Ainda nos anos 50, as pessoas no Brasil transportavam-se em automóveis importados. Europeus ou norte-americanos. Havia por aqui praticamente todas as marcas de automóveis, cujos modelos eram importados por pequenas empresas, também em pequenos volumes.
Como isso significava um desequilíbrio na balança comercial, o então presidente Juscelino Kubitschek criou em 1956 o GEIA – Grupo Executivo da Indústria Automobilística, nomeando como chefe o ministro de Viação e Obras Públicas, Lúcio Meira. Já no final desse ano e no ano seguinte foram surgindo os primeiros automóveis nacionais, no início com muitos componentes ainda importados, mas que, pouco a pouco, foram aumentando o índice de nacionalização.
O primeiro veículo de passeio a ser produzido foi a Romi-Isetta, mas que não foi considerado realmente um automóvel por não ter duas portas (tinha apenas uma porta na parte frontal). Ficou registrado, então, a perua DKW Vemag, depois batizada de Vemaguet, como o primeiro automóvel brasileiro. Em 1957 surgiram a Kombi, da Volkswagen, a picape Ford F-100, ainda com carroceria americana, e o Jeep Willys, produzido pela Willys Overland do Brasil. Em 1958 chegaram a Rural Willys e a picapeChevrolet Brasil, a primeira uma perua utilitária derivada do Jeep e a outra uma versão reduzida dos caminhões da Chevrolet.
O ano seguinte, 1959, foi marcado pelo automóvel que viria a ser o ícone da indústria nacional, o Volkswagen Sedan 1200. No mesmo ano a marca francesa Simca – assim mesmo, com ‘M’, pois o nome é a sigla de Sociedade Industrial de Motores, Caminhões e Automóveis –, lançou no Brasil uma versão do seu Vedette francês, o Simca Chambord, que por sua vez era baseado em um Ford americano. Ainda em 1959, surgiu o DKW sedã, depois chamado de Belcar, uma reestilização da perua DKW e o Renault Dauphine, um pequeno modelo francês com motor de 850 cm3 e câmbio de três marchas curiosamente produzido aqui pela Willys, uma marca norte-americana.
O carro de passeio da Willys veio em 1960, uma cópia do Aero Ace, modelo de pouco sucesso nos Estados Unidos, aqui chamado de Aero Willys. Da mesma forma que a Rural, o Aero tinha os mesmos componentes mecânicos do Jeep e foi chamado no Brasil de “jipe de terno”. Ainda em 1960, surgiu o mais desejado automóvel nacional da época, o FNM 2.000, depois chamado de JK (uma homenagem ao presidente Juscelino Kubitchek). Cópia de um Alfa Romeo italiano recente, o carro tinha modernidades como dois comandos de válvulas no cabeçote e câmbio de cinco marchas. A Fábrica Nacional de Motores – FNM, também conhecida por Fenemê –, era de propriedade do Governo Federal. Nesse ano surgiu também a perua Chevrolet Amazona, derivada da picape Chevrolet Brasil.
Em 1962 surgiram o Renault Gordini, um Dauphine melhorado, com câmbio de quatro marchas, uma versão esportiva com essa mecânica, o Willys Interlagos, que por sua vez era uma cópia do Reualt Alpine francês, e o esportivo da Volkswagen, o Karmann-Ghia, que de esportivo só tinha a aparência (desenho original do estúdio Ghia com carroceria criada pela Karmann alemã.
O ano de 1963 foi importante pelo maior interesse que os motoristas brasileiros começaram a ter pelos modelos nacionais. O Aero Willys foi todo renovado, com desenho da carroceria brasileiro. A Vemag lançou o belo DWK Fissore e, na linha Simca, foi lançada a perua Jangada. No ano seguinte, o Simca teve melhorias estéticas e a cilindrada do motor aumentada, ganhando o nome de Tufão. Em 1966, o motor do Simca passou a ter comando de válvulas nos cabeçotes e o nome de Emi-Sul e o AeroWillis ganhou uma versão de luxo, o Itamarati. Da Chevrolet, veio a perua Veraneio, no início chamada apenas de C-1416.
Em 1967, o Willys Itamarati ganhou motor maior e a linha Simca foi reestilizada, passando a ter dois modelos, o Esplanada e o Regente. Nesse ano, a Chrysler incorporou a Simca e passou a produzir os dois modelos. Da mesma forma, a Volkswagen incorporou a Vemag e parou a produção dos DKW e a Ford incorporou a Willys, porém manteve a produção de todos os modelos da marca, ao mesmo tempo em que lançava o luxuoso Ford Galaxie, que mudou os padrões de acabamento dos carros nacionais. Na linha VW, o Sedan passou a ter motor de 1300 cm3 e a Kombi e o Karmann-Ghia passaram a ter motor de 1500 cm3.
Aproveitando o novíssimo projeto “M” da Renault, que viria a substituir o Gordini por meio da Willys, a Ford lançou o Corcel, em 1968. Nesse mesmo ano a Chevrolet lançou o Opala e a Volkswagen o VW 1600, também conhecido por “fusca de 4 portas” ou “zé do caixão”. Todos eles foram apresentados no Salão do Automóvel de 1968, já como modelos para 1969.
Em 1969 foi a vez dos VW Variant, TL e Karmann-Ghia TC, e do Dodge Dart. Em 1971, o JK, que havia perdido esse nome, passou a chamar FNM 2150, com motor de cilindrada aumentada, e o Opala passou de 3800 cm3 para 4100 cm3. Em 1973, vieram vários novos modelos: o Ford Maverick, o Chevrolet Chevette, o Volkswagen Brasília e o Volkswagen Passat, o primeiro da marca a ter motor refrigerado à água, o Dodge 1800 e o Alfa Romeo 2300.
A partir daí, a indústria nacional começou a crescer e evoluir. A Fiat chegou em 1976 e lançou o 147 no ano seguinte. A história do Geia e de seus frutos é interessante até esse momento, quando os automóveis marcaram a sua época de evolução e, em alguns casos, se tornaram clássicos nacionais.
Clube Hípico de Santo Amaro
O local que abrigará o evento é outro convite para o passeio: Clube Hípico de Santo Amaro, que conserva edificações de uma antiga fazenda, onde prevalecem aspectos do Brasil colonial. Fundado em 1935 e localizado na zona sul de São Paulo, ocupa uma área de 330.000 m² de bosques e jardins no coração da capital paulista. O Clube está encravado em uma região da Mata Atlântica e seus bosques e jardins servem de moradia para diversas espécies de aves e pequenos animais silvestres. As estruturas originais da maior parte das edificações da Fazenda Itaquerê são preservadas. Toda a sua extensão é contornada pelo percurso de cross countryem uma trilha de 2.360 m, um aconchegante refúgio à vida urbana e onde se pode observar de perto maritacas, saguis e outros animais.
Programação*
23/01/2015 (sexta)
10h – Abertura dos portões para o Público
19h – Encerramento da Exposição
19h – Encerramento da Exposição
24/01/2015 (sábado)
8h – Abertura para o Público
8h30 – Abertura da Secretaria e Exposição
9h – Abertura da Feira de Peças / ‘Mercado das Pulgas’
10h – Lançamento ‘Monarca’ – O começo dos carros fora de série
13h às 16h – Avaliação dos Carros Inscritos
17h – Bar Brahma – Happy Hour para os colecionadores
18h – Encerramento da Exposição
8h30 – Abertura da Secretaria e Exposição
9h – Abertura da Feira de Peças / ‘Mercado das Pulgas’
10h – Lançamento ‘Monarca’ – O começo dos carros fora de série
13h às 16h – Avaliação dos Carros Inscritos
17h – Bar Brahma – Happy Hour para os colecionadores
18h – Encerramento da Exposição
25/01/2015 (domingo)
8h – Abertura para o Público
8h30 – Abertura da Secretaria e Exposição
9h – Abertura da Feira de Peças/ ‘Mercado das Pulgas’
10h – Cerimônia de Premiação
8h30 – Abertura da Secretaria e Exposição
9h – Abertura da Feira de Peças/ ‘Mercado das Pulgas’
10h – Cerimônia de Premiação
18h – Encerramento da exposição
*Sujeita a alteração
Serviço
1º CLÁSSICOS BRASIL
Data: 23 a 25 de janeiro de 2015
Local: Clube Hípico de Santo Amaro – Rua Visconde de Taunay, 508, Santo Amaro – São Paulo
Horário: Dia 23/01: Abertura para o público às 12h / Dias 24 e 25/01: Abertura para o público às 8h
Ingressos: R$ 25 (vinte e cinco reais) – Ticket Fácil ( venda on-line) e na bilheteria do Clube nos dias do evento
Vallet : R$ 20 ( vinte reais)
Informações: Tel.: (11) 3569 – 6036