Tarcisio Dias*
2022 foi o ano da Copa do Mundo, meio que estranha, junto com o Natal, mas o brasileiro vestiu a camisa e torceu pela sua seleção. E como torceu. Apesar de todo favoritismo, faltou talento e inteligência para conquistar um novo título no futebol.
Será que esse é também o problema do Brasil no mercado mundial automotivo? Com os números das vendas dos veículos consolidados na maioria dos países em relação ao ano passado, o Brasil, mesmo num cenário tão desafiador, manteve o favoritismo, e aqui sim, melhor que na copa, terminou entre os seis melhores países do mundo na comercialização automotiva.
Em comparação com 2021 o Brasil, inclusive, subiu duas posições na classificação mundial. China, Estados Unidos, Índia, Japão e Alemanha estão na nossa frente.
O mercado chinês em 2022 quando comparado com 2021 cresceu apenas 2%, com números na casa de 26,8 milhões de unidades vendidas. Os Estados Unidos tiveram redução de 8% e venderam a metade da China.
O destaque ficou por conta do mercado indiano, que aumentou em 24% o volume de unidades vendidas e alcançou 4,3 milhões de veículos, números próximos do mercado japonês, com 4,1 milhões de veículos vendidos.
O mercado alemão manteve o equilíbrio, ficou estável com cerca de 2,8 milhões de unidades, enquanto o Brasil atingiu 1,95 milhão de veículos, redução de 1% em comparação a 2021. O Reino Unido acompanhou de perto nosso mercado, com 1,9 milhão de unidades comercializadas.
Agora, sabe qual a diferença do nosso mercado para os demais de um modo geral? A razão do motivo da perda na Copa do Mundo e a comparação com o mercado automotivo, com a falta de talento, por exemplo?
É que os veículos vendidos no Brasil, e talvez apenas deixando de lado o mercado indiano, quanto aos demais, estamos perdendo, ficando atrasados na atualização tecnológica.
O Brasil é lento na eletrificação, na hibridização, nos avanços em conectividade, na condução semiautônoma e até mesmo na qualidade dos materiais por aqui empregados.
Estamos pagando caro, nosso automóvel não é barato quando comparado com o padrão mundial, mas precisamos da equiparação tecnológica com os demais países.
Ficamos na torcida que o Brasil volte aos tempos do desenvolvimento tecnológico e possamos entregar ao consumidor um veículo do mesmo nível do ranking que estamos incluídos.
FELIZ ANIVERSÁRIO e parabéns para a Aston Martins que dá largada para as comemorações dos seus 110 anos. Mais de um século de emoção automotiva, inovações britânicas de alta tecnologia e sucesso nas corridas de alta octanagem.
Outra no clima de festa é a Porsche, são 75 anos que serão comemorados em vários lugares do mundo, inclusive no Brasil.
MADE IN PERNAMBUCO – E cadê os veículos do Grupo NBR que seriam fabricados em Pernambuco? O planejamento parece que atrasou, mas ainda assim a marca afirma que nesse mês de fevereiro vamos conhecer as novidades. Esperamos que seja antes do carnaval.
Abraços pernambucanos e nos encontramos por aqui todos os dias 10, 20 e 30 do mês corrente.
*Tarcisio Dias – Profissional e técnico em Mecânica, além de Engenheiro Mecânico com habilitação em Mecatrônica e Radialista. Desenvolve o site Mecânica Online® (mecanicaonline.com.br) e sua exclusiva área de cursos sobre mecânica na internet (cursosmecanicaonline.com.br), uma oportunidade para entender como as novas tecnologias são úteis para os automóveis cada vez mais eficientes.
Coluna Mecânica Online® – Aborda aspectos de manutenção, tecnologias e inovações mecânicas nos transportes em geral. Menção honrosa na categoria internet do 7º e 13º Prêmio SAE Brasil de Jornalismo, promovido pela Sociedade de Engenheiros da Mobilidade. Distribuição gratuita todos os dias 10, 20 e 30 do mês.
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