Uma pesquisa conduzida pela KPMG revela que 77% dos CEOs dos setores de produção industrial e automotivo estão confiantes quanto às perspectivas de crescimento de suas empresas, representando um aumento de 2% em relação ao ano anterior. Além disso, 80% desses executivos estão otimistas com o crescimento dos setores em que atuam, esperando uma alta nos lucros nos próximos três anos. A maioria (39%) estima um crescimento de até 2,5%, enquanto cerca de 30% projetam um aumento entre 2,5% e 4,99%. Quase um quarto dos respondentes prevê uma alta de 5% a 10%.

Pesquisa revela otimismo dos CEOs em 2024

A pesquisa, que entrevistou 240 CEOs de ambos os setores, também apontou as principais estratégias para alcançar esse crescimento. Entre os executivos do setor automotivo, 29% optam por fusões e aquisições, enquanto 18% preferem o crescimento orgânico. No setor de produção industrial, as preferências são quase inversas, com 31% apostando no crescimento orgânico e 18% em fusões e aquisições. A IA Generativa é uma estratégia citada por 17% dos CEOs automotivos e 9% dos industriais.

Os impactos da IA Generativa foram destacados pelos executivos, com 24% dos CEOs industriais e 18% dos automotivos apontando o aumento da eficiência e produtividade como principal benefício. A pesquisa mostrou que mais de 70% dos líderes acreditam que a IA não reduzirá significativamente o número de postos de trabalho, mas exigirá a requalificação dos funcionários.

No que diz respeito às estratégias ESG, 32% dos CEOs automotivos e 30% dos industriais indicaram uma relação positiva com a marca e um melhor relacionamento com os clientes. A atração de talentos e o engajamento dos funcionários também foram mencionados como impactos positivos da adoção de práticas sustentáveis.

Expectativas de crescimento dos setores industrial e automotivo

O setor automotivo está passando por uma transformação significativa, com veículos eletrificados ganhando maior autonomia e criando oportunidades. A pauta ESG e a transição energética impõem desafios adicionais, conforme destacaram os sócios-líderes da KPMG, Flávia Spadafora e Ricardo Roa, em suas declarações sobre o estudo.

A pesquisa revelou ainda que a principal preocupação para 30% dos CEOs do setor automotivo é a falta de trabalhadores qualificados para substituir os que se aposentam, enquanto 33% dos executivos do setor industrial se preocupam com a transferência de conhecimento. Além disso, 74% dos CEOs industriais apontam a complexidade da descarbonização da cadeia de suprimentos como o maior obstáculo para atingir a meta de emissões líquidas zero, opinião compartilhada por 38% dos líderes automotivos.