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Em dez anos, consórcio cresce mais que a poupança

Enquanto saldos das cadernetas anotam retração, ativos administrados dos grupos de consórcio apontam avanço

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Em dez anos, consórcio cresce mais que a poupança

Com uma história de quase 165 anos, a poupança nasceu no Brasil com a fundação da Caixa Econômica Federal por decisão do imperador Dom Pedro II. À época, o objetivo era oferecer opção de investimento seguro e acessível aos brasileiros, em especial atender as classes menos favorecidas.

Mesmo em se tratando do investimento mais antigo no país ainda em funcionamento, a poupança, por sua longevidade, é o legítimo exemplo de que poupar é uma atitude saudável.

“Ao longo dos anos”, justifica Luiz Antonio Barbagallo, economista da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), “poupa-se pensando em formar reservas para emergências, realizar objetivos de consumo, bem como investimento financeiro, além de visar aposentadoria com tranquilidade financeira e qualidade de vida”.

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Ao analisar o comportamento da poupança como aplicação mais popular entre os brasileiros, “nos últimos dez anos, a tradicional Caderneta de Poupança tem apresentado, em valores reais, crescimento tímido na primeira metade da década, e em queda na segunda”, reforça o economista.

Entre as principais razões dessa retração estão o baixo rendimento, que muitas vezes fica abaixo da inflação e o endividamento das famílias. Como resultado, os poupadores têm lançado mão de seus saldos fazendo retiradas para cobrir as despesas do dia a dia e ajustar os déficits em seus orçamentos.

“Outras alternativas de investimentos mais atrativas têm sido também fatores motivadores para saques, resultando em redução de reservas”, sugere Barbagallo.

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Em estudo desenvolvido pela assessoria econômica da ABAC com o propósito de avaliar o real momento dessa aplicação financeira, todos os saldos anuais do final de cada ano foram atualizados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 2015 a 2024, deixando de lado os valores nominais para medir o poder de compra a preços de hoje.

Em paralelo, observando o mesmo critério de upgrade, foram feitos semelhantes procedimentos com os totais dos ativos administrados no Sistema de Consórcios, naquele período.

“Importante esclarecer que os ativos administrados do Sistema de Consórcios compõem-se da somatória de todos os recursos recolhidos pelos consorciados, acrescido dos valores a recolher até o final dos grupos”, particulariza Barbagallo. “Por decorrência, é possível vislumbrar a dimensão dos volumes que gradativamente serão injetados na economia. Afinal, o consórcio é um tipo de poupança programada com objetivos definidos, tanto para aquisição de bens como para contratação de serviços para consumo ou para investimento econômico”, completa.

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Na década analisada, observou-se que as taxas reais de crescimento de cada produto financeiro apresentaram percentuais diferenciados. Enquanto nos cinco primeiros anos, de 2015 a 2019, o crescimento da caderneta de poupança atingiu variação de 2,1%, o avanço dos ativos administrados alcançou 5,3%. Nos cinco anos seguintes, de 2020 a 2024, a desigualdade aumentou. Ao mesmo tempo que a poupança registrava queda real de 6,0%, os ativos administrados pelos consórcios apontavam evolução de 22,5%.

Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC, ponderou que “é possível constatar o expressivo progresso dos ativos administrados, principalmente na segunda metade da década, evidenciando os motivos da crescente demanda dos consumidores pelo mecanismo. Hoje, há mais de 11 milhões de participantes no Sistema de Consórcios”.

Em comparação gráfica, Barbagallo comenta que, “nos comportamentos dos saldos de cada produto a valores de 2024, visualiza-se claramente as diferenças. Na caderneta de poupança existem poucas oscilações, inclusive um viés negativo a partir de 2020, enquanto nos consórcios observa-se forte ascensão a partir deste mesmo ano”.

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A comprovação do contínuo interesse pelo mecanismo é ratificada também pelo crescimento dos participantes ativos no mesmo período, visto que em janeiro de 2015 somavam 7,10 milhões e em dezembro de 2024 este número chegou a 11,21 milhões, ou seja, crescimento de 57,9%.

O consórcio, em linha com a essência da educação financeira, facilita o planejamento das finanças pessoais. “Da disciplina ao cumprimento do orçamento mensal, com equilíbrio entre renda e despesa, a modalidade possibilita ao consumidor conquistar seus objetivos”, sintetiza Rossi. “Sem falar das características e peculiaridades exclusivas do Sistema, entre os quais se destacam o poder de compra à vista, o crédito sempre atualizado, parcelas compatíveis com o bolso do consorciado, baixos custos e possibilidade de lances para acelerar a contemplação”, conclui.

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