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Bugatti reconta sua história com o Veyron 16.4

O relançamento da Bugatti no início dos anos 2000 ganhou força com a decisão estratégica de homenagear Pierre Veyron, piloto e engenheiro francês que se destacou no automobilismo europeu nas décadas de 1930 e 1940. O nome Veyron, atribuído ao hiperesportivo Bugatti Veyron 16.4, tornou-se símbolo de herança técnica e vínculo direto com a história da marca.
Homenagem a Pierre Veyron sintetiza os valores de engenharia e desempenho buscados pela fabricante
A ação foi tomada por executivos da Bugatti, liderados por Ferdinand Piëch, em Molsheim, França, no início do desenvolvimento do modelo. O intuito era associar o novo veículo aos valores de inovação e precisão mecânica que Veyron representou em sua trajetória como piloto de testes e colaborador técnico da Bugatti original. Não se tratava apenas de um nome, e sim de reafirmar a identidade da marca.
Pierre Veyron iniciou sua carreira no automobilismo no fim da década de 1920. Com vitórias em provas como o Grande Prêmio de Genebra em 1930, chamou a atenção de Ettore Bugatti, que o integrou ao time como piloto de testes. A aproximação entre os dois profissionais fez com que Veyron assumisse também funções no desenvolvimento de novos modelos de competição.
Seu papel foi ampliado ao longo da década de 1930 com participações regulares em corridas como o Grand Prix de l’ACF, na França, e o Avusrennen, na Alemanha. Ao lado do também francês Jean-Pierre Wimille, Veyron alcançou sua principal conquista em 1939, ao vencer as 24 Horas de Le Mans pilotando o Bugatti Type 57C Tank. A vitória encerrou uma era para a marca antes da interrupção provocada pela Segunda Guerra Mundial.
Com o fim das competições durante o conflito, Veyron se afastou das pistas e dedicou-se à engenharia e à vida familiar, mantendo ainda vínculos eventuais com a marca. Sua contribuição para o desenvolvimento dos modelos Bugatti permaneceu como referência nos bastidores da fabricante.
Bugatti reconta sua história com o Veyron 16.4
Na década de 2000, ao conceber o novo hiperesportivo com motor W16 de quatro turbos e potência superior a 1.000 cavalos, a Bugatti escolheu associá-lo ao legado histórico de Pierre Veyron. O modelo atingia velocidades acima dos 400 km/h e representava o avanço técnico desejado pela marca.
A escolha consolidou o nome Veyron como símbolo de desempenho e rigor técnico no setor automotivo. Para a Bugatti, manter viva a memória de Pierre Veyron é reconhecer as origens da marca e sua vocação por romper limites desde os tempos pré-guerra.