Há quarenta anos, a Fiat surpreendeu o mercado ao lançar um veículo que desafiava expectativas e se tornava um marco para os entusiastas da velocidade. O Uno Turbo i.e., apresentado em 1985, trouxe para o segmento de hatchbacks um desempenho digno de esportivos consagrados, tornando-se rapidamente um objeto de desejo para motoristas jovens e apaixonados por potência.

O compacto que conquistou gerações acelerava corações e redefinia o conceito de esportividade

O modelo nasceu com um objetivo claro “combinar tecnologia inovação e adrenalina em um carro acessível”. Para isso, foi equipado com um motor de 1301 cm³, injeção eletrônica Bosch e turbocompressor IHI VL2, resultando em 105 cv de potência e um torque de 147 Nm a 3.200 RPM. Seu peso reduzido de 845 kg permitia acelerações impressionantes, alcançando 100 km/h em apenas 8,3 segundos e atingindo uma velocidade máxima de 200 km/h. O chassi reforçado e os freios a disco ventilados na dianteira complementavam sua proposta esportiva.

O impacto do Uno Turbo i.e foi imediato “um compacto capaz de rivalizar com modelos mais potentes sem perder sua identidade”. Seu design refletia essa ousadia, com rodas de liga leve diamantadas, para-choques redesenhados, aerofólio traseiro e detalhes vermelhos no interior. O painel digital opcional era um diferencial que reforçava sua proposta moderna. Nos anos seguintes, recebeu atualizações estéticas e mecânicas, culminando na segunda geração lançada em 1989, que trouxe motor ampliado para 1.372 cm³, potência aumentada para 116 cv e um visual mais refinado.

O modelo conquistou admiradores ao redor do mundo, incluindo o piloto de Fórmula 1 Michele Alboreto, que testou o carro em Jacarepaguá e se declarou surpreso com sua capacidade de resposta. Sua aprovação consolidou o Uno Turbo i.e como um dos veículos mais icônicos de sua época.

Fiat comemora 40 anos de lançamento do Uno Turbo i.e

Mesmo após o fim da produção em 1994, o Uno Turbo i.e continuou a despertar emoções e a ser valorizado pelos colecionadores. Modelos preservados podem alcançar valores superiores a €20.000, cerca de R$110.000, tornando-se peças raras no mercado de automóveis clássicos. Mais do que números e potência, seu legado permanece vivo “um símbolo de liberdade e ousadia que resiste ao tempo”.