O circuito de Balaton Park, na Hungria, será palco de uma estreia dupla no próximo fim de semana: as categorias Moto2™ e Moto3™ do MotoGP correrão pela primeira vez no traçado recém-integrado ao calendário da temporada 2025. A pista, caracterizada por zonas de frenagem e aceleração intensas, impõe desafios específicos aos pneus, exigindo soluções que conciliem suporte dianteiro e aderência traseira.
Estreia em Balaton Park será marcada por desafios técnicos e comparações estratégicas
A Pirelli, fornecedora oficial de pneus, aposta em compostos já conhecidos pelos pilotos. “Depois de assistir aos pilotos do World Superbike em ação, agora será interessante comparar esses resultados com os dos pilotos da Moto2, que utilizarão as mesmas soluções traseiras macias”, afirmou Giorgio Barbier, Motorcycle Racing Director da Pirelli. A fabricante optou por disponibilizar o SC0 padrão e o E0125 de desenvolvimento para a traseira, ambos macios, combináveis com os dianteiros SC1 e SC2, também da gama padrão.
A escolha dos compostos foi influenciada pela experiência recente da Pirelli no mesmo circuito, durante a etapa do World Superbike. Na ocasião, o E0125 foi amplamente utilizado e demonstrou estabilidade e desgaste controlado. A expectativa é que os pilotos da Moto2 repitam essa preferência, especialmente diante das condições do asfalto, que ainda não apresenta níveis ideais de aderência.
Na Moto3, a alocação padrão da temporada será mantida: SC1 macio e SC2 médio para dianteira e traseira, com oito unidades por composto disponíveis para cada piloto. A decisão visa garantir previsibilidade e consistência em um fim de semana que será marcado por adaptações e reconhecimento do traçado.
O Balaton Park apresenta características típicas de circuitos novos, como variações térmicas acentuadas e ausência de emborrachamento. Segundo Barbier, “o novo asfalto do Balaton Park ainda não está totalmente emborrachado e ainda carece de aderência ideal, razão pela qual esperamos que os pilotos dependam fortemente dos pneus para encontrar a tração que a superfície ainda não oferece”.
Pirelli define compostos para estreia da Moto2 e Moto3 na Hungria
A estratégia da Pirelli busca facilitar o trabalho das equipes na definição da configuração ideal das motos, ao mesmo tempo em que permite uma análise comparativa entre os dois compostos traseiros em um ambiente inédito. “Ambos os compostos também proporcionam excelente performance em uma ampla faixa de temperatura — uma característica importante, considerando que o asfalto do Balaton Park é altamente sensível às mudanças climáticas”, concluiu Barbier.
Com isso, o GP da Hungria se apresenta como um laboratório técnico para pilotos e fabricantes, onde a performance dos pneus poderá influenciar diretamente os resultados e oferecer dados relevantes para futuras decisões de alocação.