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Will Power é o novo dono da Indy

Australiano vence segunda prova do ano e pinta como favorito

Texto: Edmur Hashitani
Foto: Ron McQueeney/IndyCar

O piloto Will Power, da Penske, venceu a etapa de St. Petersburg da Indy e disparou como principal candidato ao título da temporada 2010, após ter ganhado também a etapa inaugural, disputada em São Paulo.

Mas apenas duas corridas não fazem um campeão, bem como não fazem também um favorito ao título. Essa candidatura começou, na verdade, no ano passado, quando foi contratado por Roger Penske para substituir Hélio Castroneves, que estava ausente das pistas para poder resolver problemas jurídicos.

Ao invés de apenas substituir o brasileiro, Power fez uma belíssima apresentação em St. Pete, mostrou-se rápido e consistente e arrumou um bom problema para a equipe, pois não seria muito inteligente deixar um piloto de seu nível livre para os times concorrentes.

Com seu bom desempenho, Power conseguiu disputar mais cinco corridas em um terceiro carro da Penske, chegando a vencer a prova de Edmonton (ele disputaria ainda uma sétima prova, mas teve problemas e não largou em Sonoma). Além da vitória, o australiano somou ainda dois pódios e dois top-10.

Seus resultados foram suficientes para garantir um contrato para toda a temporada. Começou o ano mais tranquilo, sabendo ter a confiança de seu chefe e um carro para todo o campeonato. Aproveitou-se do início em pistas de rua, no qual está mais acostumado por ter vindo da CART, e abriu uma boa vantagem na tabela de pontos.

Falta saber, principalmente, como o australiano se comportará em provas disputadas em ovais, que representa quase metade do campeonato. Se ele conseguir melhorar também nesse tipo de pista, todos aqueles que almejam o título, principalmente seus companheiros de Penske, têm sérios motivos para começar a se preocupar.
A chuva

A prova da Indy foi realizada apenas na segunda-feira, graças à chuva que castigou o traçado temporário de St. Petersburg. Isso mostra que não é apenas São Paulo que sofre com o problema de drenagem da pista. E devemos considerar que a cidade da Flórida já recebe a Indy há muito mais tempo que a etapa paulista.

A água que se acumulou no traçado e que impediu a realização da corrida no domingo nos faz pensar se a culpa do “alagamento” no Anhembi é realmente da pista, ou se é um problema de lógica da categoria. Afinal de contas, para que um traçado de rua seja montado, enormes placas de concreto são utilizadas para cercar as ruas e isolar a área.

Assim, a impressão que se tem, é que a água que cai não tem para onde correr, ficando represada em uma espécie de rio margeado pelos blocos de cimento. Se realmente é isso e se a Indy quer continuar correndo na chuva, é hora de começar a procurar soluções para os problemas de drenagem.