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Brasil bate 21 bilhões de litros de diesel e projeta nova alta no segundo semestre

A elevação no consumo de combustíveis no Brasil tem acompanhado o avanço da atividade econômica nos primeiros meses de 2025. Segundo a ANP, entre janeiro e abril o uso de diesel atingiu 21,82 bilhões de litros, 3% acima do registrado no mesmo período de 2024. O aumento é reflexo da expansão em setores como transporte, indústria e agronegócio, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Sudeste.
Expansão de serviços, indústria e agronegócio impulsiona demanda energética
A relação direta entre o crescimento da demanda e o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) confirma uma tendência histórica. O IBGE apontou elevação de 1,1% no PIB do primeiro trimestre, com destaque para os serviços e a cadeia de produção agrícola. O comportamento da economia tem reforçado o uso de diesel como principal combustível da matriz de transporte nacional.
“O consumo de combustíveis é um dos termômetros da atividade econômica. Quando há mais produção, mais entregas e mais circulação de pessoas e mercadorias, o reflexo no abastecimento é direto”, afirma Vitor Sabag, especialista em combustíveis do Gasola. Ele destaca que regiões com alto volume de carga, como o Centro-Oeste, intensificaram a demanda em função do escoamento da safra.
A gasolina também apresenta crescimento, impulsionada pela mobilidade urbana, expansão do setor de serviços e retomada do turismo. O cenário é considerado relevante pelas empresas que operam com frotas próprias ou sistemas de transporte terceirizado, já que o custo dos combustíveis afeta diretamente a estrutura logística e operacional.
“No Brasil, mais de 60% da matriz de transporte de cargas é rodoviária, e o diesel é o principal combustível utilizado. Com o aumento das entregas e do consumo interno, é natural que o diesel volte a subir, mesmo que haja variações no preço internacional do petróleo”, comenta Sabag.
Brasil bate 21 bilhões de litros de diesel e projeta nova alta no segundo semestre
A previsão para o segundo semestre de 2025 indica continuidade na trajetória de crescimento, ainda que moderada. Especialistas alertam para os fatores de instabilidade, como política de preços da Petrobras, contratos de distribuição e impacto cambial.
“Quem depende de combustível para operar não pode mais trabalhar no escuro. Monitoramento, automação e inteligência de dados são essenciais para proteger o caixa da empresa diante de um insumo tão volátil e tão estratégico”, conclui Sabag.