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Alpha Esportes: O GP da Itália de F1 do ponto de vista dos pneus

Paul Hembery acredita que a estratégia correta seja de duas paradas
Texto: Assessoria de Imprensa
Após o GP da Bélgica, realizado ontem, as equipes da Fórmula 1 já se preparam para o GP da Itália, que será disputado no próximo domingo, dia 9. Para esta etapa, a Pirelli, fornecedora exclusiva de pneus até 2013, escolheu os compostos P Zero Prata (duro) e P Zero Branco (médio), a mesma combinação que foi utilizada no último fim de semana no circuito de Spa-Francorchamps.
Na Itália, a prova será disputada no circuito de Monza, que conta com 5.793 km e tem a reputação de alta velocidade. Por esse fato a Pirelli decidiu nomear os pneus mais duros da gama PZero para o fim de semana.
Há três seções no circuito de Monza que demandam particularmente muito dos pneus: a primeira chicane, caracterizada pela pesada frenagem na descida, as curvas de Ascari, com suas diversas mudanças de direção em alta velocidade, e a famosa Parabolica, uma ampla curva com uma pequena inclinação que cria bastante estresse lateral através dos pneus.
Além de todas essas curvas desafiadoras, Monza também tem algumas das retas mais rápidas do ano, nas quais os carros podem atingir até 340 quilômetros por hora, o que significa que a temperatura dos pneus pode chegar a 130 graus centígrados.
Graças às altas velocidades médias, a escolha do pneu certo em cada situação pode resultar em maior ganho de tempo dentro da pista: consequentemente, a estratégia terá um papel particularmente importante na última corrida europeia da temporada de 2012.
Paul Hembery, diretor de motorsports da Pirelli, acredita que Monza é a corrida mais importante do ano, por ser em casa e, portanto, possibilitar mostrar seus pneus e tecnologia para muitos dos apaixonados fãs italianos. “A temperatura ambiente pode ser muito alta na Itália, o que coloca mais exigências nos pneus, sendo assim, nós esperamos que as equipes trabalhem com a estratégia de dois pit-stops”, concluiu.
Notas técnicas sobre os pneus:
  • Embora as altas velocidades e curvas rápidas sejam o que tornam Monza um circuito famoso, há também algumas partes onde se utiliza muito o freio, assim colocando grande impacto no pneu: na primeira chicane, por exemplo, os carros passam de 340 Km/h para 80 km/h em apenas 150 metros. A essas velocidades baixas, os pneus tem que fornecer toda a aderência mecânica para colocar o carro na curva. Os carros passam em torno de 75% da volta em plena aceleração e cerca de 15% pisando fundo nos freios.
  • Com a maior velocidade média do ano, os carros alcançam a menor downforce de toda a temporada em Monza, e as equipes desenvolvem um pacote aerodinâmico específico para minimizar o arrasto. Para melhorar isso, as equipes também deixam os carros com uma altura muito baixa, mas isso pode levar alguns a bater o assoalho quando fora da pista.
  • Durante a curva da Parabolica, os pilotos experimentam 3.7 G, que também coloca demandas pesadas sobre a estrutura do pneu. Isto é reforçado pelos impactos com as zebras que os pneus enfrentam na chicane. Os pneus são bem preparados para essas demandas, porém: durante os testes de laboratório, eles são disparados em zebras na velocidade de 260 Km/h.