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Alpha Esportes: Volvo comemora os 20 anos do 850 Estate BTCC
Modelo marcou volta da marca às corridas e se tornou o carro de pista mais emblemático da fabricante
Texto e Foto: Assessoria de Imprensa
Há 20 anos, a Volvo Cars marcava seu retorno às pistas de competição de forma inusitada: usando uma station wagon. Essa retomada foi o início de uma história de muitos anos no Campeonato Britânico de Carros de Turismo, o BTCC, incluindo a conquista da edição de 1998.
“Quando nós assinamos o contrato entre a Volvo e a TWR, no natal de 1993, não sabíamos que o plano era usar uma station wagon”, diz Rickard Rydell. “Se eu soubesse, provavelmente teria hesitado. Foi uma grande sorte não ter sabido disso!”
O projeto “Volvo Back on Track” foi lançado oficialmente em abril de 1994, quando duas Volvo 850 Estate largaram no traçado de Truxton, no sul da Inglaterra. Esse retorno às pistas começou no BTCC, uma das categorias mais tradicionais do automobilismo.
Em parceria com o time Tom Walkinshaw Racing (TWR), a Volvo iniciou um investimento na categoria, e a ideia de usar station wagons foi um grande sucesso. Além de atrair muita atenção, associando a imagem da marca a algo positivo, principalmente no Reino Unido, a Volvo conseguiu demonstrar que é possível combinar praticidade e prazer.
Atrás do volante de um dos carros estava o piloto Rickard Rydell, na época com 26 anos, que, embora jovem, havia acumulado grande experiência no kart, Fórmula 3000 e Fórmula 3. No outro carro, estava seu colega de time, Jan Lammers, holandês de 37 anos que competiu em várias categorias, inclusive a Fórmula 1.
“É difícil acreditar que se passaram 20 anos”, explica Rickard Rydell. “Não parece que foi tanto. Hoje, olhando para trás, é claro que nós investimos na categoria certa e no tempo certo.”
A TWR – que foi a maior concorrente da Volvo durante o Campeonato Europeu, nos anos 1980, quando o Volvo 240 Turbo competia contra os Rover SD1 – foi contratada por três anos e assumiu o desenvolvimento técnico do carro. A Volvo ficou responsável pelo suporte técnico e pelo marketing.
A decisão de competir com duas station wagons ocorreu vários meses antes da corrida inaugural, mas foi mantida em segredo até o último momento. Quando a novidade foi revelada, muitos acharam que se tratava de uma piada. Afinal é sabido que uma station wagon não é o carro ideal de corrida – por ter muito peso no eixo traseiro e um alto centro de gravidade, tornando difícil a tarefa de fazer curvas como um sedã.
“No entanto, a aerodinâmica de uma station wagon é melhor que a de um sedã”, explica Rickard Rydell. O fator decisivo, porém, era o fato de que o carro chamaria muito mais atenção do público.
De acordo com o regulamento da classe 2 da FIA, os carros de corrida devem ser baseados em uma versão de produção. A aparência da carroceria não pode ser alterada, a cilindrada máxima está restrita a 2.000 cm3, enquanto a rotação máxima do motor é de 8.500 rpm e o peso mínimo de 950 kg, para os modelos com tração dianteira. Na época, sobrealimentação, como turbo ou supercharger, não era permitida de forma alguma.
A Volvo e a TWR usaram o motor de cinco cilindros como base. O Volvo 850 turbo trazia motor 2.3 turbo com 225 hp. Em sua versão de corrida – sem turbo e 2.0 – produzia 290 hp. A transmissão manual de cinco marchas foi substituída por uma caixa sequencial de seis velocidades. A Volvo foi a primeira marca a adotar o catalisador em seus carros – um dispositivo que, posteriormente, se tornou obrigatório na categoria.
“Nós não tivemos tempo de testar o carro na pista antes da largada em Thruxton, no dia 4 de abril”, explica Rickard Rydell. “Jan Lammers e eu tivemos algumas centenas de metros, na frente da TWR, para testar o carro – nada além disso.”
A primeira temporada foi um período de testes para pilotos, times e carros. Não era esperado nenhum resultado nas pistas, apenas uma grande repercussão pelo fato de a marca adotar uma station wagon para competições.
“O Volvo 850 Estate era, de longe, o maior carro em dimensões da categoria”, explica Rickard Rydell. “Nossos adversários, que corriam para reforçar sua imagem esportiva, não ficaram muito contentes em competir com uma station wagon. Recebíamos muitas provocações por parte dos outros times – o que não era um problema. Para brincar com isso, durante uma das voltas de apresentação, nós levamos um cão da raça collie no porta-malas!”
Quando a primeira temporada terminou, após 21 corridas, em Donington Park, no dia 21 de setembro de 1994, nós alcançamos um resultado de sucesso, do ponto de vista do público – embora a Volvo tenha ficado na 14º colocação.
“Nós aprendemos muito durante a temporada, e aprimoramos o desenvolvimento do carro de forma contínua”, explica Rickard Rydell. “Nosso melhor resultado foi um quinto lugar em Oulton Park. No entanto, do ponto de vista da imprensa, tivemos mais reportagens sobre o carro que qualquer outro time concorrente.”
No início do ano seguinte, os resultados melhoraram de forma significativa, e Rickard Rydell terminou o campeonato na terceira colocação, repetindo o sucesso em 1996. No entanto, ele apenas dirigiu o 850 Estate durante a primeira temporada, mudando para a versão sedã nos anos seguintes.
Em 1997 a Volvo passou a adotar o S40, e Rickard conquistou a quarta colocação no campeonato. Em 1998, o piloto se sagrou campeão na categoria. A Volvo, definitivamente, havia voltado às pistas!
Homenagem brasileira
A Volvo Cars do Brasil, em virtude do Salão do Automóvel de 2012 – ano do lançamento do Volvo V60 no Brasil –, preparou à época uma homenagem ao Volvo 850 BTCC. Usando o Volvo V60 T5 R-Design como base, criou uma releitura do clássico modelo de competições.
O carro foi customizado seguindo as cores tradicionais da pintura do Volvo 850 Estate, de 1994, e também recebeu santantônio, bancos, cintos, volante de competição. Além disso, ganhou alívio de peso de cerca de 200 kg, melhorias no sistema de admissão, escapamento e suspensão. O modelo foi exposto durante o Salão do Automóvel daquele ano e, subsequentemente, utilizado para ações de marketing e com a imprensa nos meses seguintes.
