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Coluna “Fernando Calmon”: Salões de automóveis não morreram, pelo menos na China

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Fernando Calmon


Os cancelamentos de vários salões internacionais de grande porte durante o período da covid-19 foram um grande golpe para os organizadores e também para o público mais fiel. Mesmo com o fim da pandemia, há uma grande dificuldade em restaurar as tradicionais exposições por seu alto custo e a perda de fôlego financeiro dos fabricantes às voltas com os altos investimentos necessários para a transição aos veículos elétricos.

Entretanto, este cenário contrasta com o visto agora no 20º Salão de Xangai (desde 1985). Inaugurado no dia 18 e aberto até o dia 27 deste mês, são nada menos que 320.000 m² e cerca de 100 carros novos ou extensivamente melhorados. Sem esquecer de que mesmo durante a pandemia, em 2021, a exposição foi realizada.

Como bem disse o CEO da BMW, Oliver Zipse: “O que guia os clientes chineses hoje, guia o mundo amanhã”. Na mesma toada segue a revista inglesa Autocar sobre os lançamentos na mais populosa cidade da China: “Pode esquecer qualquer último vestígio da produção de carros inferiores ou imitadores de outras marcas. Em estilo, trem de força e qualidade de construção, os melhores modelos chineses são absolutamente páreo para seus equivalentes europeus. E em termos de tecnologia digital, muitas vezes são superiores.”

Entre as curiosidades no estande decorado por mais de 80.000 tulipas vermelhas vivas da subsidiária da Volvo focada apenas em carros elétricos, a Polestar, está o modelo 4, um SUV cupê que eliminou o óculo traseiro. Em vez deste, o motorista verá uma tela de alta definição mostrando imagens amplas captadas por uma câmera montada no teto e virada para atrás. As duas marcas suecas são propriedade da chinesa Geely.

Entre as europeias a BMW apresenta seus últimos lançamentos, apostando em duas fórmulas: o SUV híbrido plugável XM Red Label de 748 cv e o sedã elétrico de grande porte i7 M70 de 659 cv e alcance de até 550 km. Também chama atenção o carro-conceito i Vision Dee.

Outra estreia, o SUV grande Mercedes-Maybach EQS também elétrico e potência de 668 cv, aproveita que Rolls-Royce e Bentley ainda não lançaram modelos deste tipo.

A VW lança o sedã elétrico topo de linha ID.7, de porte do Passat (5 m de comprimento), com motor traseiro de 285 cv e alcance de até 700 km em função da bateria escolhida.

Nissan mostra o carro-conceito Max Out, um conversível de dois lugares que deve estrear a bateria de estado sólido, muito superior às atuais, e também o SUV Arizon, de estilo bem estranho.

Entre as várias novidades das chinesas, destaque para o cupê esporte BYD Yangwang U9 com um motor elétrico em cada roda e um controle inteligente de movimentos da carroceria. A GWM apresenta sua nova tecnologia híbrida Hi4.

Comunicação digital não é suficiente para vender carros

As novas gerações que nasceram no mundo digital e querem comprar um veículo novo iniciam suas buscas em sites, revistas digitais, redes sociais, YouTube e blogs especializados. Segundo as pesquisas internacionais mais recentes 96% dos jovens seguem esse caminho.

Entretanto, na hora de fechar negócio 80% deles procuram uma concessionária física também de acordo com as pesquisas. Negociar olho no olho, presencialmente, permite maior interação e quase sempre se consegue um melhor resultado seja no preço, condições de pagamento, brindes em forma de acessórios ou outras vantagens negociadas no ato.

Claro que as concessionárias já perceberam isso e trataram de se adaptar aos novos tempos. Nas cidades grandes e médias os interessados querem agilidade e agora dificilmente visitam mais de uma ou duas lojas. Daí surgiu a necessidade de desenvolver e focar no chamado marketing digital.

Eder Polizei, doutor e mestre em Administração pela FEA/USP e diretor da agência Seven7th para o setor automobilístico, chama atenção para um ponto muitas vezes esquecido. “Quando falamos de marketing digital, nos referimos mais a marketing e menos a digital. Em outras palavras quero dizer que uma comunicação digital sem um correto estudo e robusto plano de marketing, são meros bits e bytes”, assegura.

Portanto, há de se ter equilíbrio e continuar a apostar numa boa atmosfera no salão de vendas, sem exageros na decoração e sempre treinar muito bem vendedores e atendentes. Pesquisas podem ser digitais, mas na hora de fechar negócio nada como uma boa conversa no velho conhecido mundo físico.

ALTA RODA

-Mesmo sem anunciar um plano definido para produção de veículos elétricos (VE) no Brasil, a GM acena para essa possibilidade logo que o mercado atingir escala de vendas compatível. O presidente da empresa, o colombiano Santiago Chamorro, reafirmou o potencial do País em termos de matéria-prima para produção de baterias, engenharia qualificada, parque industrial bem desenvolvido e grande mercado consumidor em potencial.

Ele confirmou a importação de três modelos (dois já informados, Blazer EV e Equinox EV; o terceiro poderá ser a Silverado EV) que ainda serão lançados nos EUA, mas já têm participação do Centro Tecnológico de São Caetano do Sul (SP) e do Campo de Provas da Cruz Alta em Indaiatuba (SP). Estas duas instalações atuam em áreas de eficiência energética, conectividade, testes de certificação e homologações para adequar os VE à legislação e às preferências de cada mercado.

-Agora no começo de abril a versão de topo Exclusive do Sentra chegou às concessionárias e animou os vendedores do sedã médio. Seu estilo é marcante, em especial o desenho do teto. A dianteira e a traseira também se destacam. Interior impressiona em especial pelos bancos dianteiros e traseiros com conforto bem acima da média (tecnologia Zero Gravity). O que não agrada são o freio de estacionamento por pedal, o que afasta a possibilidade de auto-hold (embora libere volume para o bom porta-objeto entre os bancos) e a tela multimídia de apenas 8 pol. Faltam o carregamento de bateria do celular por indução e saída de ar-condicionado para o banco traseiro, embora três adultos se acomodem com espaço para ombros e pernas acima da média.

À primeira vista o motor 2-litros (gasolina) de 151 cv pode parecer insuficiente, mas o perfeito casamento com o câmbio CVT de oito marchas surpreende. Não é tão rápido, mas fica longe de se considerar lento. Gostei especialmente da resposta da direção, sua correta definição de centro e assistência elétrica no nível exato. Freios a disco nas quatro rodas e suspensão traseira multibraço estão de acordo – e até certo ponto sobram – para seu nível de desempenho. Porta-malas de 466 litros é muito bom.

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Empresa cria serviço exclusivo para atender demandas da indústria automotiva

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Empresa cria serviço exclusivo para atender demandas da indústria automotiva

Para atender à demanda do transporte de insumos da indústria automotiva, como peças, materiais e equipamentos, a multinacional brasileira Craft lança um novo serviço exclusivo de LCL – Less Container Load para importação do Leste Europeu ao Porto de Santos.

Com migração de indústria automotiva para o Leste Europeu, Craft lança rota de LCL Importação para o Porto de Santos

“A indústria e o transporte de carga estão conectados por uma rede de relações comerciais e logísticas, que são influenciadas por fatores como demanda do mercado, custos de transporte, infraestrutura e políticas comerciais”, afirma Vitor Moreira, Gerente LCL Imports & Exports Europa e Latam.

A migração de empresas automotivas da Alemanha para países do leste europeu tem sido uma tendência nos últimos anos devido a diversos fatores, como custos de mão de obra mais baixos, incentivos fiscais e subsídios oferecidos pelos governos locais, além da busca por novos mercados e uma maior proximidade com os clientes da região.

Especializada em transporte internacional de carga consolidada, a Craft já contava com um serviço exclusivo de Praga (República Tcheca) a Santos, atendendo às importações com origem nos países da Europa Central, que englobam ainda Áustria, Eslováquia, Hungria e Sul da Polônia.

Agora, a nova rota focada no Leste Europeu coloca à disposição o transporte de cargas oriundas da Croácia, Bósnia, Montenegro, Albânia, Macedônia do Norte, Grécia, Sérvia, Bulgária, Kosovo e, principalmente, Romênia. Com tempo de trânsito de 21 dias e frequência quinzenal, a carga será consolidada no Porto de Koper, na Eslovênia, e o navio partirá do Porto de Trieste, no nordeste da Itália.

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A tendência da transição de empresas anteriormente alocadas na Alemanha para o Leste da Europa tem sido observada com mais intensidade desde a década de 2000, aproveitando os benefícios oferecidos por esses países em termos de custos de produção, localização estratégica e acesso a mercados emergentes.

A migração de empresas automotivas da Alemanha para países do leste europeu tem sido uma tendência

Empresa cria serviço exclusivo para atender demandas da indústria automotiva

Na Romênia, em particular, a indústria automotiva tem crescido significativamente, com várias montadoras e fornecedores estabelecendo operações no país, como a Daimler, a Volkswagen, a Ford e a Renault.

A eficiência e a confiabilidade da infraestrutura de transporte, incluindo rodovias, ferrovias e portos, podem influenciar na escolha das rotas de transporte e dos modais utilizados pelas empresas, e o Brasil tem demonstrado avanço em melhorias para o setor.

No início de março deste ano, o Ministério de Portos e Aeroportos destacou investimentos no setor portuário e em novos projetos previstos para os próximos três anos, com leilões de empreendimentos por todo o país. Essas concessões e arrendamentos vão impulsionar a infraestrutura de transporte logístico nacional, com previsão de aporte de R$ 14,5 bilhões no setor portuário, entre 2024 e 2026.

Especificamente para o Porto de Santos, o Governo Federal, através do Ministério de Portos e Aeroportos e Autoridade Portuária de Santos (APS), anunciou também um plano de investimento de R$ 10,64 bilhões para o período de 2024 a 2028, valor composto por recursos federal, do governo paulista e capital privado. De acordo com Silvio Costa Filho, ministro de Portos, esse é o maior volume de investimentos planejado para o terminal marítimo.

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Com a economia brasileira registrando crescimento, o país garantiu o retorno à lista das dez maiores economias do mundo, se tornando um dos mais procurados por investidores. “A Craft reforça seu posicionamento como uma parceira confiável para continuar sua trajetória de sucesso e inovação no setor logístico, com sua equipe de especialistas em constante evolução e uma rede global especializada por modal”, ressalta Moreira.

Atualmente, a empresa conta com 100 rotas marítimas diretas para LCL de importação para o Brasil – sendo 26 serviços exclusivos – entre operações de embarque e desembarque. Além dos serviços de carga consolidada, a Craft também oferece operações com contêineres completos (FCL) e frete aéreo, atendendo a uma ampla gama de necessidades logísticas de todos os seus clientes ativos.

“Observamos esse crescimento significativo na migração das empresas automotivas, e esse movimento impulsionou a necessidade de uma nova rota exclusiva para o Porto de Santos, a fim de oferecer serviços específicos aos nossos clientes e acompanhar as mudanças no cenário global”, finaliza Moreira.

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Case IH revela novidades em Agricultura Digital com nova plataforma FieldOps

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Case IH revela novidades em Agricultura Digital com nova plataforma FieldOps

A Case IH anunciou sua nova plataforma de Agricultura Digital: FieldOps. Trata-se de uma solução para dispositivos móveis e internet, projetada especificamente para que os produtores rurais conectem, visualizem e gerenciem suas operações.

Tecnologia FieldOps fornece acesso em tempo real a dados agronômicos, monitoramento e gestão de frota

“Ao desenvolver uma experiência digital centralizada para o usuário com o Case IH FieldOps, produtores rurais e operadores experimentarão uma abordagem simplificada dos dados e, com isso, um sucesso mais embasado e orientado por dados nas operações”, afirma Scott Harris presidente global da Case IH.

O Case IH FieldOps fornece acesso em tempo real a dados agronômicos, monitoramento e gestão de frota, fornecendo dados e insights e conectando máquinas, produtores rurais, equipe e parceiros.

O novo aplicativo FieldOps chega em um momento crucial, com o crescimento exponencial das máquinas conectadas. Impulsionadas pela digitalização da agricultura, as máquinas conectadas permitem que os produtores rurais acessem os dados das máquinas na nuvem para conduzir operações mais lucrativas e produtivas.

Também permitem que os concessionários tenham acesso remoto para melhor atender às necessidades de manutenção das máquinas, minimizando o tempo de inatividade e maximizando a eficiência operacional.

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Atualmente, a conectividade no campo ainda é um desafio, mas a Case IH tem buscado parcerias importantes para oferecer opções aos seus clientes, como via 4G e Wi-Fi. E a marca deu um passo significativo no aprimoramento das opções de conectividade para clientes do mundo inteiro.

Por meio de uma colaboração estratégica com a Intelsat, líder renomada em comunicações via satélite há mais de 60 anos, a Case IH está garantindo que os produtores rurais, independentemente da localização, possam utilizar todas as funcionalidades do Case IH FieldOps com acesso à internet consistente e confiável.

Os principais recursos do Case IH FieldOps incluem:

  • Visualização de dados: acesso instantâneo a dados agronômicos e insights das máquinas em tempo real, incluindo localização e status de trabalho precisos, parâmetros atuais das máquinas, tempo estimado para a conclusão do trabalho, histórico e muito mais.
  • Análise das máquinas: os usuários podem monitorar de maneira proativa a integridade das máquinas e detectar rapidamente problemas de alta prioridade, mantendo-se informados com notificações personalizadas. Os dados podem ser visualizados para qualquer talhão específico durante temporadas e anos individuais, aumentando a eficiência operacional.
  • Visualização remota do display das cabines: monitoramento profundo das máquinas e fácil coordenação com os operadores, incluindo a funcionalidade de sugerir alterações como de velocidade da máquina e rotação do motor.
  • Uma solução simples e abrangente: o Case IH FieldOps centraliza as ferramentas já existentes no AFS Connect de forma mais simples e compreensível para usuários com qualquer nível de experiência, centralizando os dados, mesmo para aqueles com frotas de várias marcas. Isso facilita o acesso dos produtores rurais aos dados dos campos e fazendas em uma única plataforma.

O aplicativo Case IH FieldOps para dispositivos móveis e internet está atualmente nas últimas validações e estará disponível ao produtor rural a partir do segundo semestre deste ano.

“O Case IH FieldOps foi desenvolvido por produtores rurais, para produtores rurais”, acrescenta Harris. “Trabalhamos diretamente com os clientes, incorporamos o seu feedback e desenvolvemos processos otimizados que fazem sentido para eles e para a maneira como trabalham. A plataforma resultante é intuitiva e fácil de usar, do início ao fim”, finaliza Harris.

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FPT Industrial anuncia Carlos Tavares como presidente na América Latina

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FPT Industrial anuncia Carlos Tavares como presidente na América Latina

A FPT Industrial anunciou a nomeação do Carlos Tavares como novo presidente da marca para a América Latina. O executivo, que antes respondia pela diretoria Comercial da Iveco no Brasil, substitui Marco Rangel, que estava na posição desde 2015.

Executivo da FPT Industrial antes respondia pela diretoria Comercial da Iveco no Brasil

“Assumo a liderança da FPT Industrial certo de que vamos além. Continuaremos a fortalecer a nossa posição na América Latina com foco em qualidade, inovação e parcerias estratégicas. Agradeço firmemente ao Marco Rangel pelo seu importante legado à marca. Temos bases sólidas na região pautadas em inovação, na sustentabilidade dos nossos produtos e em uma Rede de Distribuidores que segue ampliando a nossa capilaridade perante os clientes”, afirma Carlos Tavares.

Executivo com trajetória de mais de três décadas no setor automotivo, Tavares é engenheiro mecânico mestre, formado pela PUC-RJ, com MBA pela FIA/USP. Está no Iveco Group desde 2021, onde também respondeu pela diretoria de Peças e Serviços ao Cliente da Iveco para a América Latina.

Tavares chega para somar com sua experiência comercial na FPT Industrial, reforçando o protagonismo da marca, rumo à descarbonização e a oferta de serviços especializados nos segmentos em que atua: on-road, off-road, marítimo e de geração de energia.

O executivo assume a posição a partir de 1º de maio de 2024, comenta que seus principais desafios serão a alavancagem de projetos com OEMs na região, a ampliação do portfólio de motores movidos a combustíveis alternativos, o crescimento da oferta de Peças e Serviços especializados, além da ampliação das oportunidades de negócio para a Rede de Distribuidores FPT.

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“Sabemos que o futuro é multienergético e temos grandes oportunidades na América Latina, como o gás natural e o biometano. Por isso, na FPT Industrial, mais do que a venda, nosso empenho está em prover serviços especializados em powertrain: uma solução completa. É uma honra participar deste momento de transformação para a mobilidade”, afirma Carlos Tavares.

Recentemente a FPT Industrial estabeleceu um novo recorde com a produção de 200.000 motores na fábrica de Córdoba, na Argentina. O marco foi celebrado com um motor Cursor 13 Euro 6 destinado ao mercado brasileiro.

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