Imprensa Fiat
1. Declaração do CEO do Grupo Fiat, Sergio Marchionne
“Essa transação representa uma solução construtiva e importante para os problemas que têm atormentado não apenas a Chrysler, nos últimos anos, mas à indústria automobilística global como um todo. A união da tecnologia de primeira-classe, das plataformas e powertrains para veículos pequenos e médios da Fiat e de sua extensa rede de distribuição na América Latina e na Europa com a rica herança da Chrysler, com sua sólida presença na América do Norte e sua força de trabalho talentosa e dedicada criarão uma nova e poderosa empresa automobilística, ao passo ajudará a preservar postos de trabalho e uma indústria criticamente importante para as economias dos E.U.A. e do Canadá”, disse o CEO do grupo Fiat, Sergio Marchionne.
Nas próximas semanas e meses, passarei grande parte do tempo me reunindo com os empregados da Chrysler e visitando suas instalações. Enquanto nosso acordo obedece à submissão ao sistema jurídico dos E.U.A. durante algumas semanas, estaremos no preparando para reemergirmos rapidamente como um fabricante confiável e competitivo. Acredito que a Chrysler possa superar os desafios apresentados pelas duras condições atuais do Mercado através do resgate de seu espírito inovador, com o foco na qualidade como a pedra fundamental de seus produtos, ouvindo seus clientes e proporcionando-lhes os veículos que desejarem. Este é um modelo que temos seguido a rigor, nesses últimos anos na Fiat, e também um modelo que acredito que possamos adaptar aqui para escrevermos o próximo capítulo do legado da Chrysler.
A transação que acabamos de concluir representa um momento histórico para a Fiat e para a indústria italiana. É um passo importante na direção da construção de um novo e sólido alicerce para o futuro.
2. A transação
A transação será implementada através da venda acelerada de, substancialmente, todos os ativos da Chrysler para uma NewCo, de acordo com certas provisões do Código de Falência dos E.U.A. Após intensas consultas ao Tesouro Norte-Americano e à todos os outros órgãos pertinentes, incluindo o governo do Canadá, os sindicatos United Auto Workers (UAW) e Canadian Auto Workers (CAW), a Chrysler elegeu tal caminho como o mais eficaz para reestruturar seu débito. Conseqüentemente, hoje a Chrysler abrirá um pedido ao tribunal de Nova Iorque para obter aprovação da venda do negócio da Chrysler para uma NewCo. Sujeito à aprovação pelas autoridades regulamentares, se o tribunal aprovar a Transação, será necessário que as partes completem a transação tão logo quanto possível.
Na conclusão da Transação, a NewCo assumirá a razão social da Chrysler e se tornará proprietária de, substancialmente, todos os negócios Chrysler, sem obrigações financeiras ou endividamento.
3. Contribuição da Fiat
A Fiat contribuirá com tecnologia-chave e com outros recursos, para a Chrysler.
Em resumo, as Contribuições da Fiat consistirão no seguinte: licenças permitindo à Chrysler a utilização das plataformas de automóveis do Fiat Group Automobiles (e sujeito a qualquer
acordo de restrição entre a Fiat e terceiros) para a produção de veículos Chrysler na área do NAFTA; licenças permitindo à Chrysler utilizar outras tecnologias-chave da Fiat, tais como tecnologias de motores; fornecimento continuo de serviços de gerenciamento para possibilitar à Chrysler se beneficiar do conhecimento da Fiat relativo à recuperação operacional e industrial; participação em programas da Fiat de compra e aquisição; distribuição dos veículos Chrysler fora da região do NAFTA, especialmente permitindo o acesso da Chrysler à rede de distribuição da Fiat em países nos quais a Chrysler possui presença limitada, atualmente.
A aliança, um elemento chave no Plano de Integração da Chrysler, fortaleceria a viabilidade da Chrysler em longo-prazo para acesso à plataformas veiculares competitivas e econômicas em combustível, powertrain e componentes a serem produzidos nas plantas de fabricação Chrysler.
A aliança permitirá também que o Grupo Fiat e a Chrysler tirem proveito das mutuas redes de distribuição e aperfeiçoem, plenamente, suas bases de manufatura e de fornecedores globais. A aliança não contempla investimento em dinheiro pela Fiat na Chrysler nem o compromisso de financiar a mesma, no futuro.